22 de dezembro de 2012 Comments

CONSCIÊNCIA É TUDO!!!


6 de dezembro de 2012 Comments

Dilma é vaiada ao falar 'portador de deficiência' durante conferência

Depois, presidente corrigiu e disse 'pessoas com deficiência' e foi aplaudida.
Dilma também ouviu protestos do Fórum Nacional de Educação Inclusiva.

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada nesta terça (4) ao chamar pessoas com deficiência de “portadores de deficiência" durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.
Dilma falava sobre duas visitas recentes que fez à Rede Sarah de hospitais de reabilitação, uma em Brasília, há duas semanas, e outra em São Luís (MA), nesta segunda-feira (3). Ela afirmava que a fisioterapia torna o processo de recuperação menos doloroso e destacava o uso de alta tecnologia no tratamento quando chamou as pessoas com deficiência de "portadores".

"Eu fiquei muito impressionada como a tecnologia pode nos ajudar a dar condições melhores de vida, melhores oportunidades para portadores de deficiência", disse, para logo em seguida ser vaiada por parte da plateia. "Desculpa, desculpa... pessoas com deficiência. Não, eu entendo que vocês tenham esse problema, porque portador não é muito humano, não é? E pessoa é, então é um outro tratamento", se retratou a presidente, sendo aplaudida em seguida.
 
A presidente Dilma Rousseff se desculpa ao ser vaiada por chamar pessoas com deficiência de 'portadores', durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília. Depois, presidente corrigiu e disse 'pessoas com deficiência'. (Foto: Pedro Ladeira/Frame/Folhapress)
 
Durante seu discurso, Dilma ouviu protestos do Fórum Nacional de Educação Inclusiva. "Dilma, cadê você? Educação inclusiva para valer", gritaram alguns integrantes do fórum que carregavam uma faixa com a frase: "Educação inclusiva é respeito à Constituição".

A presidente respondeu: "Nós somos a favor de educação inclusiva para valer. Somos também a favor das instituições especiais. Uma coisa não exclui a outra". Nesse momento, a plateia a aplaudiu bastante e entoou: "Olê, olê, olê, olá. Dilma, Dilma".
 
Após se retratar, Dilma foi aplaudida em conferência sobre pessoas com deficiência; presidente ressaltou importância de dar condições iguais e em diversidade.
(Foto: Priscila Mendes, do G1 em Brasília)
 
A presidente afirmou que seu governo procura promover a efetiva participação da sociedade nas discussões. "A participação popular é para isso. É para conferir se está tudo nos conformes".

Dilma afirmou ainda que "um país que não dá oportunidades iguais a pessoas com deficiência não é um país nem civilizado nem desenvolvido".
"As pessoas com deficiência têm um extraordinário potencial. Precisamos nos preparar para oferecer oportunidades iguais a todos os nossos cidadãos, e para lidar cada vez mais com a diversidade, saber conviver com o diverso, até porque o nosso país é um país baseado na diversidade", disse durante o evento.
 
A presidente destacou ações do programa do governo federal Viver sem Limites. Lançado há quase um ano, o plano visa investir R$ 7,6 bilhões nas áreas de saúde, educação, acessibilidade e trabalho a pessoas com deficiência, segundo informou a presidente.
"Nós sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras, mas as oportunidades têm que ser as mesmas. E para se ter oportunidades, as condições têm que estar adequadas", afirmou.
 
De acordo com Dilma, até março do ano que vem serão entregues 741 veículos adaptados para o transporte público escolar e 13,5 mil escolas receberão equipamentos com recursos multifuncionais. Além disso, o governo prevê construir 170 mil moradias adaptáveis para a população de baixa renda por meio do programa de financiamento Minha Casa, Minha Vida.
 
"Ninguém pode achar que governa sozinho, ninguém. Nós precisamos de parcerias com os estados, precisamos de parceiras de com os municípios, com as empresas, com os diferentes grupos sociais e, sobretudo, precisamos de parcerias com vocês”, disse Dilma.
 
Assista o vídeo:
 
3 de dezembro de 2012 Comments

3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência deve reunir duas mil pessoas em Brasília


A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) realiza entre os dias 3 e 6 de dezembro, em Brasília, a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O evento é promovido pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) e o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).
 
Com o tema “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: Novas Perspectivas e Desafios”, o evento deverá receber cerca de dois mil participantes, sendo 886 delegados que representam os 27 entes federados do país. Nas etapas municipais e estaduais, 10.328 participantes da sociedade civil e do governo debateram os quatro eixos do regimento da conferência nacional, que norteiam as discussões do evento:

Eixo I – Educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional;
Eixo II – Acessibilidade, comunicação, transporte e moradia;
Eixo III – Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses;
Eixo IV – Segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.
 
As etapas regionais aconteceram de novembro de 2011 a setembro de 2012. Cada conselho municipal, estadual e distrital elaborou até 40 propostas por eixo temático para a conferência nacional. Os resultados dessas atividades serão debatidos e levantados nos grupos de trabalho.

Na abertura do evento, no dia 3, estão confirmadas a presença da ministra-chefe da SDH/PR, Maria do Rosário Nunes, o secretário da SNPD, Antonio José Ferreira, e o presidente do Conade, Moisés Bauer.
 
A conferência será realizada em três pisos do Centro de Convenções Brasil 21. Haverá ainda uma tenda externa de 2.100 m², que vai abrigar cinco estandes (Plano Viver sem Limite; Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Conade; GDF; Petrobrás; e Oficina de cadeira de rodas e meios auxiliares de locomoção) e a exposição “Para Todos – O Movimento Político das Pessoas com Deficiência”.
 
Em paralelo ao evento principal, ocorrerá nos dias 4, 5 e 7 de dezembro a eleição para composição da nova gestão para o biênio 2013/2015 do Conade. O processo eleitoral será sempre às 19h30, no auditório do 8º andar da SDH/PR. Serão eleitas 16 organizações nacionais, uma vaga para os conselhos estaduais e outra para conselhos municipais.
 
Cenário Brasileiro
De acordo com o Censo do IBGE 2010, existem no país 45,6 milhões de pessoas que se declaram com deficiência. Esse número equivale a 23,9% da população total. A tabela completa com os números de cada um dos estados e por deficiência pode ser encontrado em www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/indicadores/censo-2010.
 
Credenciamento
Nos dias 3 e 4 de dezembro, um guichê específico para a imprensa vai garantir acesso ágil no credenciamento, a partir das 8h, na entrada principal da tenda.
 
Serviço
3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Data: De 3 a 6 de dezembro de 2012
Horário: 8h às 21h30
Local: Centro de Convenções Brasil 21 – Setor Hoteleiro Sul – SHS, Quadra 06, Lote 01, Conjunto “A”, Brasília (DF).
 
