30 de abril de 2011 Comments

LIVROS SOBRE DIVERSIDADE PARA CRIANÇAS - CONSCIENTIZAÇÃO

LIVROS SOBRE DIVERSIDADE PARA SEREM TRABALHADOS EM SALA DE AULA

Um amigo especial - Síndrome de Down é o tema desta coleção. Em um dos enredos, um menino passa por vários questionamentos ao observar a rotina de seu vizinho esquisito. Vencendo a timidez e o preconceito, inclusive dos pais, ele conclui que seu amigo Down é apenas diferente.
EM CLASSE Utilize o livro para valorizar as infinitas diferenças que existem entre cada criança, e não para fortalecer a imagem do aluno com síndrome de Down como “o diferente”. Procure fazer com que todos se habituem a falar do quanto são diferentes e do quanto isso é estimulante. Depois, peça a todos que escrevam ou falem para o grupo aquilo que acham mais diferente em si.
MEU AMIGO DOWN NA RUA; MEU AMIGO DOWN NA ESCOLA; MEU AMIGO DOWN EM CASA, Claudia Werneck, 24 págs. cada um, Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610.

Ver e enxergar - A história de Rodrigo é contada pelo seu melhor amigo, André, o primeiro a perceber que ele era cego, mas podia enxergar tudo. O autor não vê desde bebê, mas cresceu empinando pipa e brincando de carrinho de rolimã. Só mais tarde conheceu o preconceito e viu que em parte ele se deve à desinformação.
EM CLASSE O livro é um guia prático que inspira atividades em sala. No enredo, a professora ajuda todos a entender como Rodrigo enxerga: de olhos vendados as crianças tocam em grãos de feijão e em chocolate e ouvem sons como barulho de chaves. Proponha a atividade à sua turma.
RODRIGO ENXERGA TUDO, Markiano Charan Filho, 36 págs., Ed. Nova Alexandria, tel. (11) 5571-5637.


Mundão de tons sem fim - Este é um dos cinco volumes da série Mundinho, para “leitores” de 2 a 5 anos. Com ilustração e texto em braile, o livro – que é quadrado só no formato – começa com a descrição das incontáveis cores presentes na natureza.
EM CLASSE Aproveite o exemplo e faça com a turma uma lista de cores ligando-as a frutas, flores, animais e outros elementos encontrados na escola, no jardim ou na f eira. Vale também trabalhar a idéia do conviver com as diferenças, falando dos habitantes dos hemisférios norte e sul ou de pessoas com deficiência.
UM MUNDINHO PARA TODOS, de Ingrid B. Bellinghausen, 24 págs., Ed. DCL, tel. (11) 3932-5222.

Da cor de Flicts- O autor trata o tema da diversidade com muito colorido. Literalmente. No lugar de crianças, ele conta a história de Flicts, uma cor rara e triste, que se sente excluída, feia e aflita por não existir no mundo nada que seja como ela. Um dia resolve sumir, e o destino de Flicts é uma singela surpresa.
EM CLASSE Peça à turma que recorte muitos papéis de tonalidades diferentes. Com a colagem dos pequenos pedaços de papel, a garotada vai fazer uma bandeira representando uma classe que inclui todas as cores.FLICTS, Ziraldo, 48 págs., Ed. Melhoramentos, tel. (11) 3874-0880.

Diferentes, mas iguais - Versos e rimas descrevem uma escola onde todos são iguais mesmo sendo diferentes. “Lá na minha escola/ninguém é diferente/cada um tem seu jeito/o que importa é ir pra frente”.
EM CLASSE A última página vale uma cópia colorida ampliada: os versos merecem atenção e o lindo desenho pode inspirar uma produção de mural coletivo com fotos 3x4 de todos, formando um grande círculo, como um planeta Terra.NA MINHA ESCOLA TODO MUNDO É IGUAL, Rossana Ramos, 20 págs., Ed. Cortez, tel. (11) 3864-0404.

Oba, escola nova! Júlia tem 8 anos e adora ler, brincar com o dicionário e dar nome para tudo, até para três amigas especiais: Felizberta e Felizbina, suas muletas, e Joaninha, sua cadeira de rodas. Júlia vai entrar numa nova escola e quase não consegue dormir de tão ansiosa, pois antes estudava só com crianças com deficiência.
EM CLASSE Consiga uma cadeira de rodas emprestada e promova passeios pela escola e pela vizinhança para detectar obstáculos e propor mudanças para a melhoria do acesso.
JÚLIA E SEUS AMIGOS, Lia Crespo, 32 págs., Ed. Nova Alexandria, tel.(11) 5571-5637.

Muito prazer, Sílvia! -Sílvia é uma menina que faz cara feia e bonita, canta, brinca de gangorra e de pirata com a mamãe, faz travessuras, fica de castigo, dança com o vovô e cavalga com o papai, nada como um peixe... e tudo em uma cadeira de rodas.
EM CLASSE Depois da leitura, pergunte se algum dos desenhos poderia levá-los a perceber que Sílvia não anda. Quando ela brinca de pirata, por exemplo, a mãe segura as pernas dela com as próprias pernas.
ESTA É SÍLVIA, Jeanne Willis e Tony Ross, 32 págs., Ed. Salamandra, tel. (11) 6090-1500.

Ninguém é perfeito -Um acidente de carro e uma conseqüente paraplegia fazem a vida de Marcella dar uma guinada. A menina que arrasava nos jogos de vôlei se transforma numa pessoa triste, revoltada e sem esperança. Aos poucos, ela se recupera com a ajuda de diversas pessoas, entre elas o irmão, que, no final, conclui “...a gente é como um pedaço da noite. De longe, estrelas perfeitas. De perto, estrelas tortas!”
EM CLASSE Proponha aos jovens que façam um levantamento no bairro sobre a acessibilidade física e estimule-os a redigir um relatório e enviá-lo à Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência.
ESTRELAS TORTAS, Walcyr Carrasco, 104 págs., Ed. Moderna, tel. (11) 6090-1300.

