29 de março de 2012 Comments

TRAILER DOUTORES DA ALEGRIA - O FILME

Doutores da Alegria é um filme sensível e bem-humorado, que resgata a importância da figura do palhaço, um ser irreverente, sábio e generoso, capaz de provocar verdadeiras transformações com sua capacidade de olhar a vida por novos ângulos. Sempre apontando o ridículo da situação nele mesmo, o palhaço torna-se a figura ideal para remexer baús empoeirados, chacoalhar estruturas, arejar nossas mentes. 

Com uma fotografia belíssima, ritmo rápido, e a delicada edição de Mara Mourão, o filme retrata o trabalho de grupos de artistas que trabalha com crianças hospitalizadas e vai além, convidando-nos a pensar sobre o papel da arte em nossas vidas. Além de ter sido considerado pela UNESCO uma obra que promove a Cultura de Paz, recebeu vários prêmios no Brasil e exterior. Muito mais que um filme, uma lição de vida!

"Já passou algum besterologista aqui hoje?!"

28 de março de 2012 Comments

DO CIRCO PRO HOSPITAL

Caro leitor,
ONTEM, 27 DE MARÇO, foi comemorado o DIA MUNDIAL DO CIRCO. 
Em homenagem a esta data, compartilho com vocês a postagem abaixo extraída do Blog dos Doutores da Alegria. Uma ONG que se disponibiliza a levar alegria num ambiente onde às vezes ela é esquecida. A alegria faz bem para a saúde, faz bem para o coração, para a alma. Transforma ambiente e estimula relações saudáveis. Por isso, essas pessoas maravilhosas, voluntárias  e abençoadas por Deus, os Doutores da Alegria, levam sorrisos, gargalhadas, brincadeiras, música e, claro, muita alegria para os hospitais públicos.

No Dia Mundial do Circo, nada melhor que chamar o Dr. Pinheiro pra falar sobre como ele utiliza a linguagem circense no hospital. Neste ano, ele está no Hospital do Campo Limpo (SP) às terças e quintas-feiras.


Dr. Pinheiro
“A figura do palhaço e o malabarismo são as habilidades que mais “se encaixam” dentro de um hospital e, para minha sorte, são minhas prediletas! Dá pra imaginar um trapezista pendurado no corredor da Enfermaria ou alguém fazendo acrobacias dentro de uma UTI?

Vou contar umas rápidas artimanhas sobre como eu utilizo o aprendizado do circo aplicado ao ambiente hospitalar. E olha que já são 7 anos fazendo isso!

Exame besteirológico de visão
O paciente tenta acertar as cores ou o tamanho das bolas de malabarismo que estão no ar. Muito preciso!

Valsa na ponta do nariz
Começamos com um dos palhaços tocando gaita. A garotinha que está tomando soro no quarto vê sua boneca, que estava deitada na cama ao seu lado, começar a dançar se equilibrando na ponta do nariz. Um show!

Batidas e trupicões
Que tal uma batida de cara na porta, um tropeção na saída do elevador, um truque de cartola, uma mágica de bolso ou um simples andar estranho?

Perna de pau
Nos cortejos e nas rodas artísticas dentro dos hospitais fui visto quase batendo a cabeça no teto, trocando lâmpadas e distribuindo a tão sonhada ALTA! E nada como estar de perna de pau para isso…

Saudações circenses!


Dr. Pinheiro
"Um plantão em pessoa”