Assessoria de Comunicação
Luiza Penido: (61) 2025-3432
Ascom: (61) 2025-7941/3076

Fonte: 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência
2 de dezembro de 2012 Comments

CADEIRA DE RODAS JÁ FOI NAVIO E CARRO DE FÓRMULA 1, CONTA COLUNISTA DA FOLHA

Desde quando eu era molequinho, faz teeeempo, ando montado em uma cadeira de rodas para ir daqui para acolá. Mas ser um menino "cadeirantinho" nunca me impediu de brincar e de agitar as brincadeiras da minha turma.
O meu "cavalo de rodas" já foi um navio que atravessou oceanos para combater piratas, com o pessoal se enroscando em mim. Já foi carro de Fórmula 1, com os meninos disputando quem seria o meu piloto. Dava medo da velocidade, mas, com cuidado, era muito gostoso.
No futebol, fui goleiro e técnico do time. No esconde-esconde, eu tinha a vantagem de ter mais tempo para sumir. É justo, vai!
No videogame, eu não precisava de regra especial, só de mais espaço na sala mesmo.
Todos podem e querem se divertir na infância, e sempre há um jeito para que até aquele colega mais desarranjado, todo tortinho, consiga brincar junto, ensinar sua maneira de jogar, de se segurar no balanço, de virar a figurinha no "bafo".
O colega cego, surdo, com paralisa cerebral, "cadeirantinho" ou que tenha qualquer diferença quer aproveitar o mundo do jeito que todos querem. E sempre é possível colocá-los na roda, basta usar a imaginação, abrir bem os braços e dar um sorriso de "seja bem-vindo".
 
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CADEIRANTE PODE JOGAR FUTEBOL? E BRINCAR DE PEGA-PEGA?

 
Já viu boliche com canaleta para arremessar a bola? E pega-pega no colo de adultos? Essas e outras adaptações ajudam crianças com deficiência na hora de brincar.
"É muito gostoso quando alguém me pega no colo e sai correndo na hora do pega-pega", conta Lamiss Taghlebi, 7. Crianças sem deficiência se adaptam às regras diferentes para brincar junto. A lei é se divertir sempre.
 
 
Fonte: Bruno Molinero, Folha de São Paulo
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CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA CONTAM QUAIS SÃO SUAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS

'Tia' das bonecas
Lamiss, 7, adora pensar que é professora
Todos os dias, o quarto de Lamiss Taghlebi, 7, transforma-se em sala de aula.
Enquanto ela passa a lição, Barbies e ursinhos de pelúcia prestam atenção à professorinha de cadeira de rodas.
"Finjo que estou em 'Carrossel' e que sou a professora Helena", conta.
 
Artilheira rosa
Fernanda, 5, gosta de futebol
O que mais chama a atenção em Fernanda de Souza, 5, não são as mechas cor-de-rosa no cabelo. A primeira coisa que você vê é seu sorriso. Principalmente quando joga bola.
Apoiada na mãe para levantar da cadeira de rodas e ficar em pé, ela chuta no ângulo.
"Adoro futebol. Mas gosto de pintar também", conta a menina, enquanto desenha no bloco de notas do repórter.

Brincar é na rua
Emily, 10, gosta de brincar na rua
Emely Gabriely Silva, 10, nasceu duas vezes.
Até os três anos, corria e estava aprendendo a andar de bicicleta. Aí veio um caminhão e ela não viu mais nada. Quando acordou, estava sem a perna direita.
Foi então que nasceu de novo: ela reaprendeu a andar e hoje se equilibra na bicicleta e até pula corda. "Não gosto de boneca. Prefiro brincar na rua", diz.
 
Alta velocidade
Gabriel, 10, é craque no videogame
Todos os dias, Gabriel Fernandes, 10, espera ansioso para ir à casa da vizinha. Como o garoto não tem videogame, é lá que ele se transforma em piloto, a cadeira de rodas, em carro de corrida e o quarto, em autódromo.
Gabriel pisa fundo e garante: é difícil ganhar dele em jogos de velocidade.
Antes, os amigos não davam muita bola para Gabriel. Mas ele é um corredor. Rapidinho, conquistou os meninos e agora todos jogam videogame juntos.

Fonte: Bruno Molinero, Folha de São Paulo
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CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INVENTAM FORMAS DE BRINCAR


Lamiss Taghlebi, 7, que adora brincar de escolinha com as bonecas
Gabriel Fernandes, 10, é fera no videogame, nem lembra quando perdeu um jogo de corrida pela última vez. Lamiss Taghlebi, 7, adora brincar de escolinha. Fernanda de Souza, 5, é a artilheira no futebol do seu quintal.
Além de craques da brincadeira, os três possuem outra coisa em comum: têm deficiência intelectual e física e andam de cadeira de rodas. "Criança sempre dá um jeito de brincar. Não importam as limitações", diz Lina Borges, terapeuta ocupacional da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
Para driblar as deficiências, as atividades são adaptadas. No futebol, por exemplo, a bola é mais pesada para que role mais lentamente, e as crianças jogam sentadas no chão.
Há duas semanas, durante o Teleton (evento do SBT que arrecada dinheiro para a AACD), Ivan Fontenelli, 4, andava pra lá e pra cá com seu skate. Com má formação das pernas e dos braços, é com ele que o menino se locomove. "Brinco de futebol, corrida, tudo. Tenho até duas namoradas", conta baixinho para a mãe não escutar.
No próximo sábado, dia 1º, começa a 3ª Virada Inclusiva, organizada pelo governo de São Paulo em mais de 80 cidades, com lazer e esportes adaptados. Termina em 3/12, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br).

Fonte: Bruno Molinero, Folha de São Paulo
22 de outubro de 2012 Comments

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - UERJ

Novas turmas!!!

Objetivo:
Capacitar educadores do esnsino especial e regular e demais profissionais para atuar com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, tendo por ênfase sua inclusão no ensino comum.
 
Público alvo:
Destina-se a portadores de diploma de curso de Licenciatura plena em Pedagogia e demais licenciaturas, Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e demais áreas afins emitido por Instituição de Ensino Superior (IES) oficial ou reconhecida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Para maiores  informações, clique nas figuras abaixo.




Coordenação:
Profª Drª Rosana Glat
Profª Drª Catia Walter
7 de outubro de 2012 Comments

Museu de Petrópolis, RJ, é adaptado para deficientes


Casa de Santos Dumont se adaptou para ter acessibilidade.
Tecnologia é grande aliada das pessoas com necessidades especiais.



Museus de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão investindo em sistemas e projetos para facilitar o acesso de deficientes físicos, visuais e auditivos. A tecnologia ajuda, mas ainda existem obstáculos no caminho desses visitantes especiais.
O Museu Casa de Santos Dumont passou por adaptações e se tornou um exemplo de acessibilidade. O cadeirante pode entrar por uma rampa nos fundos da casa e por elevador. O banheiro é adaptado, mas as pontes construídas por Santos Dumont são estreitas demais para a passagem de uma cadeira de rodas. Isso foi resolvido com a construção de um tótem. Assim, o cadeirante pode fazer uma visita virtual pelo lugar.
Para quem tem problemas auditivos, foi disponibilizado um vídeo com uma versão em libras. E, para os deficientes visuais existe uma maquete tátil. Desta forma, eles podem conhecer a casa tanto por fora quanto por dentro. As placas também são escritas em braile para que o deficiente visual possa se guiar pela casa.
Mas nem todos os pontos turísticos estão adaptados. Um exemplo é a Casa do Colono, museu que conta a história da colonização alemã na cidade. Logo na entrada, um degrau de 20cm é um grande obstáculo à entrada de pessoas que utilizam cadeira de rodas, praticamente impossibilitando a visitação
Segundo a assessoria de comunicação da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis, a falha foi detectada e o problema será resolvido.

