29 de junho de 2014 Comments

Empresas investem no mercado da acessibilidade

Após perder movimentos, empresário abre loja virtual para cadeirantes. Outra empresa cria jogos educativos para surdos e cegos.

Em São Paulo, empresários investem na criação e venda de produtos para quem tem deficiência motora, auditiva ou visual. Para melhorar o desempenho dos negócios, eles recebem orientação de um projeto  que une empreendedorismo e acessibilidade. O empresário Renato Laurenti perdeu o movimento das pernas em um acidente de carro há 30 anos. Ele passou a usar e percebeu a dificuldade para achar peças para o equipamento.

Há 5 anos, ele abriu uma loja virtual para suprir a demanda no mercado da acessibilidade. Ele vende peças para deixar a cadeira de rodas mais bonita e confortável, com pneus coloridos, bolsas e capas de chuva especiais. Renato participa do Projeto "Sebrae Mais Acessível", que orienta pessoas com deficiência interessadas em montar um negócio, entrar no mercado da acessibilidade e se profissionalizar. Além disso, o projeto sempre incentiva as pequenas empresas a contratar pessoas com deficiência. Após o apoio da entidade, a loja virtual comercializa 1.300 itens por mês, em média, e o faturamento mensal é de R$50.000,00.

O empresário Nelson Júnior investe no mercado da acessibilidade desde 2006. Ele cria jogos educativos para surdos e cegos, também usados por pessoas sem deficiência. A empresa produz jogos da memória, quebra-cabeças, dominós e investe em brindes com a Libras (Língua Brasileira de Sinais), Braille e Sign Writing. O empresário também participa do projeto do Sebrae. Além disso, ele também teve apoio do programa Sebraetec, que oferece auxílio financeiro para a empresa desenvolver produtos.

Clique aqui e assista o vídeo sobre a reportagem.

Atenção especial para o jogo de tabuleiro, CONFIRA!

www.supereficiente.com.br

CONTATOS
  • Sebrae
    Central de Relacionamento: 0800-570-0800
    www.sebrae.com.br

  • Como Ir (Loja virtual de Cadeira de Rodas)
    Contato - Renato Laurente e João Pacheco Fernandez
    Rua do Manifesto, 2716 - Ipiranga
    São paulo/SP - CEP: 04209-003
    Telefone: (11) 3675-3723
    Site: www.comoir.com
    E-mail: saci@comoir.com


  • Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Helen Keller
    Rua Pedra Azul, 314 - Aclimação
    São Paulo/SP - CEP: 04109-000
    Telefone: (11) 5573-0667

  • Secretaria Municipal de Educação
    Telefone: (11) 3396-0600
    Site: www.portalme.prefeitura.sp.gov.br
Fonte: G1 PEGN
27 de junho de 2014 Comments

27 de junho - DIA MUNDIAL DO SURDOCEGO


Descrição da Imagem: Fundo branco. Mosaico de quatro fotos com mãos executando a Libras Tátil. No Alto, “27 de junho”. Abaixo”Dia Mundial do Surdocego”. Tudo em letras nacorpreta. Na lateral esquerda inferior, logotipo do Conade.

Hoje comemora-se o dia Mundial da Pessoa Surdocega.

A data faz referência ao nascimento de Helen Keller, escritora, conferencista e ativista social estadunidense. Ficou surda e cega quando tinha apenas 1 ano e meio de vida em decorrência de uma doença. Hoje acredita-se que foi devido a uma meningite. Ela foi a primeira pessoa surdocega a conquistar o bacharelado.

"Que nossa voz se escute e que nossa presença se sinta." 

21 de junho de 2014 Comments

Núcleo de Educação Especial Inclusiva - Repórter Ciência

Esta edição do Repórter Ciência apresenta o NEEI (Núcleo de Educação Especial Inclusiva), que procura formar professores capacitados para lidar com alunos especiais.


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Torcedores cegos acompanharam jogos da Copa om audiodescrição

Eles não podem ver as imagens bem definidas dos jogadores em campo, mas fizeram uma viagem de mais de dez horas para acompanhar a Copa do Mundo. Quatro torcedores belgas cegos desembarcaram no Brasil para ir aos jogos do time de seu país, com apoio da organização não governamental. Acesso a todos os Serviços (em tradução livre). Para concretizar o sonho, vieram com três acompanhantes e um narrador especializado.