Um dia de glória - Divertida e cheia de lições é a história dos garotos do time reserva de futebol da escola que nunca entram em campo, até que, um dia, os titulares pegam caxumba e não podem jogar a final.
EM CLASSE O texto facilita a dramatização, atividade que pode estimular o difícil exercício de colocar-se no lugar do outro, e suscita o debate sobre a tolerância.DESPREZADOS F.C., Júlio Emílio Braz, 80 págs., Ed. Saraiva, tel. (11) 3613-3000.

Brincadeira de mau gosto- Jéssica, 10 anos, é negra e enfrenta preconceito racial na escola. Nem a professora considera ofensivas as brincadeiras dos colegas. Mas um dia ela reage.
EM CLASSE Para facilitar o debate, o texto destaca expressões pejorativas e faz refletir se a escola garante o crescimento intelectual e afetivo de crianças negras.
TRAMAS DA COR: ENFRENTANDO O PRECONCEITO NO DIA-A-DIA ESCOLAR, Rachel de Oliveira, 112 págs., Ed. Selo Negro, tel. (11) 3872-3322.

Medos e amizades - Antônia e H são amigos, mas diferentes. Ela fala demais e ele de menos. Ele adora ler e ela só abre os livros que a professora manda. Ele faz o tipo bonitão e ela aquela em quem ninguém repara. Quando começam a confiar um no outro, passam a compartilhar seus medos.
EM CLASSE Pergunte: o diferente pode causar medo? Peça aos alunos que respondam sem se identificar e troquem entre si as redações. Depois, cada um se manifesta sobre o medo do outro e diz o que pode ser feito para superá-lo.
AMIGO SE ESCREVE COM H, Maria Fernanda Heredia, 128 págs., Ed. Nova Fronteira, tel. (21) 2537-8770.

Fonte:Nova Escola / Educação Especial




Criança Genial
Há muitas razões para se dizer que a natureza é sábia. Uma delas, e talvez a principal, é a diversidade de formas de vida que encontramos no mundo. Assim como entre várias espécies de flores ou de animais é possível observar características tão diferentes, também entre os seres humanos os traços étnicos ou biológicos identificam visualmente o quanto cada pessoa é única e especial - ou melhor, excepcional! Por isso, é muito natural conviver com pessoas diferentes - incluindo aquelas que possuem necessidades especiais. Com texto e ilustrações poéticas, Criança genial tem como objetivo sensibilizar as crianças sobre as diferenças visando à educação inclusiva. Ao derrubar as barreiras imaginárias que construímos sobre o tema, faz perceber que o mundo pode ser muito mais humano se reconhecermos que há gente que brinca, vê, escuta e anda "diferente". Surdos, cegos, deficientes físicos ou não, todos somos "especiais". Ou melhor, "geniais".

Autora: Cláudia Cotes
Editora: Paulinas
Ano: 2007
Edição: 3
Número de páginas: 24

Dança Down - Aninha conheceu uma nova amiga na escola: a Cuca - uma menina um pouco diferente, mas bem divertida. Ela tem síndrome de down e, embora tenha dificuldades para aprender a ler e escrever, Cuca é dotada de outros talentos: dançar, por exemplo. Narrativa breve, na voz de uma criança sem a síndrome, Cláudia "brinca" com a palavra down, criando neologismos: showdown, downvertido, downçar. O texto é divertido, tem seu lado poético, e além disso também está escrito em braille.
Autora: Cláudia Cotes Editora: Paulinas





Cocoricó: Um amigo Especial
1a Edição 2006 / Walkíria de Felice (Melhoramentos)
SinopseA turminha da Fazenda Cocoricó vai conhecer, nesta história, Mauro, um amigo de Júlio que precisa da ajuda de uma bengala para caminhar. Júlio também usa uma caneta e um caderno bem diferentes para escrever. Nesta edição Júlio e seus amigos vão descobrir que, mesmo sem enxergar, as pessoas podem ler, escrever, contar histórias e brincar de coisas muito divertidas. Uma bonita história sobre harmonia na convivência entre diferentes e as relações que se formam a partir da tolerância e da boa vontade.



LIVRO PARA CRIANÇAS SOBRE DISLEXIA


JOÃO, PRESTE ATENÇÃO!Autora: Patrícia Secco
Assim como João, inúmeras crianças, com bom nível intelectual, são incapazes de utilizar adequadamente a leitura, a escrita, a interpretação de textos.





COLEÇÃO: CIRANDA DAS DIFERENÇAS
Esta obra contém 10 livros + 10 CD-Rom:
  • UMA TARTARUGA A MIL POR HORA: Conta a história de uma tartaruga diferente, que aos invés de fazer tudo devagar como as outras, fazia tudo muito rápido, parecendo que tinha rodinhas nos pés. Como resolver toda esta agitação?
  • A ESCOLA DA TIA MARISTELA: Conta a história de uma escola pra ensinar golfinhos a participarem de espetáculos aquáticos. Certo dia, recebe uma nova aluna que não aprendia como os outros. Será que Sofia iria desistir de seus sonhos?
  • A FAMÍLIA SOL, LÁ, SI...: Este é um livro que conta a história de uma família de elefantes roqueiros, porém um de seus integrantes, Nando, nasce com uma deficiência. Será que arrumarão um jeito de incluir o elefantinho nesta banda?
  • NEM TODAS AS GIRAFAS SÃO IGUAIS: Trata da história de uma girafa que não tinha a mesma altura que as outras, mas mesmo assim, tinha o sonho de ser uma jogadora de basquete. Será que ela vai arrumar uma forma de participar do tão esperado campeonato da escola?
  • O CHARME DE TUCA: Conta a história de um coelho que descobre que a razão de suas notas baixas era devido ao seu problema visual. Será que depois de solucionado esse problema suas notas irão melhorar?
  • DOGNALDO E SUA NOVA SITUAÇÃO: Conta a história de um cachorro que sofre um acidente e fica numa cadeira de rodas. Como será que ele e sua família vão lidar com essa nova situação?
  • UMA FORMIGA ESPECIAL: Conta a história de Danilo, uma formiga que nasce cega. Danilo tinha muita vontade de ajudar no sustento do formigueiro, mas como será que ele e sua família vão conseguir enfrentar essa dificuldade?
  • UMA AMIGA DIFERENTE: Conta a história de um zangão filhote que conhece uma abelha diferente das outras e descobre neste contato uma amizade para toda a vida.
  • O CANTO DE BENTO: Conta a história de um maestro bem-te-vi que tinha o sonho de ter um filho que continuasse seu trabalho na jabuticabeira. As coisas vão ter que ser adaptadas quando descobrem que Bento, o filho do maestro, não sabia cantar como os outros pássaros.
  • O PROBLEMA DA CENTOPÉIA ZILÁ: Conta a história de uma centopéia que tinha uma de suas perninhas mais curta que as outras. Quando resolve diminuir a diferença entre suas pernas recebe uma grande surpresa da vida.
Acompanha CDs com histórias contada em LIBRAS (para surdos) caracteres ampliados(para baixa visão) e livro narrado (para cegos)
Acabamento : Brochura
Faixa Etária : De 03 a 10 anos
Edição : 1 / 2008
Idioma : Português
País de Origem : Brasil

