29 de junho de 2012 Comments

BONECAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS


As bonecas See Able Dolls, fabricadas e patenteadas na cidade de East Greenwich (EUA), foram  meticulosamente desenhadas da cabeça aos pés. Com 18 cm de altura, braços de vinil, órgãos de pano, careca, com peruca, com bandana, próteses, muletas... são perfeitas para ensinar crianças com deficiência sobre próteses e fisioterapia. Também podem ser usadas para sensibilizar as crianças sobre a questão da deficiência e da leucemia.

Essa bonecas tem seu próprio ursinho de pelúcia e um conjunto de muletas. Nove delas tem próteses abaixo do joelho. Há também bonecas carecas especialmente concebidas para crianças que estão fazendo quimioterapia.

















Mais informações acesse o site.

27 de junho de 2012 Comments

TJRJ promove seminário sobre direitos das pessoas com deficiência

Notícia publicada em 19/06/2012


O Tribunal de Justiça do Rio, através da Comissão Intersetorial para Promoção da Acessibilidade no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (CIPAC-PJERJ), vai promover na próxima quinta-feira, dia 28, o seminário "Acessibilidade e Inclusão - Direito à Cidadania”. O evento, que vai debater a temática dos direitos das pessoas com deficiência, será aberto por autoridades do TJRJ e conterá duas mesas redondas com a presença de convidados de notório saber na área. O seminário será realizado das 14h às 18h30, no Auditório Antônio Carlos Amorim, localizado no 4º andar, lâmina I, do Fórum Central. 
A primeira mesa redonda, cujo tema será "Da Constituição Cidadã à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência", vai debater o processo histórico das conquistas de direitos deste segmento, bem como os valores presentes na Constituição Federal, nas leis e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A segunda mesa, sob o tema "Acessibilidade: A transversalidade nas Políticas Públicas", abordará a temática da acessibilidade, como eixo fundamental da equidade de direitos, e a promoção de ações que favoreçam a inclusão plena desta camada populacional. 
O seminário terá como palestrantes o procurador regional da União da 2ª Região Cláudio Panoeiro; o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ Geraldo Nogueira; o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) Moises Bauer Luiz; o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência Antônio José do Nascimento Ferreira; o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro Luiz Cláudio Pereira; a diretora do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Projetos Especiais (Deape) do TJRJ Rosi Di Masi Palheiro; José Antônio Lanchoti, Conselheiro Federal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil; e Izabel Maior, professora da Faculdade de Medicina da UFRJ e Consultora de Acessibilidade e Inclusão.   
O evento tem como objetivo a sensibilização de magistrados, gestores, servidores e demais atores da comunidade em geral para as questões relacionadas à garantia da acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência, com a valorização de suas potencialidades. 
A Comissão Intersetorial para a Promoção da Acessibilidade (CIPAC) é presidida pelo desembargador Antonio Iloízio de Barros Bastos e atende à Recomendação nº 27 do CNJ, sendo composta por servidores com e sem deficiências de várias diretorias gerais do PJERJ, e secretariada pelo Departamento de Apoio aos Órgãos Colegiados Não Jurisdicionais do Gabinete da Presidência (DEACO). 
Inscrições e informações pelo telefone: 3133-7651 ou através do e-mail: dedepseape@tjrj.jus.br. Serão computados pontos junto à ESAJ.
22 de junho de 2012 Comments

'Tradutores' descrevem tudo da Rio+20 para deficientes visuais


Cerca de 50 deficientes visuais usam os serviços na conferência. Nova profissão surgiu para descrever filmes e peças de teatro.