Fonte: Blog dos Doutores da Alegria
25 de março de 2012 Comments

TODOS OS DIAS SÃO DE LUTA


Caro leitor o texto abaixo foi extraído do blog 
Por Claudia Grabois

Hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Down e o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial – em foco a diversidade e as diferenças, em questão o respeito e a legitimação, a necessidade de exercer a cidadania em um estado democrático de direito, com leis, políticas públicas e programas eficazes para o combate ao preconceito e à discriminação e para a efetivação dos direitos positivados, com equiparação e em igualdade. O acesso e a permanência na educação são partes integrantes desse conjunto de ações
No que tange as pessoas com deficiência, os avanços na educação inclusiva são frutos de uma longa caminhada, na qual foram protagonistas as pessoas com deficiência e seus familiares, com a participação ativa de defensores dos direitos humanos, especialmente do direito à educação – fundamental para o exercícios dos demais direitos.
O que se percebe atualmente nas escolas é que não existe boa receptividade para retrocessos nas políticas públicas de inclusão, ou para políticos que levantam bandeiras de restrição de direitos (os quais, certamente, são sempre bem recebidos, porém, com a merecida desconfiança). Ou seja, o espaço para “politicagens” está restrito e lida-se com isso, na maioria das vezes, conhecendo conjuntura e contextos. É certo também que cabe a cada um(a) decidir o seu caminho e que conveniências não são descartadas, mas em tempos de redes sociais, as informações e intenções são mais óbvias.
Podemos pensar nos motivos que podem levar pessoas públicas a se articularem para defender restrições de direitos e o modelo de saúde/assistencialista que se contrapõe ao modelo social, este sim de combate à miséria. Mas compreender por que fazem pressão para segmentar políticas públicas de educação, elegendo deficiências para o pertencimento, ainda é um desafio, pois foi da demanda pela garantia da dignidade inerente a todos os seres humanos que surgiu o sujeito de direitos. E educação é direito inalienável.
Foi pela obrigação de fazer do poder público que os avanços aconteceram; da dupla matrícula no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) – que garante recursos para que o estudante esteja na escola comum e receba o atendimento educacional especializado - ao Programa BPC na Escola, a motivação está nos preceitos constitucionais duramente conquistados pela sociedade.
As matrículas de estudantes com síndrome de down em classes comuns, felizmente, crescem e são incentivadas – inclusive por instituições especializadas. Lamentavelmente, tal incentivo não acontece na mesma intensidade para pessoas das mesmas idades com paralisia cerebral, transtorno global do desenvolvimento ou deficiência múltipla. Posso concluir que existe uma triste “seleção natural” que me assusta. Considerando que a maioria das pessoas com deficiência é pobre, poderia dizer que tais práticas podem vir a promover, a médio prazo, um apartheid entre as deficiências. Ou seja, as pessoas com deficiência consideradas “leves e moderadas” – e as mais abastadas – exerceriam os seus direitos, sendo que as consideradas “graves” – principalmente as mais pobres – continuariam nas instituições (e a viver na linha da pobreza). Idéias que, inclusive, foram bem difundidas durante o ano de 2011, com o uso dos termos mencionados.
Em geral, as pessoas lutam de forma mais intensa pelos seus e acaba sendo fácil esquecer que são milhões de pessoas com deficiência, com especifidades que se unem a tantas outras características. Por isso, é preciso lembrar que os caminhos se cruzam e até se entrelaçam. As pessoas – não importa se com síndrome de down ou paralisia cerebral – têm os mesmos direitos e, no que diz respeito à Educação, todas as crianças e adolescentes devem igualmente frequentar os bancos das escolas. Não podemos permitir, por exemplo, que nos vendam a ideia de que é legítimo haver equipes multidisciplinares para avaliar e encaminhar para classe comum ou para escola especial (principalmente por uma questão de humanidade, que, inclusive, precede as leis). Porque exclusão mata e é desumano. Recursos para atender todas as especificidades, sim, são bem-vindos, necessários e de direito. Para além das Pessoas com síndrome de down existe, sim, vida. Todos e todas são seres humanos.
As Pessoas são diferentes, mesmo. E, além disso, toda pessoa é um mundo e um mar de complexidade. Pessoas com e sem deficiência, tanto faz. Somos igualmente gente. Recentemente, ouvi de um pessoa com paralisia cerebral que se pudesse mudar alguma coisa em sua vida não mudaria a sua condição. E, assistindo a um programa de televisão, novamente ouvi uma fala semelhante.
Acho que precisamos nos conscientizar de que compomos a mesma humanidade, que, de fato, é e sempre foi diversa. Podemos encarar o mundo ou considerando as diferenças como parte integrante e formadora de contextos ou como algo que precisa de cura para se homogeneizar. Nesse segundo entendimento, as diferenças precisariam de “preparo” para frequentar as salas de aula para que a pessoa pareça igual àquele considerado “normal” (?). Aprender igual, falar igual, parecer igual talvez seja a busca de alguém que jamais existirá de fato, pois as pessoas são o que são, independentemente de tentativas para torna-lás o que queremos que sejam. A relação “Eu e Tu” proposta pelo filósofo, escritor e pedagogo austríaco Martin Buber estará ameaçada ao tentarmos fazer com que o outro atenda expectativas e pague por nossos mais escondidos preconceitos.
O Dia Internacional da Síndrome de Down é, sim, um dia de luta pela garantia e efetivação dos direitos: direitos humanos; direitos das pessoas com síndrome de down e com outras tantas características; direitos de todos e de todas; direitos constitucionais; direitos de iguais na diferença.
Em tempo: as instituições filantrópicas especializadas, com seus saberes e conteúdos acumulados, são fundamentais para a construção da escola inclusiva, a escola de todos(as) e de cada um(a).
TODOS OS DIAS SÃO DE LUTA.
Abraços Inclusivos.