Conheça a coleção no site: http://www.cirandadainclusao.com.br/


21 de abril de 2011 Comments

ESTA VAGA NÃO É SUA NEM POR UM MINUTO! - FAÇA PARTE DESSA CAMPANHA VOCÊ TAMBÉM

Esse vídeo é imperdível!

O uso indevido de vagas destinadas a pessoas com deficiência em estacionamentos de estabelecimentos – que resultou no lançamento da campanha “Esta vaga não é sua nem por um minuto” em meados de março deste ano – é o foco do vídeo que a agência TheGetz colocou no ar neste fim de semana nas redes sociais.

Como a principal desculpa para a ocupação de vagas exclusivas para deficientes e idosos é sempre a do pouco tempo de permanência no estabelecimento, o “apenas um minuto”, a TheGetz colocou cadeiras de rodas em vagas normais e registrou a reação das pessoas em um estacionamento de Curitiba. O resultado é o vídeo que pode ser visualizado nas páginas da campanha no Facebook, Twitter, Youtube e Vimeo. O filme também pode ser acessado pelo blog do movimento.

O movimento

Concebido para circular nas redes sociais, o movimento “Essa vaga não é sua nem por um minuto” foi uma iniciativa de mobilização da TheGetz para chamar a atenção da sociedade para a necessidade de respeito às vagas de estacionamento para pessoas com deficiência depois de um episódio de desrespeito a uma deficiente em um estacionamento de supermercado em Curitiba. Em pouco mais de um mês, o movimento ganhou mais de mil adeptos no Facebook e se propaga por outras mídias online. O selo do movimento também ganhou pontos fixos na capital paranaense.

Segundo o diretor institucional da TheGetz, o propósito da campanha, além de mobilizar pessoas para esta causa, é provocar ações efetivas por parte dos governantes. “Com o movimento, o que se pretende é ampliar a visibilidade para a necessidade do respeito à figura do deficiente, que em nada se diferencia, em direitos e deveres, das pessoas tidas como normais. Para isso, o apoio das esferas políticas é fundamental para que causas como essas possam ser vistas e ampliadas”, completa.



Veja como participar da Campanha “Esta vaga não é sua nem por um minuto!

19 de abril de 2011 Comments

NOSSA SOCIEDADE: CONQUISTAS E FALHAS EM RELAÇÃO À INCLUSÃO

O texto abaixo foi publicado no blog Projeto Conhecer Para Mudar (CPM), de Carlos Bayma.

Atualmente nos deparamos com professores despreparados, mal remunerados, alunos e pais insatisfeitos e um ensino precário. É incompreensível que a educação não seja a prioridade de um país.

É certo que a escola de poucos ontem era e é historicamente diferente da escola de “todos” hoje. No entanto, lamentavelmente, não temos um ensino de qualidade nas escolas públicas. A inércia governamental no setor de investimentos educacionais foi incapaz, até hoje, de criar condições básicas de melhoria no ensino público. Quando digo “todos” me refiro à inclusão de alunos de todas as classes sociais. No que se refere aos alunos com deficiência, a verdadeira inclusão está caminhando a passos lentos, longe de se tornar uma realidade.

O preconceito aliado à discriminação da sociedade, o despreparo das escolas para lidar com a deficiência, a omissão e o descaso dos governos, contribuem significativamente para a exclusão desses alunos nas escolas. Afinal que democracia é essa tão propagandeada pelos governos anteriores e atuais, quando em seus discursos dizem que a escola é para todos?

É claro que hoje em dia é notória a visibilidade que a mídia tem dado para a questão da deficiência. Entretanto, a meu ver, essa visibilidade ainda está enfocada na pessoa com deficiência numa posição de vítima e com destaque na dependência. E isto, consequentemente, reforça ainda mais a discriminação. O papel da mídia, quando veiculado de forma correta, tem sido fundamental na promoção de atitudes positivas no sentido de incluir as pessoas com deficiência na sociedade. Contudo, no que diz respeito ao trabalho de sensibilização e conscientização, este vem sendo realizado bravamente e continuamente, há trinta anos, por instituições e grupos que se preocupam com a qualidade de vida desse segmento.

É uma luta diária, árdua e mobilizadora em busca de uma sociedade plural, que respeite e valorize as diferenças e onde todos possam ter direito a oportunidades iguais. As dificuldades são imensas, mas o sonho de mudar esta realidade supera qualquer barreira e obstáculo.
16 de abril de 2011 Comments

PARA LER E OUVIR

Para comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil (02 de abril) e o Dia Nacional do Livro Infantil (18 de abril), a Fundação Dorina Nowill para Cegos transformou algumas obras literárias infantis em áudio e braille. Entre os títulos disponíveis estão Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e O Saci, de Monteiro Lobato; Tio Pedro, de Orígenes Lessa; Valentão, de Ricardo Soares; Oi, Eu sou a Mônica e Oi, Eu sou o Cebolinha, de Maurício de Souza; A Felicidade das Borboletas e O Grande Dia, de Patrícia Secco e o adorado pela criançada Harry Potter (do 1º ao 6º), de J.K. Rowling. Todos os livros são distribuídos gratuitamente para os deficientes visuais. Mais informações pelo telefone (11) 5087-0990.

Fonte: http://www.2020brasil.com.br/
13 de abril de 2011 Comments

DESABAFO DE MÃE: A INCLUSÃO QUE EXCLUI

Por Silvia Sperling, nutricionista

“Inclusão é a palavra que impera. Falamos da inclusão social, da inclusão de pessoas com deficiência e, eu, como mãe de uma criança especial, venho falar sobre o sentimento de exclusão que sinto constantemente neste mundo de exigências e expectativas depositadas sob nossos pequenos.