Animados, torcedores cegos vieram apoiar a seleção da Bélgica
Tânia Rêgo/Agência Brasil
É a primeira vez que a ONG compartilha uma Copa com um grupo de deficientes. "Todo mundo na Bélgica sonha em vir para o Brasil, porque temos um novo time, uma geração mais jovem de jogadores e muita motivação. Obviamente, os torcedores belgas cegos também queriam vir", explicou Alban Henrickx, documentarista que acompanha o grupo.

Os torcedores cegos ou com baixa visão foram escolhidos entre os frequentadores de estádios naquele país. Lá, há dois anos, a organização reúne as pessoas com deficiência visual, uma vez por semana, nos campeonatos locais. "Com suporte da narração audiodescritiva, é possível criar imagens das partidas e da atmosfera", explica o deficiente Augustin Hazard, de 24 anos.

"Os sentimentos não estão relacionados apenas ao que você vê, mas também ao que você ouve. Tanto a narração especializada, quanto os torcedores a sua volta, os sons do estádio, tudo isso importa. Quando estamos cantando juntos, torcendo, é fantástico", revelou ele.

Idealizador da iniciativa e coordenador da ONG, Jean Marc Streel explica que costuma fazer a audiodescrição do mesmo local onde ficam os jornalistas. Os deficientes captam a transmissão em pequenos rádios. Porém, no Brasil, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) não permitiu acesso as centro de mídia e o coordenador faz seu trabalho em francês da própria arquibancada. Apesar de a FIFA oferecer narração especializada para pessoas cegas, o serviço está disponível somente em português em quatro dos 12 estádios.

Joannie Beaufys
Com a audiodescrição, a belga Joannie Beaufys vai aos jogos e fotografa
Tânia Rêgo/Agência Brasil

A narração é fundamental para que os cegos acompanhem as partidas ao máximo. A belga Joannie Beaufys de 30 anos, disse que consegue seguir os passes de bola e até fazer fotos. Torcedora do Royal Standard, da cidade de Liége, ela tem suas fotografias publicadas no site do clube. "Com a audiodescrição, Joannie consegue dar zoom da câmera no campo e usar o recurso como uma televisão. Vê o jogo e faz fotos incríveis", contou Henrickx.

Parte do grupo de deficientes visuais belgas assistiu a primeira partida de sua seleção em Belo Horizonte, na terça-feira (17), depois de driblar o atraso em um dos voos - problema que acabou retendo parte deles em São Paulo. Laurent Victoor, de 27 anos, que perdeu a visão aos 13 anos, chegou a três minutos do início da partida contra a Argélia. Disse que o jogo, que a Bélgica ganhou de virada, valeu a pena. "Ficamos com os torcedores belgas, ingleses e brasileiros. Era uma atmosfera tranquila, as pessoas foram muito simpáticas conosco". 

O grupo viaja na companhia de documentaristas da ONG Um mundo de Futebol (tradução) e ficam no Brasil até o fim da primeira fase da Copa. Oúltimo jogo dos Diabos Vermelhos, como a seleção belga é conhecida, será quinta-feira (26), em São Paulo.

Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

20 de junho de 2014 Comments

Surdocego "assistindo" jogo da Copa: Brasil e Croácia

No dia 11/06/2014 Hélio acordou com vontade de chamar seu amigo Carlos, surdocego, para assistir a abertura da Copa, mas precisaria de algumas adaptações para que ele entendesse melhor. 

Além da LIBRAS Tátil, Hélio e a Regiane optaram também pela comunicação háptica para passar algumas informações, como por exemplo, faltas, cartões, time, número da camisa dos jogadores entre outros.

Ao chegar na casa do Hélio, Carlos relatou que durante a semana estava orando e pediu a Deus que Ele usasse alguém para ajudá-lo na interpretação do jogo da Copa e, no final, ele disse que Deus foi além das expectativas dele.

Hélio diz que espera ter feito o dever de casa, como guia e intérprete. E agradece a Deus por ser usado por Ele.


Exemplo de amizade. 

Impressionante! TODOS PODEMOS!!!

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O Hugo da Hand Talk veio facilitar a tradução dos conteúdos deste blog para LIBRAS

Olha que legal! O Hugo da Hand Talk veio nos dar uma "mãozinha". Ele vai traduzir os conteúdos do blog para LIBRAS. Basta clicar no ícone azul que está do lado direito perto da barra de rolagem. 



Fonte: Hand Talk
14 de junho de 2014 Comments

Paraplégico chuta bola com exoesqueleto de Nicolelis, mas quase ninguém viu


Paraplégico dá chute na Copa com exoesqueleto de Nicolelis. 
A ciência brasileira no campo mundial lutando pela inclusão social, acessibilidade e cidadania. 
O brasileiro paraplégico Juliano Pinto, de 29 anos, chutou a Brazuca na abertura da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo, nesta quinta-feira (12). Mas quase ninguém viu. A transmissão ao vivo estava na festa e, de repente, mostrou o chute, com a bola já em movimento, e o homem em pé com braço erguido. Um segundo, e a câmera voltou para a festa.

