19 de novembro de 2011 Comments

DEREK PARAVACINI: CEGO, AUTISTA E UM NOTÁVEL PIANISTA


 Caro leitor (a),

A matéria abaixo foi extraída do blog “Estou autista.”

Conheça a incrível história do pianista autista e deficiente visual Derek Paravinici.

Derek Paravicini nasceu prematuro, com 25 semanas de gestação (o normal são 40 semanas). Sua cegueira foi causada por uma terapia com oxigênio dada a ele durante o tempo em que ficou em uma unidade de cuidados intensivos neonatais. Isso também afetou o seu cérebro em desenvolvimento, resultando em sua incapacidade grave de aprendizado. Ele também tem autismo e é Savant.

“Derek nasceu com menos de um quilo. Teve morte clínica por duas ou três vezes”, lembra o pai, Nick Paravicini. “Parece ter perdido parte das funções cerebrais. Não conseguia aprender como as outras crianças”.

Começou a tocar piano com dois anos de idade quando sua babá tentando lhe distrair pegou um teclado antigo de seu avô. No início, Derek utilizou seus punhos, palmas das mãos  para tocar porém fora do teclado. Gradualmente, porém, sem aula, ele começou a movimentar as mãos em sincronia, para cima e para baixo das teclas e logo ele estava formando acordes. Um dia, sua irmã mais velha, Libbet, foi correndo até a sala onde estavam seus pais, Nicolas Paravicini and Mary Ann Parker Bowles, e anunciou: “Rápido, rápido, venham e vejam, Derek está tocando o hino que cantamos na igreja”

Como tinha acontecido aquele “milagre” era o que todo mundo se perguntava. O que aconteceu? Como ele magicamente teve a capacidade de produzir música de dentro de seu cérebro danificado?

Seus pais o colocaram na escola de música para deficientes visuais Linden Lodge School, em Londres. Em sua visita introdutória para a escola, na sala de música, ele se livrou de seus pais e foi direto para um piano que já estava sendo usado e então empurrou a pessoa que estava tocando, Adam Ockelford, para poder tocar. Ockelford, hoje seu mentor e treinador, o encorajou e programou aulas que primeiramente eram semanais e, em seguida passaram a ser diárias.

“Seu fascínio com padrões abstratos de som, aquelas milhares de horas passadas simplesmente ouvindo durante os primeiros 20 meses de sua vida, em grande parte não contaminadas pelo entendimento, foram a causa de milhões de conexões neuronais” diz o professor Ockelford. “E são estas conexões que já estavam por trás do surgimento de uma musicalidade precoce.”

O professor Derek Ockelford ensinou a Derike suas técnicas convencionais e também as não-convencionais – em especial o seu desejo de tocar a música o mais alto possível!

Ainda hoje, em Bristol, o professor está ao lado de Derek, gentilmente lhe guinado e apresentando e batendo-lhe nas costas, encorajando-o a continuar tocando quando o público entra em erupção novamente.

Quase não existem relatos na história de gente com essa combinação de talentos. Além da supermemória, Derek é capaz de ouvir qualquer nota musical, identificar e reproduzir. Essa é uma habilidade conhecida como “ouvido absoluto”. Ouvido absoluto é a capacidade de ouvir um acorde com as 10 notas e identificar cada uma.

“Diziam que Derek era um grande papagaio, capaz de reproduzir o que ouvia”, lembra doutor Ockelford. Mas ele provou que as pessoas estavam erradas. Derek mostrou que também dá um show na hora do improviso!

Derek fez seu primeiro concerto aos sete anos em Tooting Leisure Centre no sul de Londres. Aos nove anos, o menino cego e autista teve sua estréia como concertista anunciada pela TV. O pequeno Derek empolgou o público tocando jazz com uma orquestra filarmônica.
Aos dez, ele foi agraciado com o prêmio infnatil  Barnardo’s Children’s Champion entregue por Lady Di.

Desde então, Derek tem desempenhado vários concertos. Ele nunca foi pago, tocando na maior parte do tempo em prol de caridade, e seu público varia de pacientes com demência, que prosperam com as velhas canções que ele produz, a pedido, a celebridades. Ele já tocou  duas vezes em Downing Street – para Tony Blair e Gordon Brown. Ele ainda tocou pedidos de Hugh Grant.

“Eu gosto de ter uma audiência quando eles me apaludem”, diz Derek. “Eu não fico nervoso antes de tocar”.

Apesar de seu dom da música, habilidades verbais de Derek são limitadas. Seu Inglês é bem falado, alto e claro, mas a sua capacidade de pensamento não se alonga muito. Ele é um echolalico, o que significa que ele repete o que você diz a ele, transformando a sua pergunta em um comunicado.