Ouço a discussão de mães sobre a necessidade de seus filhos falarem outro idioma o mais cedo possível, já na Educação Infantil. E eu sonhando com o dia que o meu filho simplesmente fale a nossa língua, comunique verbalmente o que quer e o que sente.

Outras mães reclamam do tempo que seus filhos permanecem em frente ao computador. Eu gostaria que o meu menino se interessasse de maneira espontânea por esta ferramenta que facilitaria seu aprendizado.

Algumas mães, ainda, lamentam que seus filhos estão crescendo, cada vez mais independentes, não parando mais em casa, com preocupações que englobam apenas amigos e festas. Ah, se eu pudesse ter esta certeza de que meu filho terá a autonomia necessária para uma vida independente, que frequentará festas e fará amigos. E a conversa sobre a escolha da carreira dos pequeninos, suas grandes aptidões e interesses já manifestados precocemente…

Sinto-me uma extraterrestre, com desejos tão simplórios e um cotidiano tão comum. Sei que devo participar das festas da escola, mas o que fazer se no Dia das Mães, as crianças estarão organizadamente dispostas no ginásio para cantar, e meu filho não terá participado dos ensaios, pois, certamente não ficaria em um lugar marcado e, obviamente, não cantaria as palavras esperadas. Poderia, no entanto, pular e dançar, vocalizando alegremente o que brota de suas cordas vocais, mas esta forma de participação nunca é planejada, pois, como é comumente dito, isto seria expor a criança. Mas, a inclusão não pressupõe a exposição da pessoa com deficiência, sem rejeição.

Sinto-me excluída deste mundo dito normal, e faço uma enorme força para proporcionar ao meu filho experiências sociais comum a todas as pessoas. O levo ao cinema, mesmo que tenha que sentar no canto de uma fileira, e o deixá-lo livre para ficar de pé sobre a cadeira ou pulando no chão.

Ele se diverte, o filme é infantil, mas as crianças devem se comportar bem, o que significa ficar sentadas e quietas, e muitas mães olham com reprovação o comportamento dele. Me refugio em ambientes nos quais ele já conquistou os funcionários e donos, como restaurantes e padarias, em que graças à pessoas iluminadas, ele é tratado de maneira carinhosa e respeitosa, e desta forma, sinto-me um pouco incluída na vida dos normais.

Não sei se meu sentimento de exclusão encontra eco no coração de outras mães de crianças especiais, mas a verdade é que cada parque é uma ilha e cada passeio uma aventura cheia de emoções e incertezas.”


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MEC NEGA FIM DE ESCOLAS ESPECIAIS PARA DEFICIENTES NO RIO

Escolas Especiais
Quando se promove a Inclusão, não se “joga” uma criança na sala de aula, nem a deixa sob a custódia de um estagiário ou babá. Quando se promove a Inclusão, ensina-se a todos os alunos sem distinção! (Professor e doutor Francisco J. Lima, da Universidade Federal de Pernambuco)

A polêmica começou em março, depois que o IBC e Ines foram informados pela diretora de Políticas de Educação Especial, Martinha Clarete, que os alunos seriam transferidos para redes públicas, seguindo a política de inclusão

O Ministério da Educação (MEC) negou na última sexta-feira, por meio do microblog Twitter, que vá encerrar no fim do ano as aulas de duas instituições federais especializadas para deficientes visuais e auditivos no Rio de Janeiro.

Na mensagem o MEC garante que não há nenhuma intenção de fechar os institutos Nacional de Educação de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e Benjamin Constant (IBC), na Urca, ambos na zona sul. A nota informa também que o ministro Fernando Haddad se reunirá com a direção dos dois institutos para esclarecer o mal-entendido.

A polêmica começou em meados de março, depois que representantes do IBC e do Ines foram informados pela diretora de Políticas de Educação Especial, Martinha Clarete, que os alunos do ensino básico (educação infantil e ensino fundamental) seriam transferidos para as redes estadual e municipal no ano que vem, seguindo a política de inclusão. Para esclarecer o assunto, o ministro marcou uma reunião, em Brasília, na próxima terça-feira, às 11h30, com representantes dos dois institutos.

O Ines recebe cerca de 500 alunos, do maternal até o 3º ano do ensino médio. O Instituto Benjamin Constant tem mais de 300 alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental. A chefe de gabinete do Benjamin Constant, Maria da Glória Souza de Almeida disse que as instituições especializadas não segregam e sim oferecem ensino de qualidade para aqueles que têm necessidades especiais. “É muito complicado tratar de crianças cegas numa sala inchada com 30, 40 alunos, em que um professor não sabe braille“.
Mãe de um jovem com deficiência auditiva, Maria Inês dos Santos disse que o filho estudava em escola pública e só aprendeu a ler e escrever depois que foi para uma escola especial. “Os professores de escolas públicas não estão preparados para receber esse tipo de aluno. A grande maioria não sabe braille nem LIBRAS e não tÊm treinamento para lidar com essas crianças. Muitos deixam esses meninos num canto por achar que, sendo surdos ou cegos, eles não vão aprender nada mesmo, como já ouvi de um professor“.

Maria Inês discorda que esse tipo de escola seja segregacionista. “Meu filho circula livremente entre os dois mundos, dos ouvintes e dos surdos. Hoje ele está com 26 anos, tem um ótimo emprego e se relaciona bem com todos. Defendo uma escola pública de qualidade para todos e também as especializadas. Uma coisa não exclui a outra”.

A prefeitura do Rio iniciou a contratação de intérpretes de braille e de LIBRAS nas escolas para atender a esse público que, segundo a Secretaria Municipal de Educação, é de 4.508 alunos, incluídos em classes regulares. Ao todo o município atende a quase 10 mil alunos deficientes.

No entanto, Maria Inês acredita que o próprio professor deveria saber as línguas em vez de contar com intérpretes. “Na escola aqui perto de casa, por exemplo, há apenas um intérprete na parte da tarde para atender todas as turmas. Um aluno cego ou surdo que estude na parte da manhã não tem esse tipo de auxílio“.

