27 de agosto de 2011 Comments

"AS CORES DAS FLORES"

Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa. A tradução para o português foi feita para o blog "Assim como Você", de Jairo Marques.



Independente das nossas diferenças ou dificuldades, todos temos percepções da mesma forma e todas elas são válidas... Precisamos enxergar as possibilidades diversas para cada um, sem limitar, e sim incentivar o desenvolvimento SEMPRE. Eu ACREDITO e quero muito ver isso acontecer em todos os lugares.

Ser DIFERENTE além de NORMAL é NATURAL


20 de agosto de 2011 Comments

E AGORA? REFLITA...


Vivemos em um mundo onde muito se fala sobre Direitos Humanos, mas o desrespeito permanece em pauta para muitos dos humanos. Na maioria das vezes, no imaginário coletivo, quando se fala em direitos humanos associamos com cadeias lotadas, práticas cruéis e de tortura para presos. Ocorre que, existem várias pessoas que, apesar de serem gente, da mesma espécie científica dos homo sapiens, parecem invisíveis e não são facilmente associadas as questões que envolvem direitos humanos.


Estou falando das pessoas com deficiência, que em muitos casos não cometeram nenhum crime e que ainda pagam impostos, mas são excluídas da possibilidade de usufruir de direitos humanos básicos, simplesmente por conviverem diariamente com uma deficiência que receberam de “presente da vida”.

Importante esclarecer que a deficiência dessas pessoas é só mais uma característica dentre as várias que todo mundo possui, mas comumente é representativa dessas pessoas, como se a pessoa fosse sua deficiência, o que é um absurdo!

Muitos dos meus leitores vão dizer que não, que as pessoas com deficiência também são sujeitos de direitos, inclusive os humanos e universais, e que a legislação brasileira e até a nossa Constituição não fala em diferentes níveis de cidadania.

Tudo muito lindo até aparecer uma pessoa com deficiência no mundo real e que queira estudar na sua escola, ler os livros que você publicou, trabalhar na sua empresa, divertir-se no seu estabelecimento de lazer, até mesmo freqüentar a sua igreja, assistir a um casamento ou fazer uma visita à sua casa ou local de trabalho.

O pânico aumenta se essa pessoa se recusar a ser carregada ou se simplesmente apontar que o problema é a escada, a falta de livro no formato acessível, a ausência de áudio-descrição na propaganda linda que você colocou na televisão, ou a falta de acessibilidade virtual no sítio da sua empresa. Bom, a sua casa estaria resguardada não fosse aquela vontade incontrolável de sua visita que, depois de uns aperitivos precisa, como toda pessoa, usar o banheiro.

E agora? Você não sabia e não foi informado/a que em uma porta de 60 centímetros não passa uma cadeira de rodas? Você não tem obrigação de saber que o livro impresso não atende todas as necessidades de todos os leitores e que isso pode ser considerado, pelo código do consumidor, um defeito? E você que é o responsável pela igreja esqueceu que a porta lateral — aquela onde tem a rampa exigida pela Prefeitura — precisava estar aberta? Será que pedir desculpas vai adiantar alguma coisa ou só vai piorar a raiva pela exclusão tácita que a pessoa está sentindo?

A escola não pode recusar a matrícula porque é crime, mas ela cria tanta confusão na hora em que é informada sobre a deficiência da criança, que muitos pais preferem não expor seus filhos a tamanha discriminação.

É por isso que afirmamos que vivemos num APARTHEID silencioso contra as pessoas com deficiência. Ninguém diz que não se pode entrar na igreja, só que a porta, quando existe, está trancada e ninguém tem a chave e ainda pior, ninguém pensa em como abrir a porta, mas em como se livrar daquela pessoa com deficiência ou em como evitar a presença dela para não mostrar a incoerência entre o discurso e a prática.

Naquele momento o problema é a presença da pessoa com deficiência e simplesmente é bastante complexo para a pessoa, nessas situações de “crises”, que só quer participar, mostrar que o problema é a falta de acessibilidade ou o desrespeito aos direitos daquele ser humano ali diante de você.

E no imaginário coletivo e na vida real, vamos criando mais e mais barreiras para separar essas pessoas do nosso convívio. Transporte acessível? Só especial e separado porque não podemos imaginar que uma pessoa queira sair de sua casa e viver… E por falar nisso, quando encontramos alguém com deficiência que está aí no mesmo lugar que você, batalhando por sua independência como a maior parte dos brasileiros e das brasileiras, logo rotulamos – EXEMPLO DE VIDA, não queremos saber de fato o que ela faz, mas para segregar colocamos em outra categoria dos que devem ser admirados… Porque assim fica mais fácil deixá-los longe de nosso convívio.