Fonte: G1
4 de outubro de 2012 Comments

PETRÓPOLIS TERÁ JARDIM SENSORIAL, UM DOS ÚNICOS DO PAÍS

Projeto envolverá deficientes físicos e visuais, crianças e idosos no contato com as plantas


Uma parceria entre iniciativa privada e uma entidade filantrópica vai criar o primeiro Jardim Sensorial de Petrópolis e um dos únicos do país. O projeto é destinado à aproximação dos deficientes físicos e visuais, crianças com dificuldade de aprendizagem, idosos e pessoas que queiram desfrutar dos sentidos de um jardim, aprender sobre o plantio, solo, água e plantas.
O Jardim dos Sentidos, como está sendo chamado, é uma idealização do Lions Club de Itaipava, do Projeto Água da Carbografite, e tem projeto da engenheira agrônoma Carolina Rodrigues. O jardim vai ocupar uma área de 400 metros quadrados dentro da Fazenda Projeto Água, onde já acontecem ações socioambientais em parceria com outras empresas. A previsão é de que o espaço comece a ser utilizado até dezembro deste ano.
Segundo Carolina Rodrigues, responsável técnica, o jardim vai explorar quatro sentidos dos seres humanos: o tato através da textura das plantas, a audição com a água, a visão através do reflexo das cores exuberantes e o olfato com os aromas das espécies. "É uma forma diferente e muito eficaz de aproximação com a natureza", disse.

22 de setembro de 2012 Comments

DISLEXIA

Este filme, retrata a dislexia de forma clara. Neste excerto é apresentado um pequeno resumo sobre disléxicos famosos. Veja como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade.


O original chama-se Taare Zameen Par - Every Child is Special, com a direção e participação de de Aamir Khan.


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21/09 - DIA NACIONAL DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (vídeo com audiodescrição)

Vídeo para divulgação do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro.


Vítimas diárias do descaso, do preconceito e da discriminção, as pessoas com deficiência comemoram no dia 21 de setembro, desde 1982, o Dia Nacional de Luta das Pessoas Portadoras de Deficiência. 

Este dia tem como um de seus principais objetivos mostrar a importância da luta de todas as pessoas com deficiência, seja física, mental ou sensorial (cegos e surdos-mudos).

Os direitos reivindicados pelas pessoas com deficiência não deixam de ser simples: ir e vir pelas ruas das cidades, frequentar lugares públicos sem a obrigação de entrar pela porta dos fundos, ou assistir a espetáculos na última fileira, por não haver espaço acessível a uma cadeira de rodas.

Seriam reivindicações simples se houvesse, por parte das empresas e do poder público, uma atenção especial ao que é indispensável para que os deficientes possam viver mais dignamente.

O preconceito e a discriminação devem ser combatidos ininterruptamente. Quem discrimina ignora que as deficiências apontadas nos demais são, em outra escala e em outra dimensão, as mesmas que carregamos conosco. Se não possuímos alguma deficiência “física”, certamente temos outras deficiências – de caráter, morais, éticas ou semelhantes – que nos tornam também deficientes.

Quem discrimina se coloca, equivocadamente, em um plano superior às outras pessoas, desconhecendo, ou fingindo desconhecer, que todos somos mais ou menos aptos a exercer alguma função ou atividade.

Os deficientes físicos, portanto, se têm, por exemplo, sua capacidade motora prejudicada, não perdem a capacidade mental, de raciocínio e inteligência.

A crise econômica e os altíssimos índices de desemprego vividos pelo Brasil têm contribuído significativamente para que as instituições destinadas a garantir os direitos se sintam impossibilitadas de agir. E agir, fundamentalmente, para garantir o cumprimento das leis que facilitariam o convívio das pessoas portadoras de deficiências e sua inclusão na sociedade.

Uma inclusão reivindicada em todas as áreas: educação, saúde, transporte, mercado de trabalho, seguridade social, etc.

Alguns pontos listados por entidades e movimentos devem ser destacados: maior investimento na área de prevenção de doenças ou condições de saúde que causem deficiências, sendo enfatizado o combate à desnutrição e aos acidentes de trânsito e do trabalho; promoção de campanhas de esclarecimento em instituições de ensino, empresas e comunidades sobre a importância da doação de órgãos; incentivo à pesquisa sobre tratamentos e equipamentos para uso dos portadores de deficiência.

Na educação, podem ser citadas a proposta de oferta, obrigatória e gratuita, de educação especial, em estabelecimentos públicos de ensino, sendo garantido, nos orçamentos (da União, Estados e municípios) um percentual mínimo destinado à educação especial.

Fonte: Rede Saci

15 de setembro de 2012 Comments

CENAS DO BRASIL discute políticas públicas para acessibilidade na internet

CENAS DO BRASIL  

O programa do dia 24.08.2012 abordou o tema da acessibilidade na intenet. Para discutir o assunto, o Cenas do Brasil recebeu a coordenadora-geral de Prestação de Serviços por Meios Eletrônicos, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Fernanda Lobato. Também participou a analista em Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Liliane Vieira Moraes debateram sobre acessibilidade na internet. Confira. 



Fonte: TV NBR

4 de agosto de 2012 Comments

ESTUDANTE DESENVOLVE SISTEMA PARA CEGOS USAREM TOUCHSCREEN DOS TABLETS

Sistema cria teclado e menus a partir do local onde o usuário posiciona suas mãos. Áudio também é utilizado para ajudar posicionamento.



O que você faz em suas férias? Viaja? Ou gosta de ficar em casa, vendo TV? Adam Duran prefere inventar! O estudante americano transformou um tablet comum em um teclado touchscreen para deficientes visuais e que se adapta aos diferentes tamanhos de dedos.

O jovem executou o projeto no Centro de Pesquisas de Computação da Universidade de Stanford, nos EUA. Durante as férias de verão americanas (que aconteceram de julho a setembro), Adam e seus professores, Sohan Dharmaraja e Adrian Lew, resolveram dar mais acessibilidade aos deficientes, já que um computador específico para a função custa em torno de US$6 mil (cerca de R$10,5 mil), segundo o site Engadget.

Além do custo, o modo de uso do digitador surpreende. Ao tocar a tela com os dedos, o aplicativo identifica e posiciona as 8 teclas embaixo dos dedos, não importando o tamanho nem a distância deles. Ao digitar, o app acompanha as letras ou palavras, falando ou soletrando em voz alta.

Para acessar o menu, basta chacoalhar o tablet. Nas funções e submenus, o usuário tem que passar o dedo sobre a tela e esperar a voz dizer em que item ele está, tirando o dedo para selecionar a opção desejada.

Veja abaixo um vídeo de Adam explicando sua invenção:


Fonte: Olhar Digital
19 de julho de 2012 Comments

Pai cria programa para se comunicar com filha que tem paralisia cerebral


Mais de 12 mil figuras, um programa de voz e um repertório ilimitado de frases e situações do dia a dia conectaram a pequena Clara com as pessoas e com a vida. É como se ela falasse através do tablet.