Andressa Gonçalves e Mariucha Machado
Do G1 RJ

“A sala possui aproximadamente 400 lugares com mesas duplas e microfones para serem utilizados em momentos adequados para perguntas. A mesa dos conferencistas é composta por sete lugares.” Assim começa mais um dia de trabalho dos audiodescritores Kemi Oshiro e Bernardo Lacombe. Andressa Gonçalves e Mariucha Machado
Esta semana os dois e mais um grupo de 30 profissionais estão trabalhando para a ONU nos eventos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em vários pontos do Rio de Janeiro.
A profissão deles é nova. Eles são audiodescritores, ou seja, profissionais que trabalham para facilitar a inclusão de pessoas com deficiência visual em eventos, peças de teatro ou filmes. Na Rio+20, o Comitê Nacional de Organização distribuiu os audiodescritores pelo Riocentro, HSBC Arena, Parque dos Atletas e Pier Mauá. O trabalho está disponível em inglês e português.
A coordenadora de toda essa equipe, a atriz Graciella Pozzobon, conta que prefere treinar pessoas ligadas ao teatro para desenvolver essa atividade. “Eles têm um olhar mais apurado e uma voz mais marcante para descrever a cena”, diz ela.
Segundo Graciella, é importante que todo a narração seja feita “sem julgamento e de uma maneira clara e objetiva”. Em alguns momentos ela reconhece que o trabalho é árduo. Narrar o documentário norueguês ‘Convite da dançar’, sobre dança contenporânea, e o filme ‘Matrix’, por exemplo, foram provas de fogo. “É difícil passar o que está acontecendo quando uma obra é abstrata ou mesmo cheia de efeitos especiais”.
As atividades durante a Conferência da ONU têm tido um resultado positivo. Graciella diz que os estrangeiros são os que mais procuram pela audiodescrição. De todos os inscritos nos eventos oficiais da Rio+20, cerca de 50 são cegas ou com baixa visão.
Preparação
Bem antes de colocar a mão na massa os audiodescritores precisam se preparar. Para a Rio+20, por exemplo, foi preciso se aprofundar no assunto sobre sustentabilidade, saber de onde eram os palestrantes, conhecer os objetivos de cada um e o tema que seria colocado em questão.
Bernardo Lacombe passou por um treinamento em 2011 para estar apto a fazer as audiodescrições. Ele contou que já está de olho nos grandes eventos internacionais que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo em 2014.
A jornalista Kemi Oshiro acredita que a acessibilidade é um campo que precisa ser muito mais divulgado e aproveitado. “Fazer um filme e impedir que algumas pessoas o assistam não é justo. Todos precisam se sentir incluídos e iguais”.

    
14 de junho de 2012 Comments

ARTIGO SOBRE DEFICIÊNCIA VISUAL - O TRABALHO PEDAGÓGICO COM OS DEFICIENTES VISUAIS E SEU PROCESSO INCLUSIVO

Caro leitor,

O artigo abaixo foi extraído do blog Página Pessoal de Elisangela Macedo.

Por Elisangela Macedo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam no Brasil cerca de 10% de pessoas com algum tipo de deficiência, das quais 1 a 1,5% apresentam deficiência visual, o que representa um número aproximado de 1,7 milhões de pessoas. Esse número é bem significativo, exigindo da sociedade um olhar mais atento, com objetivo de garantir a inclusão social e educacional dessas pessoas, direito adquirido por todos os cidadãos.

Mas a legislação, por si só, embora de relevância inquestionável, não garante a mudança de postura, a materialização de recursos e o compromisso efetivo com o exercício de cidadania e a educação de qualidade para todos. A inclusão das pessoas com deficiência ainda representa uma realidade ou simplesmente uma utopia, diante de sociedades e escolas excludentes.

Apesar da sociedade criar meios, estruturas, ambientes como escolas, locais de trabalho e urbanização para facilitar o acesso dessas pessoas com deficiência, essas atitudes ainda se caracterizam por inadequadas e ineficientes.

O interesse da reestruturação e inclusão esbarra na problemática de um sistema capitalista que prioriza o poder econômico no qual é mais barato contratar uma pessoa que não possui deficiência pelo simples fato de não haver necessidade de investimentos específicos que facilitem a inclusão em deter minados espaços urbanos.

Devido à luta de movimentos sociais, os deficientes visuais começãm a ser incluídos na sociedade. A humanidade vivencia um período de conscientização das diferenças, entretanto, mesmo com tantas políticas públicas de inclusão a população que tem problemas visuais ainda não consegue se inserida nesse contexto.

O ponto de partida para esta mudança está na escola, que transformará essa realidade através do quotidiano. Neste contexto, o educador é o sujeito envolvido que mais sofrerá mudanças, pois para fazer frente às exigências de uma escola inclusiva, deve construir novas competências. Sendo assim, sua formação e aperfeiçoamento profissional cumprem um papel preponderante, com a instrumentalização da prática pedagógica, domínios de técnicas ou de metodologias; mas que de nada adiantam se não houver boa vontade, flexibilidade e atitudes/posturas positivas.

