29 de janeiro de 2012 Comments

EXPOSIÇÃO EM MADRI MOSTRA FOTOS DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Com o tema “Além de um rosto”, a Fundação Síndrome de Down de Madri, Espanha, organizou uma exposição fotográfica ao ar livre na madrilena Praça da Independência, que aconteceu do dia 1º ao dia 30 de junho de 2011. 


Veja algumas belíssimas imagens.



Fonte: http://www.down21.org/web_n/index.php?
Referência: Notícias Bol
23 de janeiro de 2012 Comments

VIVA AS DIFERENÇAS! A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO COTIDIANO DE NOSSA SOCIEDADE

Concepções radicalmente novas mudam a forma dos produtos industriais, sejam carros, pias, computadores ou tesouras. O objetivo é ir além do consumidor padrão adulto, destro, nem alto nem baixo e em plena capacidade física e também respeitar as diferenças entre as pessoas.
O empresário norte-americano Sam Farber conseguiu realizar o sonho de muita gente. Depois de 39 anos à frente da Copco, uma empresa de panelas e artigos de cozinha em Nova York, resolveu que era tempo de gozar a vida. Vendeu a companhia por US$ 1,3 milhão e mudou-se para o sul da França, para ser colecionador de arte em tempo integral. Plano perfeito… Só que sua mulher, Betsy, começou a ter dificuldades para cozinhar por causa de uma artrite nas mãos, que a impedia de manusear as facas, colheres e abridores de latas, feitos para pessoas com destreza manual perfeita.
Privar-se do prazer da cozinha afetou o cotidiano do casal e Farber voltou para Nova York determinado a produzir objetos que contemplassem dificuldades como as de Betsy, pressentindo que o problema não estava nela, mas nos produtos. Abriu a empresa Oxo International e encomendou um projeto ao escritório Smart Design. Depois de longos estudos, auxiliados pela Arthritis Foundation e pela geriatra Patricia Moore, os designers chegaram aos Good Grips, uma linha completa de utensílios de cozinha cujo “segredo” é a empunhadura mais grossa que a habitual, feita de santoprene, um material macio e que não escorrega nas mãos. O sucesso foi imediato. 
Só na feira de lançamento, em abril de 1990, o Oxo vendeu 750 mil unidades, como descascadores de batatas, tesouras, espremedores de alho, facas. No primeiro ano de comercialização, o faturamento foi de US$ 3,4 milhões.”Os Good Grips são atraentes, divertidos e confortáveis de usar pelas pessoas saudáveis e tornam o ato de cozinhar possível para aquelas que têm deficiências temporárias ou permanentes, ou para as que estão envelhecendo, quando a força, a coordenação e o senso de percepção vão decaindo”, diz o vice-presidente da Smart Design, Tucker Viemeister (ele ganhou esse nome porque seu pai trabalhou no projeto do carro Tucker, um sonho falido do design norte-americano relatado em filme por Francis Ford Coppola).
Quem já quebrou o braço ou a perna alguma vez, sabe como é desagradável depender dos outros para atos corriqueiros, e só aí começa a reparar no grau de dificuldade que podem ter atividades que antes se faziam de maneira quase automática. Essas dificuldades “invisíveis”, que poucos percebem, marcam os obstáculos enfrentados pelos canhotos. Quem é destro nem sequer imagina que banalidades do tipo abrir uma lata ou usar uma tesoura exigem muito suor. Produtos que podem ser usados tanto por destros quanto por canhotos têm uma penetração crescente no mercado.
A tendência nos países desenvolvidos é cada vez mais considerar a cadeira de rodas como um veículo pessoal de transporte urbano. Talvez o modelo que tenha ido mais longe neste conceito seja o desenvolvido por médicos e designers suecos para a empresa norte-americana Permobil. Ela é toda voltada para ativar a independência de quem a usa. Através de um joystick igual ao dos video-games instalado no braço da cadeira, o usuário aciona um sistema computadorizado e faz tudo. Coloca-se na posição vertical no meio de uma multidão num jogo de futebol, ou quando quer falar “de igual para igual” com um parceiro de negócios. Coloca-se na posição deitada para descansar.