A tecnologia também pode ajudar pacientes com dificuldades de comunicação. Ainda mais quando o amor motiva novas descobertas. Aconteceu no Recife, Pernambuco.
Um amor sem limites: Carlos é pai de Clara, de 4 anos, que tem paralisia cerebral. Analista de sistemas, ele usou o conhecimento e a persistência para transformar a tecnologia em uma aliada da menina.
Ele criou um programa de computador para tablets e celulares que permite a comunicação com a filha: o Liberdade em Voz Alta.
“A necessidade que a gente tem de conversar, que eu tinha de conversar com a minha filha é muito grande. Algumas pessoas que têm pacientes ou familiares que não falam às vezes se acostumam, pelo fato deles não falarem, mas eu acho que a gente não pode se acostumar”, diz Carlos Pereira.
Mais de 12 mil figuras, um programa de voz e um repertório ilimitado de frases e situações do dia a dia conectaram a pequena Clara com as pessoas e com a vida. É como se ela falasse através do tablet.
A comunicação está ao alcance de um toque na tela. O programa permite muito mais: a criança pode dizer se está com dor, como foi o dia na escola, e o que deseja comer.
“A gente quer ir mais além, produzir talvez em escolas, para ter uma inclusão dessas pessoas dentro da sociedade”, conta a mãe de Clara, Aline Pereira.
Thaís não fala, e ganhou mais autonomia. Ela consegue expressar tudo que deseja.
“Acho que a comunicação traz muita independência para ela. Dentro de casa ela faz os gestos e a gente compreende”, conta a mãe de Thaís.
A família Pereira decidiu que vai compartilhar o sistema de graça pela internet com todos os pacientes que precisam desse tipo de ajuda. Para mais informações, acesse o site do aplicativo 
Veja também neste blog: 

Fonte: BOM DIA BRASIL 
17 de julho de 2012 Comments

Software facilita a alfabetização de estudantes com síndrome de Down


O programa é inédito e surgiu a partir do projeto de conclusão de curso de dois estudantes da UNB. O software ensina também a usar as redes sociais.


Em Brasília tem novidade na área de tecnologia. Em breve, a experiência pode chegar a todo Brasil e, talvez, a Portugal.
É um programa desenvolvido por dois alunos do departamento de computação da Universidade de Brasília. Para facilitar a alfabetização de estudantes com síndrome de Down e deficiência de aprendizagem.
O rapaz que aparece no vídeo tem síndrome de Down. Ele é o orientador virtual do programa "Participar", feito para pessoas com deficiências de aprendizagem. O objetivo é ensinar esses estudantes, com mais de catorze anos, a usar o computador e a internet.
“Nós temos cerca de 600 vídeos, que compõem esse software. Uma parte deles é de comando. por exemplo, que diz que a pessoa não acertou a palavra ou não acertou a letra. Por outro lado se ela acertou. parabeniza a pessoa. Conduz a próxima lição”, explica o professor.
O programa é inédito e surgiu a partir do projeto de conclusão de curso de dois estudantes da UNB.
“Foi uma sensação muito boa ver que a gente estava ajudando pessoas, ver que a gente estava usando o que a gente aprendeu na faculdade para fazer algo bom para ajudar alguém. Foi muito legal mesmo”, conta o estudante Tiago Freire.
O programa ensina também a usar as redes sociais. Ele simula, por exemplo, uma sala de bate papo. Tonico, que é o ator dos vídeos explicativos, conversa com o aluno.
Foram três semanas em estúdio. Os vídeos foram gravados com portadores de síndrome de Down para que os alunos se identificassem com o conteúdo. A educadora Kelly Assunção já usou o software em sala de aula.
“Eles ficaram emocionados por ter um igual a eles dando os comandos. Eles comentavam: ‘Poxa, professora, se ele conseguiu eu também consigo, não é?’. Claro que vai conseguir. Nós já podemos dizer que temos resultados. Nós já temos alunos que não reconheciam letras e eles já reconhecem as letras. Eles já conseguem obedecer o comando. passar pra próxima lição. Isso pra nós é um avanço muito grande”, comenta a professora da APAE.
No Distrito Federal, os 13 centros de ensino especial da rede pública já tem o programa.
Fonte: g1.globo.com
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Petropolitano eleito o Melhor Professor do Ano nos EUA


Programa de inclusão para crianças utiliza os sentidos para que o aprendizado faça sentido
O petropolitano Alexandre Lopes recebeu, na noite da última quinta-feira (12), o título de “Melhor Professor do Ano da Flórida 2013” (Florida Teacher of the Year 2013), em cerimônia de gala no Hard Rock Live nos estúdios da Universal (Universal Studios) em Orlando, em evento promovido pela loja de departamentos Macy’s e pelo Departamento de Educação da Flórida. O professor concorreu com 180 mil professores do Estado e cinco finalistas.
Alexandre criou um programa de inclusão para crianças com e sem autismo. Sua filosofia educacional consiste em utilizar os sentidos para fazer com que o aprendizado faça sentido.  Esse é um dos muitos segredos do professor para atingir o sucesso com seus alunos na “Escola Carol City”, em Miami. Em sua técnica, além do amor e dedicação, utiliza a música cantada e tocada e o pronunciamento de palavras por etapas, levando seus alunos a aprenderem com a prática sendo parte deles portadores do espectro autista. Em suas aulas geralmente sentam-se todos no chão onde professor e alunos desfrutam de um prazeroso aprendizado.
“Não tenho palavras para descrever o que sinto com esta premiação. É um momento mágico”, declarou Alexandre.
O superintendente de Educação no Condado de Miami-Dade, Alberto Carvalho, considera o professor realmente mágico: “O tema dessa competição foi mágico e Alexandre decididamente está um passo à frente, ele faz mágica na sua sala de aula diariamente, compartilhando seu talento maravilhoso com crianças que têm alguma deficiência e se beneficiam dessa mágica que ele traz”, disse Alberto.
Entre os prêmios, o professor recebeu US$10 mil e uma viagem com três acompanhantes para a famosa parada de Ação de Graças (Thanksgiving), em Nova York em novembro. Mas, a maior emoção para Alexander foi ter presente Enir Lopes, seu pai, que foi aos EUA para prestigiar o filho em um momento tão feliz e importante em sua carreira.
Ao receber o prêmio, Alexandre agradeceu a todos, principalmente seus alunos, aos quais chamou de “os pequenos sonhadores que tornaram realidade o sonho desse brasileiro”, e disse, em português, “muito, muito obrigado”.
Alexandre também sustentará  o título de “Embaixador da Educação” em toda a Flórida por um ano, viajando por todo o Estado ensinando o programa que criou a outros educadores.