Relevante destacar que o sucesso da inclusão não depende somente desse profissional, mas de um conjunto de ações: sociais, educacionais e políticas necessárias para que essa prática ocorra realmente. Neste sentido, atuar em parceria com a família, a comunidade e as instituições especializadas torna-se "vital".

1. A DEFICIÊNCIA VISUAL


Para que se entenda o conceito de deficiência visual, é necessária a compreensão do funcionamento da visão.

A luz é a energia eletromagnética que o homem vê. Essa energia luminosa vem do mundo exterior, atravessa a pupila e entra no olho, onde atinge uma superfície sensível à luz denominada retina. A partir da estimulação dos receptores na retina, começa o processo de um mundo visual.

Na retina, existe a mácula que é o ponto central da visão responsável pela maior acuidade visual e pela nitidez das imagens. Na retina, os estímulos luminosos são transformados em estímulos nervosos que são enviados para o cérebro pelo nervo óptico. No cérebro essa "mensagem" é traduzida em visão.

É através da coordenação entre o sistema visual e o cérebro que o homem percebe e compreende o mundo que o cerca. Portanto, qualquer problema no globo ocular, nas vias óticas ou regiões corticais levará a dificuldade visual.

Quando ocorre de uma pessoa apresentar irreversível diminuição da resposta visual, em virtude de traumatismos por acidentes, causas congênitas  ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais, esta pessoa apresentará uma deficiência visual. Esta, apresenta-se em dois graus/tipos:
  • Cegueira - é considerado cego a pessoa que apresenta visão menor que 0,1 (10%) até a total perda de percepção da luz.
  • Baixa Visão/Visão Subnormal - é a diminuição da visão abaixo de 0,3 (30%). Essas pessoas enxergam pouco e às vezes, mesmo com o auxílio dos óculos, necessitando de recursos ópticos para ampliar objetos.
Sobre Baixa Visão, destacam-se alguns casos mais frequentes:
  • Catarata Congênita
Apresenta-se quando o cristalino torna-se opaco, impedindo a passagem de luz para a retina, provocando a baixa visão. Pode ser causado por rubéola da mãe durante a gravidez.
  • Glaucoma Congênito
O olho tem uma pressão interna diferente da pressão do corpo (arterial). O aumento da pressão do olho é chamado glaucoma. É causado pela insuficiência na  eliminação do humos aquoso (líquido transparente que preenche o espaço entre a córnea e a íris). Pode ser hereditário ou causado por uma infecção.
  • Miopia
Ocorre quando o olho é maior do que o normal. A imagem é formada num ponto anterior a retina, acarretando perda da nitidez à distância.
  • Retinose Pigmentar
É a degeneração progressiva da retina, com dificuldade para a visão noturna, discriminação de cores e perda da visão periférica. Neste caso, a pessoa perde a visão totalmente.
  • Retinopatia da Prematuridade
É causada pela imaturidade da retina, em decorrência de partos prematuros e de excesso de oxigênio na incubadora.
  • Atrofia do Nervo Óptico
Quando isto ocorre, provoca a diminuição da acuidade visual, uma menor sensibilidade ao contraste e alteração do campo visual.
  • Albinismo
Causa diminuição ou ausência de pigmentação na íris. Geralmente as pessoas albinas, aquelas que possuem a pele e pêlos muito claros, devido a falta de melanina, apresentam fotofobia (reação forte à luz) e diminuição da acuidade visual, podendo levar a perda total da visão.

Outras situações, acidentes e /ou patologias também podem causar a deficiência visual, e elas variam de acordo com o grau de desenvolvimento de um país, a situação econômica da população e implicações no atendimento básico de saúde. São elas: diabetes, traumatismos por acidentes domésticos, degenerações maculares, toxoplasmose, rubéola congênita, infecções, tumores e acidentes de trânsito.

Essas doenças ou sintomas podem ser diagnosticados no âmbito do lar e na escola a partir de observações e/ou se necessário, através de exames mais especializados por um médico oftalmologista.