Referência: Rede Saci
9 de abril de 2011 Comments

TIROS REAIS EM REALENGO - A VIOLÊNCIA É UMA PÉSSIMA PEDAGOGIA

Caro leitor,
O Dr. Jorge Márcio P. de Andrade*, do Blog InfoAtivo DefNet, escreveu o artigo “Tiros reais em Realengo – a violência é uma péssima pedagoga”. Um texto profundamente reflexivo, que diz respeito a tragédia e violência na escola em Realengo. Veja, abaixo, uma breve introdução.

“Escrevo este texto em luto. Eu sei o que é a sensação, os sentimentos e as ”dores” que a perda de um filho aos 13 anos de idade causam. Não irei fazer ilações ou especulações científicas ou psiquiátricas sobre o jovem franco atirador. Estamos diante da reedição do Tiros em Columbine na Escola de Wellington em Realengo. Espero, desejo e estimulo que se procure uma atenção especial aos que ficaram: os sobreviventes. Estes que, vivendo após um tsunami sangrento na escola, sentem añgústia e desamparo, buscando como enfrentar esse momento de perdas dos meninos e meninas. Estimulo e desejo que busquemos atitudes bio-éticas, para nos revoltarmos com a naturalização das sementes humanas e sociais do que chamamos de violência.

Eu conheci de perto a região onde esta escola está situada no Rio de Janeiro. Trabalhei alguns anos em um bairro próximo: Bangu. Aprendi e cresci muito com as vivências e experiências sócioculturais junto aos que eram chamados de ”suburbanos”.

Acesse o blog InfoAtivo DeNet e continue lendo esse texto.

*Formado em Medicina, com especialização em Psiquiatria, exercendo atividades no campo da Saúde Mental, em Psicanálise e Psicoterapia, tendo como parte de formação a Análise Institucional.
7 de abril de 2011 Comments

LACRES POR UMA CADEIRA DE RODAS?

Veja que interessante!

A empresa Guaraná Antarctica iniciou no dia 01/04 uma campanha, onde a cada 1000 cliques no botão “gostei” do vídeo abaixo, valem uma cadeira de rodas a uma instituição beneficente. A campanha terminará no dia 08/04. Participe ainda hoje! Eles se inspiraram na “lenda urbana” que diz se você juntar 1000 lacres de latinhas, pode trocar por uma cadeira de rodas.


Referência: Blog Mão na Roda
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5 DICAS DE ACESSIBILIDADE PARA DENTRO DE CASA


Por Renato Tadeu Barbato


Como posso ajudar, ou pelo menos, não atrapalhar um deficiente visual nos vários espaços de convívio, tanto público como privado? Será que dentro de sua própria casa um deficiente visual precisa ter acessibilidade?

Nas ruas, como um deficiente visual faz para se deslocar em linha reta, já que ele não enxerga ou enxerga pouco?

Essas e outras perguntas e dúvidas, pipocam as mentes de alguns videntes, a essas se seguem outras do tipo: como posso ajudar sem dar a impressão de que considero o deficiente visual um incapaz?

O que acontece normalmente, é que o cego está sempre de testa ou braço roxo. Pensando nisso e naqueles que não sabem o que fazer, tentaremos a seguir, responder algumas dessas questões nas dicas de acessibilidade, tanto no espaço privado, quanto mo público.

Como disse Hermes Trimegistro: “O que está em cima é igual ao que está em baixo” ou ainda ” O micro e o macro são idênticos”, então iniciaremos pelo micro, ou seja, pelos pequenos espaços domésticos para posteriormente irmos para os grandes espaços públicos abertos e fechados.

Dicas para o espaço interno da casa

Dica 1 – Cadeira no lugar: Quando você se levantar de uma cadeira, coloque-a no mesmo lugar em que ela estava, afinal, apesar delas possuírem pernas, elas não andam sozinhas e não vão sair da frente se um cego estiver indo ao encontro dela. Será acidente na certa e o tombo valerá alguns hematomas e futuras gargalhadas.

Dica 2 – Luz acesa ou apagada?: Para um cego total pouco importa se a luz está acesa ou apagada, então não se preocupe em sair correndo na frente do “ceguinho” somente para acender a luz quando ele estiver se dirigindo a um outro espaço da casa. Esta sua corrida pode gerar um tombo e o deficiente não vai entender nada do que aconteceu, ficando com cara de “UÉ”, isto tinha a ver comigo?

Dica 3 – Copos de vidro: Procure utilizar copos de vidros e de preferência, vidro pesado, porque um cego procura um copo passando a mão, “de leve”, sobre a mesa para encontrar o dito cujo, e se ele for de plástico ou de vidro leve, quando a mão dele bater no copo, certamente esse virará. Novo acidente a vista e desta vez com consequências indiretas para a toalha de mesa ou o tapete da sala de jantar, que nada tinham a ver com a situação.

Dica 4 –Porta fechada: Porta entreaberta e testa de cego, se atraem incansavelmente, então, procure jamais deixar uma porta entreaberta, ainda que esse, seja o costume da casa, e a explicação é simples, no caso dos dois se encontrarem, porta fechada e cego, o impacto será menor, pois, o corpo todo baterá nela, enquanto que entreaberta, a testa, levará a pior. A menos é claro, que você queira acordar cedo com o cantar do galo que se formará na testa do seu ceguinho.

Dica 5 – Feche as gavetas: Fechar gavetas e portas de armários não quebram a mão de ninguém, porém podem ser quebradas se o seu ceguinho estiver andando e bater a perna nelas. Outro acidente iminente à vista…

Então procure jamais esquecer de fechá-las, pois dessa maneira, os seus antepassados nunca serão lembrados pelo deficiente visual em movimento. E olha que nessa hora a memória do seu ceguinho é excelente, ele não esquecerá de nenhum antepassado seu até a quinta geração.

Caso você, querido internauta, tenha alguma dica, dúvida ou sugestão, envie para o site para que possa ser divulgada e esclarecida para o maior número possível de pessoas. Assim, aos poucos, conseguiremos uma acessibilidade plena.