4 de julho de 2012 Comments

DE UM OUTRO OLHAR SOBRE A DEFICIÊNCIA


Mulher sem deficiência faz perguntas ao acompanhante de uma moça cadeirante
(Cartunista Ricardo  Ferraz)

O interessante artigo abaixo, foi extraído do site Escola Brasileira de Psicanálise.
Por Kristell Jeannot
Um de meus próximos é deficiente, ele é deficiente físico1.
Eu vivi diariamente ao seu lado durante vinte anos, e pude constatar o olhar que as pessoas colocavam sobre ele nos lugares públicos, os seus comportamentos em relação ao seu olhar. Eu pude ler a repugnância sobre o rosto de alguns passantes, também o medo, quando alguns se afastavam, para longe, para não tocar no meu irmão, como se acreditassem em ser contaminados! Sempre o olhar, o olhar inocente, impedindo o anonimato repousado da identificação entre os pares de uma mesma sociedade, atraído pela diferença física de meu irmão, acomodado, sentado dentro de uma concha.
Veem-se assim poucas pessoas deficientes nas ruas!
É verdade que muitos estão realocados nos centros especializados. Nestes lugares, eles são alimentados, acomodados e ocupados pelas atividades in situ, então, por que sair?
É verdade que as pessoas deficientes são poucas, e mesmo jamais presentes nos órgãos representantes de nossa sociedade, semelhantemente, na televisão.
Porém, nossa sociedade se agarra no dia anual do Téléthon, onde convivem estrelas e pessoas em cadeira de rodas. É lamentável que este único significante, “deficiente”, termine por recobrir o ser destas pessoas.
Ao lado do meu irmão, diante de certos olhares, eu senti cólera e vontade de ir embora, de se comunicar com as pessoas para dar um testemunho sobre a vida de meu irmão, e de lhe perguntar sobre o que lhes provocavam medo, pois é disto que se trata: a diferença, até mesmo o desconhecido lhes provoca medo. Ou então esses passantes reencontravam nele a castração incarnada, a condição humana, em suma, frágil, podendo se estragar ou se quebrar através de um reencontro contingente com o real. É próprio do Homem não querer saber nada da sua condição mortal. Isto se chama recalque.
Esconder esta deficiência como eu não soubera ver!
A propósito, meu irmão, logo que cresceu, atravessou um período onde não queria mais sair, ou, logo que saía, baixava a cabeça. Ele tinha vergonha. Ele estava triste. Apoiado por seus próximos, ele conseguiu atravessar esta fase. Ele ignorava os olhares, os olhares que vinham interpretar seu estado sem o conhecer.
O real de sua deficiência está duplicado, pela interpretação de sua situação que lhe é reenviada pela sociedade, através do seu olhar e da sua maneira – eu falo de modo geral – de definir suas prioridades, o sustento das pessoas em situação de deficiência: assistir, antes de tornar acessível. Sim, é necessário mudar o olhar sobre a deficiência, privilegiando as capacidades destas pessoas.
Eu reencontrei com ele as dificuldades, até mesmo os impasses de simplesmente circular na cidade, quero dizer, em uma grande cidade. O real, meu irmão o vê diariamente. Isso se inicia ao despertar: ele não pode se levantar sozinho, ir aos banheiros sozinhos, se alimentar sozinho. É necessária outra pessoa, um ajudante para ele poder viver. Eu não me ocupei fisicamente de meu irmão. Eu era a sua irmã, mas por ocasião de meus estudos, trabalhei como assistente de vida no seio da Associação dos Paralisados da França. Enquanto profissional, eu pude constatar três pontos importantes:
  • O luto impossível diante de um funcionamento ideal do corpo transmitido por nossa norma social.
  • A insuportável dependência do Outro. Eu me perguntei sobre qual seria o melhor modo de oferecer a independência a estas pessoas que eu acompanhava. Uma questão crucial, inscrita no coração da constituição subjetiva do sujeito no processo de alienação-separação. Um sujeito para existir, depois que se fixou ao Outro2, deve se desprender dele, ou mais precisamente, subjetivar a sua vida. Em uma situação comum isto não é evidente, vejam o período da adolescência, mas numa relação de dependência factual ao Outro a questão se coloca sobre a possibilidade de uma passagem da condição de ser o “objeto” assistido pelo Outro, para ser um sujeito, um sujeito que é e que a, que eventualmente pode ser produtivo. Aqui, faço referência à dimensão do ter, qualidade extremamente investida na nossa sociedade.
  • Um risco de um deslizamento do sujeito, se tornando ainda mais dependente do que ele é, recobrindo uma falta afetiva, uma necessidade afetiva do Outro, que se manifesta por uma demanda de assistência de pessoas frequentemente isoladas socialmente.
Eu sou, por outro lado, psicóloga. Trabalhei em um dispositivo criado pelo Conselho Geral chamado “Acesso aos cuidados psicológicos para pessoas em situação de precariedade”, no qual acompanhei adultos geralmente psicóticos, às vezes reconhecidos como deficientes, e igualmente trabalhei no seio do que se chamava na época um CATTP, nos serviços de psiquiatria. Atualmente acompanho, na minha prática clínica, crianças e adolescentes autistas, psicóticos, ou apresentando algum retardo mental, qualificados em um estabelecimento pelo termo “deficiente”, e através de uma prática clínica liberal. Em relação aos pais das crianças deficientes, posso diferenciar dois tipos de acolhimento:
  • O consolo de serem reconhecidos pelo Outro social nas suas dificuldades. Assim, os pais no IME são reconhecidos nos seus limites e nas suas dificuldades em cuidar de seus filhos. Depois desta nominação, seus filhos são identificados pelo Outro social e então são tomados a cargo pelas estruturas especializadas, e recebem auxílio financeiro necessário para a vida cotidiana. É preciso não esquecer, de fato, os negócios ligados à deficiência: o custo adicional do material (poltrona, proteções urinárias, adaptação do alojamento, e aquele do veículo, etc.), indo além da incapacidade de subvencionar as suas necessidades;
  • A vergonha, a rejeição que recebi quando do anúncio desta nominação, dos adultos e das crianças, ou daqueles que acompanhei, no caso de uma deficiência psíquica. Isso os importuna pelo simples não reconhecimento da dificuldade. Entre eles, alguns me dão testemunham do aspecto “pejorativo” deste termo – que recebem como tal e, até mesmo, a incompreensão sobre o seu sentido. O termo “deficiente” vem do Outro, é um termo “universalizante”, um significante mestre, como se denomina na psicanálise, que recobre uma multiplicidade de dificuldades singulares e se mostra necessário para “subjetivar” o sujeito, para encontrar nele uma definição pessoal, associada ao que ele ressente como sendo “sua” dificuldade. Cada pessoa em situação de deficiência vai sentir sua vida, seu corpo, de maneira singular. É importante não menosprezar o poder de um significante, que nomeia um estado, um ser, que o representa, mas que fecha também aquele que aí está afetado. Este termo fatídico “deficiência” é praticado pelo aparelho burocrático para estruturar o acompanhamento destas pessoas, mas é importante não esquecer seu efeito segregativo sobre a sociedade, deixando difícil a invenção da identidade pelos sujeitos ditos “deficientes”. Como eles gostariam de ser apresentados, por quais significantes desejariam ser reconhecidos? Um modo completamente diferente seria percebê-los sobre o dia da diferença e das dificuldades, tomados um por um.
Em vez de sentir piedade e empatia, em vez de lhes darem uma vida pensada pela sociedade, eu gostaria que a gente deixasse de uma vez por todas a nossa parafernália do (bem)-pensentido, e que a gente se esforçasse para compreender seu olhar sobre o mundo, em descobrir as suas ideias, para que este mundo, onde nós os deixamos impotentes, possa se tornar, para todos, o nosso mundo.