Sentado, aciona um elevador para pegar uma lata de cerveja no alto da prateleira do supermercado. A altura regulável permite adaptar-se às alturas das coisas e não o inverso (mudar a pia da cozinha ou a mesa do escritório). Vai para onde queira: anda na neve, em terrenos com pedras e até sobe morro. O motor elétrico é exatamente silencioso, permitindo, como diz a propaganda, que a pessoa chegue a um concerto depois que ele começou. Para usuários com dificuldade de fala, há o acessório Alpha Writer, através do qual pode escrever sentenças com ligeiros movimentos de mão e mostrá-las numa tela acoplada na cadeira (o sistema também funciona acoplado a um sintetizador de voz ou a uma impressora de computador).
O projeto de Avelar Rosa ainda está no papel: os empresários brasileiros consultados por ele não se sensibilizaram com a idéia de produzir para o “diferente”. Não é o que acontece em outros países, como os Estados Unidos. Em reportagem recente sobre design universal, a Business Week, a revista de negócios mais lida em todo o mundo, destacou a banheira Precedence. Atentos ao fato de que o banheiro é um dos locais onde mais acontecem acidentes dentro de uma casa, os designers da Kohler, de Wisconsin, projetaram uma banheira com porta. Nada mal: você entra, acomoda-se num assento dobrável e fecha a porta. Quando a banheira começa a se encher de água, censores inflam automaticamente para impedir vazamentos.
Outra inovação neste campo é o banheiro público Inax, projetado pelo GK Design, de Tóquio. O objetivo foi prover “espaço, conforto e fácil acesso por pessoas com bagagem, com crianças, usando bengalas, velhos, jovens, etc.” Eles desenvolveram quatro modelos: para uso exclusivo feminino, masculino, ambos os sexos e para portadores de deficiências. Mas mesmo os modelos normais prevêem facilidade de utilização para pessoas com diferentes graus de dificuldades físicas e são o que eles chamam de “transgeracionais”, ou seja, servem para diferentes idades. Os japoneses cunharam a expressão silver industry, agora usada no mundo todo, para designar a produção para pessoas com “cabelos prateados” (entre nós, brancos). Os estudos demográficos mostram um aumento da porcentagem de idosos na composição das populações.
Muita gente que viaja ao exterior volta com a impressão de que nos países desenvolvidos há mais deficientes que no Brasil. Lindo engano! É que lá eles saem mais, já que as ruas, os veículos de transporte coletivo, os edifícios públicos (museus. restaurantes. escolas) estão mais preparados para recebê-los. É o que diz o sociólogo mineiro Paulo Saturnino Figueiredo, que se surpreendeu ao ouvir nos Estados Unidos que cada dólar investido em projetos para pessoas com deficiências gera 10 dólares de imposto. “É a visão capitalista inteligente, porque a pessoa passa a ser produtiva”. Figueiredo usa prótese nas pernas e muletas, dá aulas na Universidade e tem uma vida social intensa, locomovendo-se em Belo Horizonte com sua Parati adaptada. Mas ele acha que teve mais mobilidade quando viveu em cidades européias do que no Brasil, porque aqui não se prevê a circulação de pessoas como ele. Apesar da vontade de sair mais para se divertir, muitas vezes ele fica em casa. Em restaurantes com piso liso e derrapante, ou ainda em desníveis, a única saída para ele se movimentar seria engatinhar. Mas isso seria muito constrangedor para os outros.
Várias prefeituras brasileiras, pressionadas por movimentos de pessoas com deficiências, começam a seguir o exemplo do exterior. Nesse caso, acabam ganhando todos os cidadãos. Pisos rebaixados nas calçadas, por exemplo, permitem a circulação de cadeiras de rodas, mas também facilitam a vida das mães que empurram carrinho de bebê, ou de quem sai da feira com o carrinho abarrotado.
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FILME "COLEGAS", DE MARCELO GALVÃO, TEM PROTAGONISTA COM SÍNDROME DE DOWN