Enquanto a cegueira é notada facilmente, a baixa visão passa despercebida muitas vezes a familiares e professores, manifestando-se geralmente quando há maior exigência quanto ao desempenho visual da criança, A detecção precoce dos problemas visuais é fator decisivo no desenvolvimento da criança e nas providências para apoiá-la e minimizar suas dificuldades. Sendo assim, alguns sintomas e ou atitudes devem ser observadas e consideradas:
  • Irritações crônicas nos olhos, olhos lacrimejantes, pálpebras avermelhadas, inchadas ou com crostas;
  • Náusea, visão dupla, embaçamento visual antes ou após a leitura de um texto;
  • Fricção dos olhos, franzimento da testa, contração do rosto ao olhar para objetos distantes;
  • Cautela excessiva no andar, correr com pouca frequência e tropeçar muito;
  • Desatenção anormal a gráficos, mapas e lousas;
  • Inquietação, irritabilidade, nervosismo excessivo após trabalho visual prolongado;
  • Piscar excessivamente os olhos, principalmente durante a leitura;
  • Posicionamento do material didático muito perto dos olhos ou muito longe;
  • Capacidade de ler apenas por curtos períodos de tempo.
Quando da ocorrência de algum sintoma, cabe ao professor buscar apoio de outros profissionais dentro da escola, como professor especializado de Sala de Recursos, orientador educacional ou da própria Secretaria de Educação, que dependendo da situaççção poderão providenciar os encaminhamentos necessários e apoio adequados.

2. O TRABALHO PEDAGÓGICO COM O DEFICIENTE VISUAL E SEU PROCESSO INCLUSIVO

A escolarização do deficiente visual é assegurada por lei e perpassa por todos os níveis de ensino: Ed. Básica (Ed. Infantil, Ens. Fundamental e Ens. Médio) e pelo Ens. Superior. Porém, quando a deficiência é detectada precocemente, é importante a família buscar apoio de uma instituição especializada para que esta criança receba os cuidados, as orientações e estimulações necessárias para sua autonomia e desenvolvimento psico-social e pedagógico.

Quando este sujeito encontra-se em idade escolar, então deve ser matriculado, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), preferencialmente, na rede regular de ensino. O aluno é inserido na classe comum, e deve receber apoio especializado de Salas de Recursos, Escola Especial, ou algum órgão, núcleo, ou departamento especializado.

Segundo Mantoan (2003), a classe comum é a alternativa menos discriminadora de atendimento, pois a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for bom, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. Mas exige da instituição educacional uma mudança de postura e reorganização para atender as necessidades que se apresentam. Neste contexto, o professor regente e a equipe pedagógica precisarão de parcerias, que os apóiem neste processo.

Não é um processo simples, mas é humano e justo a a escola deve preparar-se integralmente para receber este aluno, atendendo às suas necessidades específicas. essa preparação deve ser estrutural, no que se refere às adaptações arquitetônicas de acessibilidade; emocional, proporcionando seu acolhimento e inclusão social; e pedagógica, instrumentalizando-se sobre currículo, organização das turmas, metodologias e recursos adequados.

A priori, a atitude do professor é fundamental para a boa receptividade e acolhida da classe ao novo colega, com direito as mesmas oportunidades de participação no trabalho em equipe, na convivência e aprendizado com o outro. O ensino deve ser cooperativo, e os trabalhos em grupos de suma importância, pois traçará laços de amizade, e solidariedade entre todos.

Sobretudo, os Planos de Ensino (turma) e Planos de Trabalho (aluno especial) deverão ser flexíveis, de modo a atender as peculiaridades dos alunos incluídos. E neste caso, é relevante ressaltar a necessidade das Adaptações Curriculares. Instrumentos que implementam uma ação educativa para a diversidade. É uma ferramenta que adapta certo trabalho e/ou atividade, ao encontro das possibilidades do educando, portanto deve ajustar-se ao objetivo que busca, ou seja, serve para um determinado momento, para uma determinada situação e clientela.

As adaptações curriculares não contemplam somente o aluno "especial", mas sim toda a turma. Quando uma adaptação é aplicada, todos os alunos ganham com esta flexibilidade, pois além de integrar o aluno "especial" na atividade, ainda oportuniza outra forma de vivência ao aluno que não possui dificuldades.