1. Ele é doente motor cerebral, devido a um acidente no seu nascimento.
2. Por exemplo, que isto não seja lógico: o sujeito autista é um sujeito que não está fixado ao Outro. Ele se mantém a distância do Outro, no seu corpo, se recusando, às vezes, em ser tocado, e na sua língua, restando, às vezes, mudo.
29 de junho de 2012 Comments

BONECAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS


As bonecas See Able Dolls, fabricadas e patenteadas na cidade de East Greenwich (EUA), foram  meticulosamente desenhadas da cabeça aos pés. Com 18 cm de altura, braços de vinil, órgãos de pano, careca, com peruca, com bandana, próteses, muletas... são perfeitas para ensinar crianças com deficiência sobre próteses e fisioterapia. Também podem ser usadas para sensibilizar as crianças sobre a questão da deficiência e da leucemia.

Essa bonecas tem seu próprio ursinho de pelúcia e um conjunto de muletas. Nove delas tem próteses abaixo do joelho. Há também bonecas carecas especialmente concebidas para crianças que estão fazendo quimioterapia.

















Mais informações acesse o site.

27 de junho de 2012 Comments

TJRJ promove seminário sobre direitos das pessoas com deficiência

Notícia publicada em 19/06/2012


O Tribunal de Justiça do Rio, através da Comissão Intersetorial para Promoção da Acessibilidade no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CIPAC-PJERJ), vai promover na próxima quinta-feira, dia 28, o seminário "Acessibilidade e Inclusão - Direito à Cidadania”. O evento, que vai debater a temática dos direitos das pessoas com deficiência, será aberto por autoridades do TJRJ e conterá duas mesas redondas com a presença de convidados de notório saber na área. O seminário será realizado das 14h às 18h30, no Auditório Antônio Carlos Amorim, localizado no 4º andar, lâmina I, do Fórum Central. 
A primeira mesa redonda, cujo tema será "Da Constituição Cidadã à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência", vai debater o processo histórico das conquistas de direitos deste segmento, bem como os valores presentes na Constituição Federal, nas leis e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A segunda mesa, sob o tema "Acessibilidade: A transversalidade nas Políticas Públicas", abordará a temática da acessibilidade, como eixo fundamental da equidade de direitos, e a promoção de ações que favoreçam a inclusão plena desta camada populacional. 
O seminário terá como palestrantes o procurador regional da União da 2ª Região Cláudio Panoeiro; o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ Geraldo Nogueira; o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) Moises Bauer Luiz; o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência Antônio José do Nascimento Ferreira; o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro Luiz Cláudio Pereira; a diretora do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Projetos Especiais (Deape) do TJRJ Rosi Di Masi Palheiro; José Antônio Lanchoti, Conselheiro Federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil; e Izabel Maior, professora da Faculdade de Medicina da UFRJ e Consultora de Acessibilidade e Inclusão.   
O evento tem como objetivo a sensibilização de magistrados, gestores, servidores e demais atores da comunidade em geral para as questões relacionadas à garantia da acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência, com a valorização de suas potencialidades. 
A Comissão Intersetorial para a Promoção da Acessibilidade (CIPAC) é presidida pelo desembargador Antonio Iloízio de Barros Bastos e atende à Recomendação nº 27 do CNJ, sendo composta por servidores com e sem deficiências de várias diretorias gerais do PJERJ, e secretariada pelo Departamento de Apoio aos Órgãos Colegiados Não Jurisdicionais do Gabinete da Presidência (DEACO). 
Inscrições e informações pelo telefone: 3133-7651 ou através do e-mail: dedepseape@tjrj.jus.br. Serão computados pontos junto à ESAJ.
22 de junho de 2012 Comments

'Tradutores' descrevem tudo da Rio+20 para deficientes visuais


Cerca de 50 deficientes visuais usam os serviços na conferência. Nova profissão surgiu para descrever filmes e peças de teatro.

Andressa Gonçalves e Mariucha Machado
Do G1 RJ

“A sala possui aproximadamente 400 lugares com mesas duplas e microfones para serem utilizados em momentos adequados para perguntas. A mesa dos conferencistas é composta por sete lugares.” Assim começa mais um dia de trabalho dos audiodescritores Kemi Oshiro e Bernardo Lacombe. Andressa Gonçalves e Mariucha Machado
Esta semana os dois e mais um grupo de 30 profissionais estão trabalhando para a ONU nos eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em vários pontos do Rio de Janeiro.
A profissão deles é nova. Eles são audiodescritores, ou seja, profissionais que trabalham para facilitar a inclusão de pessoas com deficiência visual em eventos, peças de teatro ou filmes. Na Rio+20, o Comitê Nacional de Organização distribuiu os audiodescritores pelo Riocentro, HSBC Arena, Parque dos Atletas e Pier Mauá. O trabalho está disponível em inglês e português.
A coordenadora de toda essa equipe, a atriz Graciella Pozzobon, conta que prefere treinar pessoas ligadas ao teatro para desenvolver essa atividade. “Eles têm um olhar mais apurado e uma voz mais marcante para descrever a cena”, diz ela.
Segundo Graciella, é importante que todo a narração seja feita “sem julgamento e de uma maneira clara e objetiva”. Em alguns momentos ela reconhece que o trabalho é árduo. Narrar o documentário norueguês ‘Convite da dançar’, sobre dança contenporânea, e o filme ‘Matrix’, por exemplo, foram provas de fogo. “É difícil passar o que está acontecendo quando uma obra é abstrata ou mesmo cheia de efeitos especiais”.
As atividades durante a Conferência da ONU têm tido um resultado positivo. Graciella diz que os estrangeiros são os que mais procuram pela audiodescrição. De todos os inscritos nos eventos oficiais da Rio+20, cerca de 50 são cegas ou com baixa visão.
Preparação
Bem antes de colocar a mão na massa os audiodescritores precisam se preparar. Para a Rio+20, por exemplo, foi preciso se aprofundar no assunto sobre sustentabilidade, saber de onde eram os palestrantes, conhecer os objetivos de cada um e o tema que seria colocado em questão.
Bernardo Lacombe passou por um treinamento em 2011 para estar apto a fazer as audiodescrições. Ele contou que já está de olho nos grandes eventos internacionais que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo em 2014.
A jornalista Kemi Oshiro acredita que a acessibilidade é um campo que precisa ser muito mais divulgado e aproveitado. “Fazer um filme e impedir que algumas pessoas o assistam não é justo. Todos precisam se sentir incluídos e iguais”.

    
14 de junho de 2012 Comments

ARTIGO SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL - O TRABALHO PEDAGÓGICO COM OS DEFICIENTES VISUAIS E SEU PROCESSO INCLUSIVO

Caro leitor,

O artigo abaixo foi extraído do blog Página Pessoal de Elisangela Macedo.

Por Elisangela Macedo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam no Brasil cerca de 10% de pessoas com algum tipo de deficiência, das quais 1 a 1,5% apresentam deficiência visual, o que representa um número aproximado de 1,7 milhões de pessoas. Esse número é bem significativo, exigindo da sociedade um olhar mais atento, com objetivo de garantir a inclusão social e educacional dessas pessoas, direito adquirido por todos os cidadãos.