O momento esperado da ciência demonstra o exoesqueleto - uma estrutura metálica que dá sustentação ao corpo e reage a comandos do cérebro, como andar e chutar - criado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. O estudo iniciado em 2001 tem sua primeira exibição pública.

Ainda serão publicados os estudos científicos que embasam e explicam a tecnologia usada para fazer com que uma pessoa que não consegue movimentar os membros por uma ruptura na medula possa, com impulsos do cérebro, comandar uma estrutura robótica.

Na internet, muitas pessoas reclamam da pouca exibição, que não mostrou o paciente levantar da cadeira de rodas, andar e chutar a bola, como havia sido intensamente prometido. A TV Globo tentou, depois, se redimir ao reprisar e narrar o chute, mas como não havia mais imagens gravadas, não conseguiu mostrar o paciente andando e chutando a bola. No pouco mais de 1 segundo, só é possível ver um pequeno movimento e a bola já em movimento.

Nicolelis não comentou as críticas à má exibição de sua pesquisa e apenas comemorou na rede social: "Nós conseguimos", disse em inglês. Em entrevista ao Jornal Nacional, o pesquisador afirmou que a Fifa disponibilizou apenas 15 segundos para seus anos de pesquisa e que a TV não registrou.

Em comunicado, ele disse: "Foi um grande trabalho de equipe e destaco, especialmente, os oito pacientes, que se dedicaram intensamente para este dia. Coube a Juliano usar o exoesqueleto, mas o chute foi de todos. Foi um grande gol dessas pessoas e da nossa ciência".

O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia), Glauco Arbix, disse estar satisfeito com a demonstração: "A Finep se orgulha de ter investido R$ 33 milhões no projeto Andar de Novo, que vem sendo desenvolvido há cerca de dez anos. Foi um verdadeiro gol da ciência brasileira, que mostrou para o mundo do que é capaz. Acompanhamos os testes do exoesqueleto e sempre tivemos a melhor expectativa possível, e isso foi confirmado hoje".

Segundo o pesquisador, os testes foram concluídos com sucesso no último dia 28 de maio: "o exoesqueleto, sobre comando da atividade cerebral de um operador, realizou movimentos naturais e fluidos que produziram, em todos os pacientes, a sensação de que eles estavam caminhando com as próprias pernas".

Oito pacientes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) testaram o exoesqueleto desde janeiro de 2014. Juliano, o escolhido, é atleta de Gália (SP) e teve a lesão causada por acidente de carro em 2006. Também participaram dos testes: Bruno Rodrigues, 26 anos, atleta de Salto (SP), com lesão por acidente de moto em 2008; Carlos Eduardo de Oliveira, 32 anos, de Santo André (SP), com lesão por arma de fogo em 2009; Éric Vlatkovic, de 36 anos, de São Paulo (SP), com lesão por queda de altura em 2011; Patrícia Lopes Pimentel, de 29 anos, autônoma e estudante de São Paulo (SP), com lesão por atropelamento em  2003; Raimundo Reis de Macedo, de 38 anos de São Paulo (SP), com lesão por acidente de moto em 2009; Sheila Batista, de 31 anos, autônoma de São Paulo (SP), com lesão por queda de altura em 2001; e Yves Carbinatti, de 27 anos, atleta de Rio Claro (SP), com lesão por acidente de carro em 2008.

O projeto

A interface cérebro-máquina é feita por meio de uma touca com eletrodos que captam os sinais elétricos do couro cabeludo, com a técnica do eletroencefalograma (EEG), de forma não invasiva. De acordo com Nicolelis, esse procedimento é suficiente para impulsionar, com o exoesqueleto, a realização de movimentos de membros inferiores. Os sinais cerebrais dos pacientes que usaram o exoesqueleto foram processados em tempo real, decodificados e utilizados para mover condutores hidráulicos.

O Projeto Andar de Novo é um consórcio formado por universidades e institutos de pesquisa do mundo todo, sob o comando científico do neurocientista brasileiro. O objetivo do projeto é desenvolver uma tecnologia de interface cérebro-máquina que permita a pessoas com mobilidade restringida – como paraplégicos – voltar a andar usando a mente para controlar um equipamento externo, que substituiria os membros inferiores. 


Fonte: UOL 
 
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