Sobre essas adaptações em sala de aula e atitudes inclusivas, destacam-se alguns procedimentos que tomam o processo mais natural e efetivo:
  • Conscientizar a turma quanto a socialização dos alunos incluidos;
  • Incluir o aluno em todas as atividades possíveis (artes, ginástica, música, etc...);
  • Não fazer diferenças, quanto aos deveres  dos alunos, pois todos têm as mesmas obrigações;
  • Evitar rótulos, tratá-lo o mais natural possível;
  • Evitar alterações na disposição do mobiliário da sala de aula e sempre que isto for inevitável, orientar o aluno sobre as modificações do ambiente;
  • Encoraje-o a perguntar, quando estiver com dúvidas;
  • Respeitar o limite do aluno, pois ele poderá necessitar de um tempo maior para realizar as atividades. Tal direito é garantido por lei.
  • Quando houver debate na sala, mencionar quem está falando, pois até o aluno de baixa visão tem dificuldade para enxergar de longe;
  • Permitir que o aluno grave sua aula, se preferis e que utilize recursos ópticos ou tecnológicos específicos para sua deficiência;
  • Digitar/digitalizar o máximo de material;
  • Ditar para o aluno o que for possível;
  • Manter o aluno próximo, para facilitar o auxílio;
  • Procurar planejar suas aulas com antecedência para se necessário, buscar alguma adaptação;
  • Evitar exercícios muito extensos que dificultam a compreensão quando realizados em Braille (código utilizado para aleitura e escrita) ou através do Sorobã (recurso matemático utilizado para cálculos);
  • Oferecer o mesmo tipo de avaliação dos outros, porém com algumas adaptações necessárias, no caso do cego, esta deverá ser em Braille.
Variados são os recursos e tecnologias existentes, utilizadas pelo deficiente visual, que facilitam sua autonomia e aprendizagem.

Para o Cego:
  • Reglete, punção e máquina Braille, para a escrita e leitura;
  • Sorobã, para realização de cálculos matemáticos;
  • Computador com sistema operacional DOSVOX, para leitura, escrita, navegação na internet, construção de tabelas e etc; ou com software Jaws, se telas em vários idiomas; e impressora braille;
  • Teclados adaptados com o código Braille, entre outros.
Para quem possui Baixa Visão, existem recursos indicados por oftalmologistas, de acordo com a especificidade de cada caso. Recursos que podem melhorar o desempenho visual do deficiente:
  • Lupas manuais, fixas, horizontais e iluminadas e os óculos para magnificação da imagem, são auxílios para perto;
  • Telessistemas (sistemas telescópicos e telelupas) utilizados para visão à distância;
  • Computador com softwares que ampliam textos e imagens;
  • Cadernos com pautas ampliadas, lápis e canetas com grafites mais escuros;
  • Pranchas de plano inclinado para leitura;
  • Guias e lentes de ampliação para a leitura;
  • Mapas e objetos confeccionados em alto relevo ou com texturas destacáveis.
É necessário que todas essas adaptações, utilização de recursos e ações a cerca da inclusão estejam contempladas e asseguradas no Projeto Político Pedagógico da escola, já que este é fruto de uma construção coletiva que envolve e compromete toda a comunidade escolar.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo Freire (2001), o grande problema do educador não é discutir se a educação pode ou não pode, é reconhecer os limites que sua prática impõe. É perceber que o seu trabalho não é individual, é social e se dá na prática de que ele faz parte.

Contudo a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais é um trabalho complexo, que depende do cumprimento da legislação pelos sistemas de ensino, dos educadores, dos pais, da sociedade de modo geral, afim de que todos em conjunto se comprometam em transformar sonhos em realidade.

É um desafio de mudar a prática, a atitude e a cultura de um povo. Somente estar na escola não é o bastante! O objeto de desejo dos diferentes estudiosos e ativistas em prol da educação inclusiva é o mesmo - uma escola ressignificada em suas funções políticas e sociais e em suas práticas pedagógicas para garantir a aprendizagem e a participação de qualquer aprendiz.

Enfim, apostar na inclusão é acreditar na capacidade de contribuir para uma transformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios de igualdade, da solidadriedade e da convivência respeitosa entre os indivíduos. É viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência  do aluno na escola, respeitando seu ritmo de aprendizagem e elevando sua auto-estima. É banir em definitivo a exclusão, que tanto empobrece a sociedade brasileira. É reconhecer nossa diversidade, mas também exigis as mesmas oportunidades de acesso a uma vida digna. É poder exercer o papel de cidadão. 