6 de abril de 2011 Comments

NÃO EXISTE MEIO TERMO PARA ACESSIBILIDADE

SEM MEIO TERMO

Existem algumas coisas que não possuem meio termo. Aprovação em um vestibular, por exemplo. Não é possível que um candidato tenha sido mais ou menos aprovado. Ou seu nome está na lista dos aprovados, ou não está.

A acessibilidade também não tem meio termo. Ou algo é acessível, ou não é.

Por definição, a acessibilidade pressupõe a garantia de condições para que todos tenham pleno acesso a algum bem ou a algum lugar. Há, portanto, dois critérios contemplados nesse conceito. Ninguém pode estar excluído do acesso, e este acesso precisa ser pleno, isto é, irrestrito e incondicional. Algo só é verdadeiramente acessível, se obedecer a estes dois critérios.

Em nosso dia-a-dia, nos deparamos, infelizmente, com inúmeros exemplos em que se tenta aplicar uma espécie de “meia acessibilidade”:

Um determinado restaurante possui cardápio em Braille, mas este exemplar foi produzido há quinze anos, e, em todo esse tempo, nunca foi atualizado. Novos pratos foram acrescentados ao menu, os preços das refeições já foram várias vezes alterados, mas o cardápio em Braille continua o mesmo.

Um determinado produto possui, em sua embalagem, rótulo em Braille, mas esta embalagem não contém muitas das informações impressas no rótulo em tinta. O consumidor que tem deficiência visual não pode ler, por exemplo, a data de validade do produto, nem os ingredientes que o compõe.

Um determinado estabelecimento conta com uma rampa em sua entrada de acesso, mas ela é íngreme demais, de modo que seja impossível a subida de uma cadeira-de-rodas. Após algumas tentativas, a maioria dos cadeirantes desistem de subir a rampa, pois a tarefa é realmente ingrata.

Um programa de televisão possui o recurso de interpretação em LIBRAS (Linguagem brasileira de sinais), mas não possui audiodescrição, e isso faz com que os cegos percam muitas informações nele veiculadas. Os telespectadores cegos ficam excluídos da possibilidade de compreenderem as imagens exibidas durante o programa, e, conseqüentemente, não acompanham grande parte do seu conteúdo.

Uma determinada empresa se propõe a contratar pessoas com deficiências, mas restringe, no processo de recrutamento, os tipos de deficiências que deseja contemplar. Ela busca, em primeiro lugar, pessoas com deficiências físicas, (preferencialmente com aquelas deficiências que a organização considere como “leves”); em segundo lugar, busca pessoas com deficiência auditiva; em terceiro, pessoas com deficiência visual; e, por último, pessoas com deficiência intelectual.

Estes e diversos outros exemplos são casos em que a acessibilidade é posta mais ou menos em prática, e, por isso, conceitualmente, ela não acontece.

Assim como, pior do que não saber, é saber pela metade, ter algo mais ou menos acessível, muitas vezes, é pior do que não tê-lo.

Acessibilidade é portanto um conceito radical, no sentido de que só se aplica, se sua raiz for alcançada. Esta raiz constitui uma concepção clara e consistente sobre o tema. Não se pratica a acessibilidade por força de alguma lei ou decreto, mas sim, em função de uma atitude que, em sua raiz, seja coerente.

Como se pode ver, a acessibilidade traz consigo muitas exigências, porque ela realmente abala as estruturas. Analogamente, ocorre um processo semelhante ao de uma reação química. Nesse tipo de reação, os átomos precisam se rearranjar para que se chegue ao produto final, e este produto, por sua vez, tem uma estrutura diferente dos reagentes iniciais. Se esse rearranjo não aconteceu, a reação de fato não existiu.

Acessibilidade é assim: ou existe de fato, ou não existe.

Fonte: Cosmo Online
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ACESSIBILIDADE ATITUDINAL: QUANDO SOMOS ACESSÍVEIS?

Acessibilidade Atitudinal, nada mais é que a atitude pessoal de cada indivíduo. Aparentemente é algo simples, mas como veremos no texto abaixo, ela vai além do discursso, e por isso mesmo faz a diferença entre estarmos na sociedade como cidadãos que sonos, ou à margem dela, como cidadãos sem cidadania.

Como abordar um deficiente visual? É uma pergunta provocativa, mas essa é a intenção: “PROVOCAR”.

Se estiver em uma sala, onde também esteja presente um deficiente visual e precisar passar um recado, uma informação ou aviso pra ele, como você o faz?

A pergunta pode parecer estranha, mas tenho certeza que você parou para pensar antes de responder, digo isso por ter feito a mesma pergunta a muitas pessoas e todas, sem exceção, pararam para pensar no assunto.

Imaginemos uma situação comum...

O ambiente: nada mais comum que uma parada de ônibus, onde pessoas vêm e vão, vindas de todos os lugares e indo em direção à toda cidade e pelas mais diversas razões.

Lá está você, esperando por seu ônibus e eis que chega aquela figura com uma bengala na mão e se posta junto às outras pessoas.

O que você faz? Provavelmente se põe a observá-la, não é mesmo? O seu ônibus não chega e por isso, percebe que dois ônibus passam, e nenhum deles serve para aquela pessoa.

Como soube disso? Simples: a pessoa fez sinal para os ônibus, que pararam e abriram a porta, neste momento, você ouve o deficiente fazer uma pergunta para dentro do ônibus.

Você não ouviu a resposta, pois continua a uma certa distância do deficiente, a mesma em que estava quando ele chegou, mas pôde ouví-lo perfeitamente agradecendo e pôde vê-lo voltar o corpo à posição anterior.

Pensa com seus botões por quê o indivíduo fez aquele movimento de corpo e chega à conclusão de que o fez para poder ouvir a resposta à sua pergunta.

Bem, o que você tem de concreto até agora? Uma parada de ônibus, onde pessoas esperam por aquele que os levará ao seu destino, mas, entre elas está um deficiente visual.

Estranho? Incomum? Talvez nem tanto. O estranho e incomum é a situação em si, pois aquele indivíduo não enxerga e portanto não tem como saber se o veículo que se aproxima é um ônibus, e se for, não tem como saber se aquele é o ônibus que precisa pegar.

Volto a perguntar: o que você faz nessa situação: segue seu caminho ou se aproxima? Qual é a sua ATITUDE?