Mas ainda nos resta uma esperança que a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, primeiro Tratado Internacional de Direitos Humanos, elaborada pela ONU e com caráter vinculante, seja ratificada pelo Brasil, com quórum qualificado para dar visibilidade a 14,5% da população, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE de 2000 para que possa ser usada como arma de enfrentamento mundial desse terrível APARTHEID silencioso e que você pode contribuir e muito para sua manutenção se continuar omisso e fazendo de conta que não vê tudo o que disse acima.

Por isso e muito mais, queremos que essa Convenção seja rotulada como a Convenção contra o APARTHEID das pessoas com deficiência.

* Ana Paula Crozara de Resende – advogada, membro do Centro de Vida Independente Araci Nallin, professora de acessibilidade e inclusão social da Universidade de Uberaba.

Fonte:  Apadv Petrópolis - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, AMIGOS E DEFICIENTES VISUAIS

6 de agosto de 2011 Comments

O QUE TORNA ALGUÉM ESPECIAL PARA VOCÊ?

Caro leitor esta postagem foi compartilhada pelo blog Deficiente Ciente.

A autora do blog Deficiente Ciente participou de um chat no Facebook, com o amigo Rubens Vieira, da Special Kids Phtography. O Rubens e sua equipe desenvolvem um trabalho grandioso em relação às crianças com deficiência. Utilizam a fotografia como instrumento de inclusão.

Nesse chat,  Rubens sabiamente questionou o que é ser uma pessoa especial. O que torna seu amigo, filho, vizinho… enfim uma pessoa que você admira, ser tão especial? Sabemos que o termo “excepcional” e “especial” foram utilizados  largamente nas décadas de 50, 60 e 70 para designar a deficiência de uma pessoa, contudo no sentido estigmatizante. No entanto, em pleno século 21, ainda nos deparamos com o uso desse termo nesse sentido. É preciso muita união para desmistificá-lo.

A sociedade precisa passar, urgentemente, por um processo de humanização a fim de libertar-se de vários tipos de preconceitos e aceitar o que é diferente. Afinal todo ser humano é único e especial, sem exceção.

Assim como o blog Deficiente Ciente, a Special Kids Photography comemora 2 anos de aniversário. E para este final de ano eles estão planejando um projeto que será realizado em Goiânia. Aguardem!

No site da Special Kids, Rubens Vieira levanta a seguinte questão e inicia uma campanha  “Por que o termo “especial” é um elogio prá uns e tão pejorativo para outros? O que faz um carioca achar que é preconceito chamar o filho dele de Especial e ao mesmo tempo uma gaúcha reconhecer o quanto a sua filhinha é especial na vida dela?”

Acesse o site Especial? Sim! e veja como participar!

Fonte: Blog Deficiente Ciente
5 de agosto de 2011 Comments

IMPLANTE DE APARELHO AUDITIVO ENTRA NA COBERTURA DE PLANOS DE SAÚDE

Agência de Saúde divulgou resolução sobre o ‘implante coclear’. Conhecido como ‘ouvido biônico’, ele substitui as próteses tradicionais.

O “implante coclear” foi incluído entre os procedimentos cobertos pelos planos de saúde, conforme resolução publicada no dia 29/07 no Diário Oficial da União. A cirurgia consiste na colocação de um aparelho auditivo que substitui as próteses tradicionais para pessoas com diagnóstico de surdez total ou quase total.

A resolução é da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que inclui o implante no “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, lista que determina a cobertura assistencial mínima dos planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.

De acordo com o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas e da FMUSP, o aparelho de alta complexidade tecnológica, popularmente conhecido como “ouvido biônico”, é composto de duas partes: uma interna e outra externa.

“O implante é que estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina. Já existe há alguns anos e hoje mais de 100.000 pessoas no mundo já o estão usando”, informa o site do grupo.

Reprodução artística de um implante coclear em um ouvido humano. Equipamento estimula nervo auditivo, que transmite sinais ao cérebro para recuperar a audição


















Avanço

Segundo a fonoaudióloga Maria Cecília Bevilacqua, professora titular em audiologia da Universidade de São Paulo e que trabalha com o implante coclear nas redes privada e pública de saúde, a resolução publicada pelo governo é um avanço tecnológico importante para os deficientes auditivos.

“O implante é recomendado para quem teve perdas severas ou profundas na audição, ou seja, é para quem não consegue entender o que outra pessoa fala ao telefone, por exemplo. O Sistema Único de Saúde (SUS) financiou no ano passado 680 cirurgias, um número baixo. Agora com os convênios realizando este procedimento, o alcance será maior”, disse.

De acordo com a especialista, aproximadamente 300 mil pessoas no Brasil sofrem com problemas graves de audição e necessitariam receber um “ouvido biônico”, denominado desta forma por ter sido o primeiro órgão humano a ser recriado tecnologicamente. O custo da cirurgia e do aparelho é de aproximadamente R$ 100 mil.

Fonte: G1 (29/07/11)
 
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