Mas a legislação, por si só, embora de relevância inquestionável, não garante a mudança de postura, a materialização de recursos e o compromisso efetivo com o exercício de cidadania e a educação de qualidade para todos. A inclusão das pessoas com deficiência ainda representa uma realidade ou simplesmente uma utopia, diante de sociedades e escolas excludentes.

Apesar da sociedade criar meios, estruturas, ambientes como escolas, locais de trabalho e urbanização para facilitar o acesso dessas pessoas com deficiência, essas atitudes ainda se caracterizam por inadequadas e ineficientes.

O interesse da reestruturação e inclusão esbarra na problemática de um sistema capitalista que prioriza o poder econômico no qual é mais barato contratar uma pessoa que não possui deficiência pelo simples fato de não haver necessidade de investimentos específicos que facilitem a inclusão em deter minados espaços urbanos.

Devido à luta de movimentos sociais, os deficientes visuais começãm a ser incluídos na sociedade. A humanidade vivencia um período de conscientização das diferenças, entretanto, mesmo com tantas políticas públicas de inclusão a população que tem problemas visuais ainda não consegue se inserida nesse contexto.

O ponto de partida para esta mudança está na escola, que transformará essa realidade através do quotidiano. Neste contexto, o educador é o sujeito envolvido que mais sofrerá mudanças, pois para fazer frente às exigências de uma escola inclusiva, deve construir novas competências. Sendo assim, sua formação e aperfeiçoamento profissional cumprem um papel preponderante, com a instrumentalização da prática pedagógica, domínios de técnicas ou de metodologias; mas que de nada adiantam se não houver boa vontade, flexibilidade e atitudes/posturas positivas.

Relevante destacar que o sucesso da inclusão não depende somente desse profissional, mas de um conjunto de ações: sociais, educacionais e políticas necessárias para que essa prática ocorra realmente. Neste sentido, atuar em parceria com a família, a comunidade e as instituições especializadas torna-se "vital".

1. A DEFICIÊNCIA VISUAL


Para que se entenda o conceito de deficiência visual, é necessária a compreensão do funcionamento da visão.

A luz é a energia eletromagnética que o homem vê. Essa energia luminosa vem do mundo exterior, atravessa a pupila e entra no olho, onde atinge uma superfície sensível à luz denominada retina. A partir da estimulação dos receptores na retina, começa o processo de um mundo visual.

Na retina, existe a mácula que é o ponto central da visão responsável pela maior acuidade visual e pela nitidez das imagens. Na retina, os estímulos luminosos são transformados em estímulos nervosos que são enviados para o cérebro pelo nervo óptico. No cérebro essa "mensagem" é traduzida em visão.

É através da coordenação entre o sistema visual e o cérebro que o homem percebe e compreende o mundo que o cerca. Portanto, qualquer problema no globo ocular, nas vias óticas ou regiões corticais levará a dificuldade visual.

Quando ocorre de uma pessoa apresentar irreversível diminuição da resposta visual, em virtude de traumatismos por acidentes, causas congênitas  ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais, esta pessoa apresentará uma deficiência visual. Esta, apresenta-se em dois graus/tipos:
  • Cegueira - é considerado cego a pessoa que apresenta visão menor que 0,1 (10%) até a total perda de percepção da luz.
  • Baixa Visão/Visão Subnormal - é a diminuição da visão abaixo de 0,3 (30%). Essas pessoas enxergam pouco e às vezes, mesmo com o auxílio dos óculos, necessitando de recursos ópticos para ampliar objetos.
Sobre Baixa Visão, destacam-se alguns casos mais frequentes:
  • Catarata Congênita
Apresenta-se quando o cristalino torna-se opaco, impedindo a passagem de luz para a retina, provocando a baixa visão. Pode ser causado por rubéola da mãe durante a gravidez.
  • Glaucoma Congênito
O olho tem uma pressão interna diferente da pressão do corpo (arterial). O aumento da pressão do olho é chamado glaucoma. É causado pela insuficiência na  eliminação do humos aquoso (líquido transparente que preenche o espaço entre a córnea e a íris). Pode ser hereditário ou causado por uma infecção.
  • Miopia
Ocorre quando o olho é maior do que o normal. A imagem é formada num ponto anterior a retina, acarretando perda da nitidez à distância.
  • Retinose Pigmentar
É a degeneração progressiva da retina, com dificuldade para a visão noturna, discriminação de cores e perda da visão periférica. Neste caso, a pessoa perde a visão totalmente.
  • Retinopatia da Prematuridade
É causada pela imaturidade da retina, em decorrência de partos prematuros e de excesso de oxigênio na incubadora.
  • Atrofia do Nervo Óptico
Quando isto ocorre, provoca a diminuição da acuidade visual, uma menor sensibilidade ao contraste e alteração do campo visual.
  • Albinismo
Causa diminuição ou ausência de pigmentação na íris. Geralmente as pessoas albinas, aquelas que possuem a pele e pêlos muito claros, devido a falta de melanina, apresentam fotofobia (reação forte à luz) e diminuição da acuidade visual, podendo levar a perda total da visão.

Outras situações, acidentes e /ou patologias também podem causar a deficiência visual, e elas variam de acordo com o grau de desenvolvimento de um país, a situação econômica da população e implicações no atendimento básico de saúde. São elas: diabetes, traumatismos por acidentes domésticos, degenerações maculares, toxoplasmose, rubéola congênita, infecções, tumores e acidentes de trânsito.

Essas doenças ou sintomas podem ser diagnosticados no âmbito do lar e na escola a partir de observações e/ou se necessário, através de exames mais especializados por um médico oftalmologista.

Enquanto a cegueira é notada facilmente, a baixa visão passa despercebida muitas vezes a familiares e professores, manifestando-se geralmente quando há maior exigência quanto ao desempenho visual da criança, A detecção precoce dos problemas visuais é fator decisivo no desenvolvimento da criança e nas providências para apoiá-la e minimizar suas dificuldades. Sendo assim, alguns sintomas e ou atitudes devem ser observadas e consideradas:
  • Irritações crônicas nos olhos, olhos lacrimejantes, pálpebras avermelhadas, inchadas ou com crostas;
  • Náusea, visão dupla, embaçamento visual antes ou após a leitura de um texto;
  • Fricção dos olhos, franzimento da testa, contração do rosto ao olhar para objetos distantes;
  • Cautela excessiva no andar, correr com pouca frequência e tropeçar muito;
  • Desatenção anormal a gráficos, mapas e lousas;
  • Inquietação, irritabilidade, nervosismo excessivo após trabalho visual prolongado;
  • Piscar excessivamente os olhos, principalmente durante a leitura;
  • Posicionamento do material didático muito perto dos olhos ou muito longe;
  • Capacidade de ler apenas por curtos períodos de tempo.
Quando da ocorrência de algum sintoma, cabe ao professor buscar apoio de outros profissionais dentro da escola, como professor especializado de Sala de Recursos, orientador educacional ou da própria Secretaria de Educação, que dependendo da situaççção poderão providenciar os encaminhamentos necessários e apoio adequados.