Aninha sonha em se casar. Márcio quer voar e Stallone quer ver o mar. São esses os simples desejos que movem os personagens do filme “Colegas”, no melhor estilo road movie (filme de estrada). O longa-metragem, ainda em fase de finalização, traz muitas surpresas dentro e fora da tela, com três atores com síndrome de Down como protagonistas e produção executiva de uma pessoa com deficiência visual.

A ideia original e o roteiro para o filme surgiram do diretor Marcelo Galvão, em 2006. “Tenho um tio chamado Márcio que tem síndrome de Down e, por isso, sempre fui fascinado pela forma como essas pessoas veem o mundo”, diz Galvão que, em algumas situações da obra, acrescentou detalhes da vida do tio. Além das referências ao parente, a criação do diretor está cheia de momentos que aludem aos filmes independentes americanos, como o sucesso “Little Miss Sunshine”.

Com a ideia na cabeça, Galvão em parceria com o produtor executivo Marçal Souza foi à luta para viabilizar o filme. “A maior dificuldade é arranjar patrocinadores. Mesmo a temática de inclusão não ajudou a sensibilizar os investidores. Alguns até duvidam que alguém assista a um longa com protagonistas com síndrome de Down”, conta Souza, que começou sua carreira no cinema em 1976 e ficou cego há quatro anos. Apesar disso, nunca desistiu da atividade e continua trabalhando em diversos projetos da produtora Gatacine.

Após alguns anos trabalhando no roteiro e tentando captar recursos para a película, que ainda precisa de patrocinadores para ser finalizada, as primeiras gravações finalmente começaram no dia 24 de julho de 2010. Os atores recrutados para viver a aventura cinematográfica são Ariel Goldenberg, 29 anos, Rita Pokk, 30, e Breno Viola, também com 30 anos. Ariel e Rita – que são casados há sete anos – foram os primeiros a entrar no projeto e, desde 2008, vêm praticando interpretação sob a supervisão do diretor. “Nessas sessões praticávamos o improviso e incorporávamos o personagem”, conta Ariel, que já teve várias experiências como ator. Rita relembra que em algumas cenas ela precisava chorar. Um feito difícil para qualquer ator. “Neste ponto, a ajuda do Marcelo foi muito importante, pois ele me ensinou como usar minhas emoções mais tristes para chorar”, explica.

Breno participou de uma seleção em 2009 e logo passou a fazer parte do elenco. Ele já tinha atuado em duas peças de teatro amador e aceitou o desafio de participar de um longa-metragem. “Não é fácil decorar o texto, mas atuar também não é só isso. É interpretar e saber usar as emoções”, conta. Além de ator, Breno se destaca por ser palestrante e o único faixa-preta de Judô do Brasil com síndrome de Down.

Mesmo faltando poucas cenas para serem gravadas, o produtor e o diretor elogiaram o trabalho dos atores. “Eles são muito calorosos e profissionais. E são cobrados como qualquer um para cumprir horários e posturas”, diz Souza. Já Galvão reforça o empenho do trio: “Foi um trabalho pesado, realizado dia e noite. Eles realmente têm muita força para se superarem”. O filme conta ainda com a narração do ator Lima Duarte e participações de Marco Luque e Juliana Didone. Não existe previsão para a estreia no cinema, mas a expectativa é que a obra seja lançada no segundo semestre de 2011.



 Fonte: Revista Sentidos

18 de janeiro de 2012 Comments

LANCHONETE FAZ HAMBÚRGUER COM MENSAGEM EM BRAILLE

A rede sul-africana de fast food fez uma campanha diferente para atrair deficientes visuais às lanchonetes. Para marcar o lançamento do cardápio em braile nas lojas da rede, foram feitos hambúrgueres com mensagens no topo do pão "escritas" em braile com sementes de gergelim.