Lembra da pergunta do título deste texto: quando é que somos acessíveis? Se para a pergunta você respondeu: me aproximo do indivíduo com o propósito de auxiliá-lo, você teve ATITUDE.

A isso, nós damos o nome de ACESSIBILIDADE ATITUDINAL, ou seja, ATITUDE PESSOAL, que se traduz também como solidariedade.

Essa Acessibilidade, vai além do contato eventual em que acabei de descrever, ela pode estar presente em todos os ambientes: no trabalho e em ambientes públicos, como uma parada de ônibus, um bar, uma sala de espetáculos, um restaurante, etc.

Não bastasse isso ser uma questão de educação, solidariedade, ser humano e fraterno, é também uma questão de direito, pois a Lei de Acessibilidade, garante a todos que têm necessidades especiais, um tratamento digno e respeitoso.

Quando em um ambiente público a acessibilidade arquitetônica não corresponde ao que a lei determina e não por uma questão de cumprimento de lei, mas para garantir aquele que precisa, ter assegurada a sua dignidade e segurança, esse ambiente precisa suprir essa lacuna com a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL.

Reforço porém, minha opinião pessoal de que essa Acessibilidade é, antes de mais nada, uma questão de educação e respeito por outro ser humano, independente dele ter ou não uma necessidade especial.

A quem cabe dar o primeiro passo?

Isso significa que aquele que necessita de Acessibilidade Atitudinal, também precisa compreender que muitas pessoas não sabem como se aproximar. Não sabem que no caso do nosso amigo, o correto seria que ele fosse tocado no ombro, ou na mão, e assim saber que estão falando com ele.

Mais uma vez, digo o que já foi dito, a INCLUSÃO é uma via de duas mãos, e é impossível acreditar que só o outro tem obrigações, ou que só o outro tem direitos, fazemos todos parte de uma mesma sociedade onde cada um tem seu papel a exercer.

Aos interessados pelo assunto, basta acessar em qualquer site de busca (lei de acessibilidade), lá encontrarão maiores detalhes sobre a lei, ou pode acessar este endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm.

Fonte: Movimento Livre 
5 de abril de 2011 Comments

DESENHO UNIVERSAL E DECORAÇÃO

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que o assunto tratado aqui é – como o próprio nome diz – para todos. Ou, pelo menos, para o maior número de pessoas possível. Em termos técnicos, isso significa dizer que desenho, ou arquitetura, universal tem como objetivo abarcar toda a variação antropométrica. Uma palavra complicada que, na prática, é muito simples. São crianças, adultos, baixinhos, altos, gordos ou magros, idosos, cadeirantes, cegos, jovens atletas, mães com carrinhos de bebê… A ideia, portanto, é facilitar a vida de todos. Sem preconceitos.

Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de uma arquitetura inclusiva, feita para as minorias. Ela é também acessível, claro, mas não só isso. “Muitas vezes, quando pensa em acessibilidade, a pessoa diz, ‘ah, vou fazer isso, mas tem pouca gente com deficiência que vem aqui’”, comenta a arquiteta Maria Elisabete Lopes. “Com o desenho universal, ela percebe que faz aquela mudança para ampliar o leque”, resume. Quando se pensa em um projeto que seja para cadeirante, se exclui os outros. E o objetivo aqui é fazer para todos. O conceito é considerado, inclusive, sinônimo de ‘qualidade de projeto’. Igualitário, adaptável, óbvio, conhecido, seguro, sem esforço, abrangente e, por que não, bonito.

O conceito de desenho universal é bem recente, pois, entre outras coisas, as pessoas não viviam tanto antigamente. “Por conta disso, elas nem chegavam a desenvolver limitações advindas da idade”, explica Enquire Rovira-Beleta Cuyás, arquiteto, professor da Escola de Arquitetura da Universidade Internacional da Catalunha, na Espanha, e cadeirante desde os 23 anos. “E mesmo as pessoas que já nasciam com grandes deficiências ou perdiam suas capacidades, morriam jovens. Portanto, não era preciso contemplar essas necessidades”. Mas o tempo passou, a compreensão social se tornou mais igualitária, a medicina se desenvolveu e foi preciso pensar maior.


Hoje em dia, qualquer um pode experimentar algum tipo de perda, mesmo que temporária, em relação às suas capacidades atuais. “Essas mudanças introduziram novos dilemas e restrições com os quais os designers e arquitetos precisam lidar”, diz Sean Vance, arquiteto e professor da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. E foi justamente nesse país que, na década de 70, logo depois da Guerra do Vietnã, o conceito do Desenho Universal nasceu. Muitos soldados voltaram para casa mutilados e se tornaram um problema de saúde pública bastante dispendioso.


Foi diante desse contexto que a casa mais humana, como gosta de chamar a arquiteta Renata Mello, chamou a atenção. “Esse diálogo com o espaço é muito importante”, diz. “O modernismo de Le Corbusier havia criado a máquina de morar, extremamente prática, e era preciso resgatar o conforto, o calor e a afetividade”. A arquitetura do final do século XX e, definitivamente, do XXI, se humaniza e pretende contemplar as necessidades de todas as pessoas, com ou sem problemas físicos, psíquicos e mentais. Aqui no Brasil, essa ideia chegou nos anos 80 e hoje, pelo menos no meio acadêmico, já é bastante discutida. Na prática, a coisa ainda é um pouco incipiente. Mas nos espaços públicos, graças à lei de acessibilidade e mobilidade urbana de 2004, o desenho universal é uma realidade. E claro que, quanto mais a sociedade estiver familiarizada com ele, melhor e mais rapidamente o adotará.


Do lado de dentro das casas e apartamentos, o desenho universal ultrapassa a pura disposição estética e valoriza a adaptabilidade. É importante conhecer com riqueza de detalhes a rotina dos moradores e suas preferências para bolar um projeto que crie uma atmosfera familiar e se adeque às diversas necessidades. Ser ajustável, durável e atemporal são apenas algumas das grandes sacadas desse conceito. Isso é que Enrique chama de ‘acessibilidade despercebida’. Não é preciso, por exemplo, colocar barras de segurança no banheiro de uma pessoa de 28 anos sem nenhuma dificuldade de locomoção. Mas, se na hora de construir ou reformar, nenhum encanamento for posto entre 60 centímetros e um metro de altura, nunca um cano será furado se uma barra for necessária no futuro. Financeiramente, o impacto é muito pequeno. E, esteticamente, também.