22 de março de 2012 Comments

APOIO ROBOTIC TRAZ A LIBERDADE PARA PARAPLÉGICOS - TEK RMD



Robotic Mobilização dispositivo www.tekrmd.com Tek RMD, oferece a oportunidade de circulação de pessoas com paraplegia, permitindo-lhes independentemente de pé em uma posição completamente vertical, com a postura correta, facilitando a sua circulação e confortável conclusão de suas tarefas diárias dentro de casa , como no shopping casa, escritório e shopping. Tek RMD não é uma alternativa para cadeiras de rodas, é um conceito totalmente novo, uma nova plataforma.

Fonte: http://tekrmd.com
ESTA VAGA NÃO É SUA NEM POR UM MINUTO
21 de março de 2012 Comments

21 DE MARÇO "DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN" - Jovens com Síndrome de Down vão representar o Brasil na ONU


Hoje é uma data especial e de conquistas em todo o mundo. O Dia Internacional da Síndrome de Down mostra a importância da inclusão social, além do respeito às pessoas portadoras da alteração genética, que pode ocorrer em 1 a cada 800 nascimentos, aumentando a incidência de acordo com a idade materna. 
Ao contrário de que muitos pensam, a Síndrome de Down não é considerada uma doença e também não deve ser tratada como tal.
As pessoas com a SD sofreram uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21.

O vídeo abaixo foi veiculado no dia 18/03 pelo Programa Fantástico da TV Globo.



18 de março de 2012 Comments

O QUE ENSINAR A SEUS FILHOS SOBRE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

Caro leitor, 
A matéria abaixo foi extraída do site Inclusive - Inclusão e Cidadania. O texto foi traduzido por Andréa Werner do blog Lagarta Vira Pupa.
O título original traduzio é "O que ensinar seus filhos sobre crianças especiais".

Por Ellen Seidman, do blog "Love That Max"

Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.

E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.

Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!

Pra começar, não tenha pena de mim

“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.” 

Ellen Seidman, do blog "Love That Max"; mãe do Max, que tem paralisia cerebral


Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos

“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”

Shannon Wells, do blog "Cerebral Palsy Baby"; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral


Use o que eles tem em comum

“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”

Michelle, do blog "Big Blueberry Eyes"; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down


Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar

“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”

Jana Banin, do blog "I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won't Say out Loud)"; mãe de Benjamim, que é autista


Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças

“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”


Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe do RJ, que é autista (é ele, na foto acima, com sua irmã Ryane e sua mãe)

Encoraje seu filho a dizer “oi”

“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”


Katy Monot, do blog "Bird On The Street"; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral

Encoraje as crianças a continuar falando

“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”


Lisa Quinones-Fontanez, do blog "Autism Wonderland"; mãe do Norrin, que é autista

Dê explicações simples

“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”


Kimberly Easterling, do blog "Driving With No Hands"; mãe do Willian e da Mary, ambos com Síndrome de Down

Ensine respeito às crianças com seus próprios atos

“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”


Debbie Smith, do blog "Finding Normal"; mãe de Addison, que tem Trissomia 9

Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem

“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”


Jenniffer Byde Myers, dos blogs "Into The Woods" e "The Thinking Person's Guide To Autism"; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral


Inicie uma conversa

“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”
— Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral

Sarah Myers, do blog "Sarah & Joe (And Charlie Too!)"; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral

Não se preocupe com o constrangimento

“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”


Dana Nieder, do blog "Uncommon Sense"; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada



Texto original em inglês: http://blogs.babble.com/babble-voices/ellen-seidman-1000-perplexing-things-about-parenthood/2012/02/29/what-to-teach-your-children-about-kids-with-special-needs/ 



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MEU FILHO AQUARELA

Texto de Cylene Medrado

Não damos o devido valor ao poder de um lápis e papel em branco. Quando muitos julgam ser apenas um simples lápis, percebo que ele é capaz de tomar forma e conceito quando expresso em uma folha de papel em branco.