O vídeo sobre a ação pode ser visto na internet e mostra a surpresa de cegos ao ler a mensagem em cima do hambúrguer. É possível ver também como as sementes foram colocadas uma a uma com pinça sobre o pão. Segundo a empresa, as frases falavam sobre características do produto como "100% pura carne". Os lanches foram enviados a três das maiores associações para deficientes visuais da África do Sul.

MENSAGEM EM BRAILLE É ESCRITA COM GERGELIM











Muito bacana e interessante o vídeo da camapnha...
ASSISTA!


Fonte: http://www.jb.com.br/
4 de janeiro de 2012 Comments

04 de janeiro - DIA MUNDIAL DO BRAILLE

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL QUEREM MAIOR USO DO SISTEMA BRAILLE NO BRASIL




No Dia Mundial do Braille, comemorado hoje (4), pessoas com deficiência visual cobram maior uso do sistema de leitura e escrita no Brasil.

Criado pelo francês Louis Braille, nascido em 4 de janeiro de 1809 e que perdeu a visão aos 3 anos, o sistema permite a pessoas com cegueira total ou parcial ler por meio do tato. Com seis pontos em relevo dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema proporciona 63 combinações diferentes que representam as letras do alfabeto, os números, símbolos científicos, da música, fonética e informática.

Com apenas um toque, o cego percebe os pontos em relevo ao passar os dedos da esquerda para a direita. O sistema Braille chegou ao Brasil em 1850. A partir da década de 1940,  passou a ser usado em livros.

Apesar de já existirem cardápios em restaurantes e embalagens de cosméticos e de remédios em braille, cegos ou pessoas com baixa visão ainda reclamam da dificuldade de encontrar informações adaptadas. “Os mercados não informam nada em braille sobre promoções [de mercadorias]. Não tem nada”, disse a vice-presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), Adriana Candeias, que é cega.

“A gente não tem condições de saber o que está comprando, a validade. Algumas empresas já estão implantando, mas ainda falta muito”, acrescentou o diretor administrativo da associação, Paulo Luz, que também tem deficiência visual.

A vice-presidente reforçou que o braille garante independência aos cegos. “A partir do momento em que é oferecido algo em braille, a pessoa com deficiência visual passa a ser independente. Ela sabe que pode ir ao estabelecimento sozinho e vai ter total acesso”, destacou Adriana Candeias.

Os representantes da associação também alertaram para a demora de livros didáticos novos serem transformados para o braille. “Lançam um livro hoje, mas quando o cego vai ter acesso à obra, ela já está ultrapassada”, argumentou Paulo Luz.

As editoras não são obrigadas a publicar em braille todas as obras lançadas. Quando recebe pedidos, o setor, geralmente, recorre a empresas especializadas e instituições não governamentais para fazer a conversão, segundo a coordenadora de Revisão Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Regina Fátima de Oliveira

Os livros falados têm sido usados para conseguir textos atualizados com rapidez. Desde 2009, o Ministério da Educação disponibiliza, de graça, um software que converte qualquer texto de computador em sonoro, com narração em português.

Apesar dos benefícios da tecnologia, a coordenadora defende que o livro em braille é  primordial nos primeiros anos escolares das crianças cegas. “Para que possa ter domínio da ortografia ou da simbologia da matemática, a criança precisa do livro físico, assim como é com as crianças que enxergam. A gente só lê quando toca”, explicou.

O crescimento da utilização do audiolivro pode estar relacionado ao custo mais baixo em comparação ao de braille. Cada página de um texto comum equivale a até quatro páginas em braille, conforme a especialista.

No Brasil, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo dados da fundação com base no Censo 2010, feito  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Jornal do Brasil
 
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