2. O TRABALHO PEDAGÓGICO COM O DEFICIENTE VISUAL E SEU PROCESSO INCLUSIVO

A escolarização do deficiente visual é assegurada por lei e perpassa por todos os níveis de ensino: Ed. Básica (Ed. Infantil, Ens. Fundamental e Ens. Médio) e pelo Ens. Superior. Porém, quando a deficiência é detectada precocemente, é importante a família buscar apoio de uma instituição especializada para que esta criança receba os cuidados, as orientações e estimulações necessárias para sua autonomia e desenvolvimento psico-social e pedagógico.

Quando este sujeito encontra-se em idade escolar, então deve ser matriculado, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), preferencialmente, na rede regular de ensino. O aluno é inserido na classe comum, e deve receber apoio especializado de Salas de Recursos, Escola Especial, ou algum órgão, núcleo, ou departamento especializado.

Segundo Mantoan (2003), a classe comum é a alternativa menos discriminadora de atendimento, pois a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for bom, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. Mas exige da instituição educacional uma mudança de postura e reorganização para atender as necessidades que se apresentam. Neste contexto, o professor regente e a equipe pedagógica precisarão de parcerias, que os apóiem neste processo.

Não é um processo simples, mas é humano e justo a a escola deve preparar-se integralmente para receber este aluno, atendendo às suas necessidades específicas. essa preparação deve ser estrutural, no que se refere às adaptações arquitetônicas de acessibilidade; emocional, proporcionando seu acolhimento e inclusão social; e pedagógica, instrumentalizando-se sobre currículo, organização das turmas, metodologias e recursos adequados.

A priori, a atitude do professor é fundamental para a boa receptividade e acolhida da classe ao novo colega, com direito as mesmas oportunidades de participação no trabalho em equipe, na convivência e aprendizado com o outro. O ensino deve ser cooperativo, e os trabalhos em grupos de suma importância, pois traçará laços de amizade, e solidariedade entre todos.

Sobretudo, os Planos de Ensino (turma) e Planos de Trabalho (aluno especial) deverão ser flexíveis, de modo a atender as peculiaridades dos alunos incluídos. E neste caso, é relevante ressaltar a necessidade das Adaptações Curriculares. Instrumentos que implementam uma ação educativa para a diversidade. É uma ferramenta que adapta certo trabalho e/ou atividade, ao encontro das possibilidades do educando, portanto deve ajustar-se ao objetivo que busca, ou seja, serve para um determinado momento, para uma determinada situação e clientela.

As adaptações curriculares não contemplam somente o aluno "especial", mas sim toda a turma. Quando uma adaptação é aplicada, todos os alunos ganham com esta flexibilidade, pois além de integrar o aluno "especial" na atividade, ainda oportuniza outra forma de vivência ao aluno que não possui dificuldades.

Sobre essas adaptações em sala de aula e atitudes inclusivas, destacam-se alguns procedimentos que tomam o processo mais natural e efetivo:
  • Conscientizar a turma quanto a socialização dos alunos incluidos;
  • Incluir o aluno em todas as atividades possíveis (artes, ginástica, música, etc...);
  • Não fazer diferenças, quanto aos deveres  dos alunos, pois todos têm as mesmas obrigações;
  • Evitar rótulos, tratá-lo o mais natural possível;
  • Evitar alterações na disposição do mobiliário da sala de aula e sempre que isto for inevitável, orientar o aluno sobre as modificações do ambiente;
  • Encoraje-o a perguntar, quando estiver com dúvidas;
  • Respeitar o limite do aluno, pois ele poderá necessitar de um tempo maior para realizar as atividades. Tal direito é garantido por lei.
  • Quando houver debate na sala, mencionar quem está falando, pois até o aluno de baixa visão tem dificuldade para enxergar de longe;
  • Permitir que o aluno grave sua aula, se preferis e que utilize recursos ópticos ou tecnológicos específicos para sua deficiência;
  • Digitar/digitalizar o máximo de material;
  • Ditar para o aluno o que for possível;
  • Manter o aluno próximo, para facilitar o auxílio;
  • Procurar planejar suas aulas com antecedência para se necessário, buscar alguma adaptação;
  • Evitar exercícios muito extensos que dificultam a compreensão quando realizados em Braille (código utilizado para aleitura e escrita) ou através do Sorobã (recurso matemático utilizado para cálculos);
  • Oferecer o mesmo tipo de avaliação dos outros, porém com algumas adaptações necessárias, no caso do cego, esta deverá ser em Braille.
Variados são os recursos e tecnologias existentes, utilizadas pelo deficiente visual, que facilitam sua autonomia e aprendizagem.

Para o Cego:
  • Reglete, punção e máquina Braille, para a escrita e leitura;
  • Sorobã, para realização de cálculos matemáticos;
  • Computador com sistema operacional DOSVOX, para leitura, escrita, navegação na internet, construção de tabelas e etc; ou com software Jaws, se telas em vários idiomas; e impressora braille;
  • Teclados adaptados com o código Braille, entre outros.
Para quem possui Baixa Visão, existem recursos indicados por oftalmologistas, de acordo com a especificidade de cada caso. Recursos que podem melhorar o desempenho visual do deficiente:
  • Lupas manuais, fixas, horizontais e iluminadas e os óculos para magnificação da imagem, são auxílios para perto;
  • Telessistemas (sistemas telescópicos e telelupas) utilizados para visão à distância;
  • Computador com softwares que ampliam textos e imagens;
  • Cadernos com pautas ampliadas, lápis e canetas com grafites mais escuros;
  • Pranchas de plano inclinado para leitura;
  • Guias e lentes de ampliação para a leitura;
  • Mapas e objetos confeccionados em alto relevo ou com texturas destacáveis.
É necessário que todas essas adaptações, utilização de recursos e ações a cerca da inclusão estejam contempladas e asseguradas no Projeto Político Pedagógico da escola, já que este é fruto de uma construção coletiva que envolve e compromete toda a comunidade escolar.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo Freire (2001), o grande problema do educador não é discutir se a educação pode ou não pode, é reconhecer os limites que sua prática impõe. É perceber que o seu trabalho não é individual, é social e se dá na prática de que ele faz parte.

Contudo a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais é um trabalho complexo, que depende do cumprimento da legislação pelos sistemas de ensino, dos educadores, dos pais, da sociedade de modo geral, afim de que todos em conjunto se comprometam em transformar sonhos em realidade.

É um desafio de mudar a prática, a atitude e a cultura de um povo. Somente estar na escola não é o bastante! O objeto de desejo dos diferentes estudiosos e ativistas em prol da educação inclusiva é o mesmo - uma escola ressignificada em suas funções políticas e sociais e em suas práticas pedagógicas para garantir a aprendizagem e a participação de qualquer aprendiz.

Enfim, apostar na inclusão é acreditar na capacidade de contribuir para uma transformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios de igualdade, da solidadriedade e da convivência respeitosa entre os indivíduos. É viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência  do aluno na escola, respeitando seu ritmo de aprendizagem e elevando sua auto-estima. É banir em definitivo a exclusão, que tanto empobrece a sociedade brasileira. É reconhecer nossa diversidade, mas também exigis as mesmas oportunidades de acesso a uma vida digna. É poder exercer o papel de cidadão. 

 
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