A possibilidade de criar, de expressar nossas emoções e colocar o que temos de melhor para o outro ver,  pode ser comparado a um filho. O filho representa nada mais que nossa melhor criação. Nossa arte mais elaborada, embora na gestação não saibamos como serão seus traços e cores. Deduzimos a cor da sua pele e sua fisionomia baseados na nossa família; e quando nossa criação surge, procuramos encontrar semelhança e trejeitos, observamos o nariz, a boca, os olhos  e a pele dos nossos pequenos projeto de gente. Eles são arte. E a arte é assim. Arte é uma inspiração única, intrínseca e inerente a natureza do artista. Não somos apenas pais, somos artistas. No entanto, algumas criações são mais elaboradas, porque excedem mais detalhes. No meu caso, a arte excedeu cromossomos (rs...rs...rs) e que acaba se parecendo mais com sua própria arte, do que com nossa produção. 

Hoje, percebo que no turbilhão de emoções com a  confirmação do diagnóstico da síndrome de Down, vejo mais o traço marcante de Deus do que o nosso. Posso afirmar que Deus é tão perfeito que ele teve o cuidado de medir o contorno do traçado dos olhos do Mateus para representar a síndrome de Down. A exatidão na arte de Deus fica exaltada nos olhos. Olhos sempre são tão sinceros. Olhos são tão marcantes. Olhos sorriem, olhos choram e seduzem.

Eu sei, olhos não falam...

Mas sei, olhos respondem.

E seus olhos? O que vêem na síndrome de down?

Espero que seus olhos vejam a beleza da aquarela.

Na diversidade da aquarela encontramos a beleza somada a diversidade das cores.

Cada cor, uma dor.

Cada cor, uma vida.

Cada cor, uma escolha.

Podemos escolher a aquarela.

No dia 21 de março (dia internacional da síndrome de Down) escolha o amor. 

Te amamos Mateus!

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A VIAGEM


Texto de Cylene Medrado

A escola, o primeiro dia de aula do Mateus teve a sensação de uma viagem literalmente inesperada. Não sabia como seria a adaptação dele na escola e a adaptação da escola as necessidades do Mateus.

Sonhamos conhecer um novo lugar, novas pessoas e, esperamos muita diversão no roteiro da viagem. Temos o cuidado de colocar na bagagem tudo que achamos fundamental, desde a escova de dente à máquina fotográfica para registrar cada momento.

Eis que, o primeiro dia na escola do Mateus soava como ruptura. Para algumas viagens partimos contentes com o roteiro de férias. Já outras viagens representam distanciamento distanciamento das pessoas queridas. E essa viagem que meu pequeno Mateus está prestes a fazer é a viagem dolorosa.

Sei que qualquer viagem está sujeita a imprevistos. Isso me assusta. Será o primeiro contato do Mateus com outras pessoas, outras crianças e em outro lugar. A grande, enorme, diferença é que no espaço da escola eu não serei a guia do roteiro de viagem.

Espero que o motorista (a motorista, no caso a professora) que comanda e pilota o ônibs e todo o roteiro de viagem esteja preparando para estacionar nas estações do Mateus e correr com o ônibus sem deixá-lo para trás. E os passageiros? Os mesmos que embarcam nessa viagem? Ah! Eles conseguem entrar sozinhos no ônibus, sentar-se na cadeira e embora não saibam o que vão encontrar pelo caminho entendem o comando da cabine do motorista. Enfim, expor seu filho especial em uma viagem que você não pode fazer com ele, dá medo. Medo do outro. Independente desse outro ter 2 anos ou 40 anos de idade, estou expondo o meu melhor. Expondo meu filho. Sei que é necessário mas doloroso. Seu choro não representa apenas choro de saudade. Ele teme. Teme principalmente porque não anda e fala. Eu temo por esses milhões de motivos que me tornam mãe diariamente.

Por esses mesmos motivos que me fazem acordar e dormir incondicionalmente mãe do Mateus. E, acordando e dormindo diariamente tão e simplesmente mãe, espero que seja uma viagem inesquecível porque aprendemos mais que esperamos. E os imprevistos da viagem? Ah! Esses acabam superados porque Mateus transborda emoção.

Mateus prestes a iniciar sua viagem, que será inesquecível...




11 de março de 2012 Comments

LIVOX - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA TABLETS

O LiVox é o primeiro sistema de comunicação alternativa para tablets totalmente em português do mundo! Desenvolvido por Carlos Pereira na Reamo Beike, o sistema tem ajudado pacientes que não conseguem se comunicar a viverem uma vida mais digna e significativa.





 
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