Não existe um selo que ateste que esse ou aquele produto é universal. Eles estão por aí, em todo o lugar. “Muitas empresas se surpreendem quando ligamos para elas e avisamos que vamos incluir um produto deles, de linha, no nosso catálogo”, conta a arquiteta Sandra Perito, do Instituto Brasil Acessível. São produtos mais leves, ergométricos, fáceis de usar e, por que não dizer, bonitos e estilosos. Qualquer um pode ter um móvel que respeita os conceitos do desenho universal e nem saber disso. Um gabinete de rodinhas, luzes com sensor de presença, tapetes com antiderrapante, móveis com quinas arredondadas e maçanetas do tipo alavanca, por exemplo.

Pequenas mudanças e grandes conselhos também ajudam a aumentar a segurança na casa sem perder beleza ou estilo. Optar por pisos não muito brilhantes e lisos é uma dica simples e que encontra milhares de opções disponíveis no mercado. Considerar o banheiro todo como uma área molhada também evita acidentes. Iluminar bem a bancada da cozinha afasta o risco de cortes e queimaduras. Pisos sem desníveis, portas de correr que não criam mini degraus, luzes que não ofuscam, sinalizadores em áreas de circulação, sensores de presença e alarmes sonoros ou visuais são outras medidas que podem fazer toda a diferença para uma mãe com carrinho de bebê, ou para um adolescente que chega de madrugada em casa e não fica cego com a luz do hall de entrada, ou para um idoso que não ouve direito ou um cadeirante. Ou seja, para cada um de nós.


























Fonte: Portal Caras
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SAIBA QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DESENHO ADAPTÁVEL E DESENHO UNIVERSAL

DESENHO UNIVERSAL
Quando uma sociedade se acha no direito de não se adaptar à toda a diversidade humana cria, sistemática e progressivamente, situações de exclusão – nem sempre facilmente percebidas como tal. Como são tomadas algumas medidas de acessibilidade para facilitar a inserção de pessoas com a diversidade ou a deficiência escolhida, fica sempre a impressão equivocada de que se está praticando é a inclusão, embora o modelo seja de integração.


A título de exemplo poderíamos citar o caso de uma empresa que contrata um intérprete de Libras para os empregados surdos, mas não prepara o ambiente profissional para uma inclusão efetiva. No dia em que o tradutor falta, os outros empregados não conseguem se comunicar com as pessoas surdas. Embora a decisão da empresa tenha sido correta, ela se ressente da ausência de uma reflexão mais aprofundada sobre a diversidade, o que reduz o seu alcance ao limite de providência pontual, descontextualizada de uma verdadeira perspectiva da inclusão.

No âmbito da acessibilidade, o movimento pela integração teve vida longa e defendia, principalmente, transformações no ambiente arquitetônico. Já na década de 60, algumas universidades americanas haviam iniciado as primeiras experiências de acessibilidade transformando suas áreas externas, estacionamentos, salas de aula, laboratórios, bibliotecas e lanchonetes. Nos anos 70, graças ao primeiro Centro de Vida Independente do mundo, aumentaram a preocupação e os debates sobre soluções que pudessem provê-las com odireito de ir e vir em qualquer ambiente.

Vida Independente
As pessoas com deficiência viveram, durante muito tempo, sob a tutela de instituições, especialistas ou familiares, que os tratavam como alvo de caridade. No final dos anos 60, nos Estados Unidos, pessoas com deficiências severas, marginalizadas da sociedade, deram um verdadeiro grito de independência, deflagrando o Movimento de Vida Independente, que se multiplicaria pelo planeta. Nesse contexto, independente significava não-dependente da autoridade institucional ou familiar. Esta mobilização ensejou o surgimento dos Centros de Vida Independente, que contribuíram para a ampliação de múltiplas dimensões da acessibilidade: arquitetônica, educacional, de trabalho, tecnologia assistiva, defesa de direitos, setor de transportes etc.

Mas foi na década de 80, com a pressão do Ano Internacional das Pessoas Deficientes (1981), que o movimento ganhou força, inclusive no Brasil, com a realização de campanhas que exigiam não apenas a simples eliminação de barreiras (desenho adaptável), mas também a não-inserção de barreiras (desenho acessível). A principal diferença entre esses dois conceitos é que, no primeiro, a preocupação é no sentido de adaptar os ambientes obstrutivos. No segundo, a meta está em exigir que os arquitetos, engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais não incorporem elementos obstrutivos nos projetos de construção de ambientes e de utensílios. “Desenho universal” é a terminologia mais usada hoje em dia e se refere a um ambiente que leve em conta toda e qualquer diferença.

Fonte: Mídia e deficiência / Veet Vivarta, coordenação. – Brasília: Andi ; Fundação Banco do Brasil, 2003.
2 de abril de 2011 Comments

AUTISMO: MANUAL PARA AS FAMÍLIAS

Caro leitor,
Hoje é o dia mundial do autismo. O site Autismo & Realidade , traz uma cartilha  destinada a casos recém diagnosticados de autismo. Veja abaixo:



"Informações e recomendações para pais com filhos com autismo, em especial os recém diagnosticados.”


A Autismo & Realidade foi autorizada pela Autism Speaks a traduzir e adaptar esse “Autismo: Manual para as Famílias” e publicá-lo no nosso site. Da mesma maneira que a versão original, afirmamos que esse manual traz informações gerais sobre autismo que consideramos necessárias e especialmente úteis para as famílias cujos filhos foram diagnosticados recentemente. Apesar do documento da Autism Speaks ter passado pelo crivo de profissionais altamente qualificados e pais, e de nessa edição brasileira termos tomado o cuidado de checar as informações acrescentadas e as adaptações à nossa realidade, recomendamos que você sempre use seus próprios critérios e verifique pessoalmente cada um dos serviços e instituições listados. O Site da Autism Speaks (http://www.autismspeaks.org/) traz muitas informações confiáveis e atualizadas sobre autismo em inglês e espanhol.

Acesse o site e visualize a cartilha: Autismo & Realidade

Veja também nesse blog:
 
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