2 de junho de 2012 Comments

I Conferência de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência


A Prefeitura de Petrópolis deu mais um importante passo na construção de uma cidade acessível. Na manhã do último sábado (26) foi realizada a 1ª Conferência de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Município. O evento reuniu cerca de 80 pessoas, entre representantes do poder executivo e sociedade civil, e abordou assuntos relacionados à educação, esporte, trabalho, reabilitação profissional, acessibilidade, entre outros.

A Conferência, cujo tema foi “Um olhar através da convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência da ONU: novas perspectivas e desafios”, é uma verdadeira demonstração de que a atual administração é sensível às necessidades das pessoas com deficiência e se preocupa com a implantação das políticas públicas que beneficiem a população de petropolitanas. E a prova desta preocupação é a reativação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que esteve paralisado por quase 10 anos.

De acordo com o presidente do Conselho Municipal em Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência, Rodrigo Dias, o município está passando por um momento histórico para a pessoa com deficiência, principalmente com a realização da Conferência e a ativação do conselho.

“Vivemos uma fase especial, e agora encontramos uma nova maneira de trabalhar. A demanda é grande, pois a cidade possui cerca de 40 mil pessoas com deficiência. Isso significa que teremos muito trabalho e o governo tem se mostrado disponível a ajudar. Prova disso é que o conselho conseguiu atualizar seu regimento interno e colocar as comissões para funcionar”, disse. E acrescentou: “no final deste trabalho teremos um relatório, que apresentará um diagnóstico completo das necessidades do município. Através dele, poderemos nortear nossas ações”, disse.

Entre os objetivos da conferência estão inseridos os seguintes tópicos: elaborar as diretrizes para a implementação da política pública municipal da pessoa com deficiência, pautada na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e no Relatório Mundial sobre a deficiência; discutir a gestão, instrumentos e processos de trabalho na esfera municipal; e eleger delegados para a Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com deficiência.

Representando o prefeito Paulo Mustrangi, a Chefe de Gabinete, Sheila Guimarães enfatizou que a mudança da lei de criação do conselho, tornando-o deliberativo, é fundamental para os avanços. “Um conselho deliberativo requer uma grande responsabilidade, pois terá que discutir políticas públicas e concretizar suas ações. O município obteve resultados significativos, como no esporte, tendo equipes que podem mostrar um trabalho concreto e que vem sendo agraciado com importantes conquistas. O papel do governo é fomentar essa discussão, demonstrando que a sociedade é viva e consciente”, destacou.

Também estiveram presentes no evento o secretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), Luís Eduardo Peixoto; a presidente do Fórum dos Amigos da Pessoa com Deficiência de Petrópolis, Fernanda Ferreira; a chefe do Núcleo de Apoio as Comissões e Conselhos, Gilda Jorge; e representando o presidente do Conselho Estadual para Políticas de Integração da Pessoa com Deficiência, Antônio José da Silva Resende.



TVC sempre presente nos eventos

Equipe da COMAC 











Rodrigo Dias, presidente do Conselho Municipal em Defesa da Pessoa com Deficiência,  sendo entrevistado

Rafael Viegas, Elisabete Ferreira e Ana Paula da Fonseca

Equipe de Libras da Escola Municipal Salvador Kling interpretando a palestra do Dr. Antonio Resende. 
Nossa 2ª palestrante, Profª Drª Edicléa Mascarenhas Fernandes - Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Coordenadora do Núcleo de Educação Especial e Inclusiva, Doutora em Ciências pela Fiocruz, Mestre em Educação na área de Educação Especial pela UERJ, Psicóloga e Pedagoga,
Conselheira do Conselho Estadual para Política de Integração da Pessoa com Deficiência.

Nosso 3° palestrante, Dr. Miguel Abud Marcelino – Perito Médico Previdenciário, Integrante do Grupo de Trabalho que elaborou o Novo Modelo de Avaliação para acesso de Pessoas com Deficiência ao BPC/LOAS (Benefício de Prestação Continuada/ Lei Orgânica da Assistência Social ) e Professor Assistente de Saúde Coletiva da FMP/FASE.


 
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