Você sabe Smoke Gets in Your Eyes, Derek?   Alguém pergunta. “Sim, eu sei Smoke Gets in Your Eyes.

Derek se comunica muito bem é através da música:

“É uma compensação maravilhosa para suas deficiências”, explica Nicolas, seu pai. “Ele ama as pessoas e sua interação com eles é através da música e tocando algo para elas.”

Uma das suas peças favoritas é Karma Chameleon do Culture Club jogado em um estilo ragtime. “Demorou muito tempo para ensinar Derek sobre estilos”, diz o Prof Ockelford. “Enquanto as peças são simples para ele entender, o estilo é mais abstrato.”

Derek tem hoje 30 anos  e mora em uma casa de cuidados em Redhill, Surrey, administrada pelo   Instituto Nacional para Cegos Real pois ele necessita de cuidados especiais e sua guarda estava sendo disputada pela família na justiça. Em maio desse ano o Tribunal de Proteção, que controla o futuro de adultos incapazes de gerir seus próprios assuntos, nomeou sua família (mãe, pai e irmã) como responsável por  cuidar de seu bem-estar e futuro profissional.

(Campanha publicitária do Reino Unido mostra como é o mundo autista)

A esperança da família, com a decisão do tribunal, é que Derek finalmente será capaz de ganhar a vida com seu talento. Ele está esperando para fazer uma série de mini-tours em os EUA, onde ele é bem conhecido depois de aparecer duas vezes no popular programa CBS News 60 Minutes. Fala-se também de conseguir um contrato de gravação profissional.

“Esperamos que ele possa ser capaz de começar a ganhar a vida por si mesmo”, diz Nicolas. “É um grande passo para ter uma vida normal. Com sua própria renda, ele pode ser capaz de abandonar a assistência residencial, começar sua própria casa, e ter um cuidador para morar com ele. Finalmente, esta é uma chance para ele continuar fazendo o que ele ama.”

Em seu site oficial, vi que Derek já gravou seu primeiro CD comercial e  é um album solo chamado de “Echoes of the Sounds to be”. O CD traz uma compilação de melodias empolgantes dos compositores como Harold Arlen, Jerome Kern, Thelonious Monk, Thomas “Fats” Waller, Stephen Sondheim, Scott Joplin e Jelly Roll Morton e foi produzido por Evangelos Himonides (Instituto de Educação da Universidade de Londres) e Ockelford Adam (Roehampton University).

Derek já está gravando seu segundo CD e fazendo muitos shows pelo mundo todo.

Com certeza sua vida é tocar. E nós temos o privilégio de escutar (ainda que de longe…)

Ouça um dos shows de Derek em Oxford na Inglaterra.

 

Agora ouça Dereck tocando “Garota de Ipanema”.


 
13 de novembro de 2011 Comments

EXERCÍCIOS MELHORAM A AUTONOMIA E A AUTOESTIMA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Pessoas com deficiência podem e devem se exercitar, mas para isso é preciso buscar informação e apoio para conseguir adaptar o trabalho às limitações de cada um. Não é preciso que tudo esteja perfeito para começar o trabalho, com algumas adaptações e boa vontade do professor, é possível se exercitar em qualquer lugar.

Isidoro de Almeida Jr, Julie Nakayama e Alex Souza mostram ao UOL Ciência e Saúde o que fazem para se manter ativos e são unânimes em dizer que os exercícios são essenciais para a auto estima e ânimo de qualquer um, com ou sem deficiência. Além de melhorar a auto estima e a visão sobre a própria capacidade, os exercícios ajudam as pessoas com deficiência a conquistar pouco a pouco a autonomia.

Nenhum tipo de exercício substitui a fisioterapia nos casos em que ela é indicada pelo médico, mas pode complementar o trabalho. Os exercícios escolhidos devem sempre ser autorizados pelo médico que acompanha a pessoa com deficiência, assim ele poderá informar para o professor que cuidados tomar, o que precisa ser feito e o que deve ser evitado.

A fisioterapia, quando indicada pelo médico, só pode ser prescrita e acompanhada por profissionais de fisioterapia e não é substituída pela musculação. Os exercícios, como corrida, bicicleta, esportes ou musculação devem ser prescritos pelo professor de educação física, sempre seguindo recomendações do médico e do fisioterapeuta que acompanham o aluno.

No caso daqueles que fazem fisioterapia, o professor de educação física que acompanha os exercícios deve ser informado do trabalho que está sendo feito pelos fisioterapeutas e, se possível, os profissionais devem ser colocados em contato pelo aluno para que consigam fazer um trabalho complementar.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/











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