24 de julho de 2011 Comments

O DESTINO NAS MÃOS

Texto de Cylene Medrado

Algumas pessoas acreditam veemente no poder das linhas das mãos. Nossas mãos são extremamente úteis para a nossa rotina diária e tão preciosas que precisamos delas para comer, nos arrumar, fazer carinho, telefonar para os amigos, enfim...fazemos tantas coisas. Podemos usá-las tanto para o amor como para violência . São usadas para pedir a benção, receber a hóstia, troca de aliança no casamento e até mesmo usadas em frases de impacto do tipo: “minha vida está em suas mãos”. Mas nunca imaginei  que essa frase tivesse algum impacto na minha vida. Como assim? Como as mãos poderiam ter alguma influência sobre a minha vida. Como as mãos poderiam contribuir no diagnóstico da síndrome de Down do meu Mateus. A explicação está nas características físicas dos portadores da síndrome de Down e uma delas é a prega palmar que forma a letra M. Ironia do destino a letra M de Mateus. E como procurei essa danada da letra M nas mãozinhas do Mateus. Olhava, olhava e via a letra M. Só eu. Porque as pediatras não viam. kkkk. Eu afirmava que os olhinhos pareciam com os olhos dos parentes. E eu não tenho parentes japoneses. Longe disto. O parentesco mais próximo do Mateus com o estrangeiro é o português kkkkk. A família do meu marido é portuguesa. Quer dizer, se no rosto não conseguia enxergar os olhinhos Down, óbvio que nunca iria encontrar outra letra que não fosse o M nas mãos do Mateus. Era como se fosse uma necessidade. Ele tinha que ter aquelas linhas nas mãos para que a possibilidade da síndrome de Down estivesse longe do meu filho. E um dia, eu tive a coragem de perguntar para a Letícia o que ela via nas mãozinhas do Mateus. Já conheceram criaturas mais sinceras que do que as crianças? kkk pois é. Ela respondeu com extrema franqueza. – Ué mãe, uma mão dele faz a letrinha m como faz a da gente, mas a outra mãozinha dele tem a letrinha A. Ela levantou da cama e saiu do quarto. Eu? Chorei. Não tinha mais como negar. A Letícia com 6 anos consegui ver o que eu não queria. Fiquei até mais conformada porque realmente em uma das mãozinhas dele tinha a letra m. Eu não tava tão doida assim. Só que não dava mais pra negar o obvio. Tava na hora de aceitar e viver essa questão de frente. Meu destino estava traçado.  Não se trata de um pensamento esotérico nem espírita. Era como se as linhas das mãos dele traçassem a minha vida. Minha vida estava naquelas mãos. E aquela frase que parecia piegas, agora era uma verdade. Busco traçar as metas da minha profissão, da minha família e da minha da felicidade por causa das linhas dessas mãos. Essas mãos que não forma a letra M de Mateus, mas que forma a letra A de aceitação e amor. Sei que meu destino é estender minhas mãos a muitas outras mãos, que formam tantas outras letras formando apenas uma palavra no destino final:  SOLIDARIEDADE.

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MILHO DE PIPOCA

Texto de Cylene Medrado

O estouro da vida e o do milho de pipoca
Vocês até podem considerar “estranha” a comparação entre andar, falar e um grão de pipoca, mas é desse jeito que vejo a minha expectativa no andar e falar do Mateus.
Quando penso em milho de pipoca já me vem à idéia de um saquinho transparente com centenas de grãos. Primeiro, tem que haver alguém desejando devorá-la para que seja feita, porque ninguém come pipoca por comer, comemos pelo desejo, pela vontade. Assim começa minha comparação com o desenvolvimento do Mateus. 
 Não preciso dizer, que sou eu a pessoa que mais “deseja” ver essa pipoca estourando, porque quando um bebe nasce, e é  portador de necessidades especiais você deseja..deseja...que ele seja com os outros grãos, mas percebe que, na maternidade, apenas lá, todos os bebes são iguais, são como os grãozinhos no saquinho transparente; estão deitadinhos, com a família desejosa para levá-los pra casa.
Mas quando eles vão crescendo e a vida começa entrar no ritmo, percebemos que somos “todos diferentes”,  e que com o desenrolar e rotina de toda família, cada filho é uma nova experiência. No caso do teteu, não basta jogar o óleo, o grão e ligar o fogo. Preciso de mais. Essa receita é mais delicada e demanda mais destreza e atenção. A panela, a quantidade de óleo, o vigor da chama e o sal devem ser dosados para que não queime o milho ou fique sem sabor. A receita da melhor estimulação de um filho especial e de uma pipoca deliciosa começa em dosar a dedicação, moderar na superproteção, acreditar que o grão é de boa qualidade, curtir cada estouro dos grãos e perceber o aroma da conquista. Essa pipoca é gostosa porque é desejada diariamente. Acordo todos os dias aguardando que minha chama estoure na medida exata um grãozinho do Mateus. Ás vezes, esse estouro vem em forma de sorriso, sílabas e brincadeiras. E quando sobra piruá na panela? Procuro rever as novas estratégias de dedicação e amor.
Sempre adorei pipoca, mas nunca achei que ia ficar a beira da panela esperando todos os milhos estourarem sem deixar nenhum piruá. 

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MATEUS COMPLETA 1 ANO

Texto de Cylene Medrado
 
Mateus não completa 1 ano de idade sozinho, juntamente com esse menininho de olhos puxados, dedos curtinhos, bochechas fofas e um dentinho está um ano inteiro de muitas..muitas emoções. Cada dia da vida do Mateus é um nova descoberta, mas não uma descoberta apenas dele, mas a minha descoberta sobre a felicidade.
A vida não deu apenas mais 1 cromossomo na carga genética do Mateus (47 cromossomos), me deu a oportunidade de querer mais da minha vida buscando menos conquistas pessoais e mais conquistas coletivas. E agora minha vida, requer mais cuidado com a vida do outro, mais esperança de me tornar melhor e por isso me considero com 1 ano de uma nova vida. Quem tem um filho sabe a diferença das nossas vidas antes de depois deles; mas a chegada de um filho portador de necessidades especiais torna nossa vida ainda mais vivida. Um sorriso, um passo, uma sílaba produzida representa dias, meses de espera. Esperamos a resposta de alegria como quem torce pra um time de futebol. Você ama o time, veste a camisa, compra a pipoca e cerveja (rsrs), chama os amigos e família e torce..torce muito. Não pode fazer nada além de torcer e ...esperar. Só que a vitória do seu time de futebol depende dos jogadores, do técnico. E quando nosso time perde? O que fazemos? Ficamos tristes, xingamos os jogadores e técnico, mas nada muda na nossa vida.. Continuamos torcendo pelo time. E com o filho especial? É quase a mesma coisa, rsrsr, salvo que o técnico sou eu. A cobrança do pênalti é responsabilidade minha. A maior torcida sou eu. E enquanto na situação de um time de futebol, todos continuam torcendo, eu continuo treinando. Treinando o engatinhar, os sons da fala, os gestos comunicativos..tudo..tudo. Esperando o gol (rsrs). Esperando a vitória, elaborando e lidando com os chutes na trave do Mateus e os pênaltis perdidos. E o que importa na realidade? Sempre me pergunto isso. O que é realmente importante pro Mateus? E o que pretendemos vencer?
 Com a linda família que tenho (Jeronimo e Letícia) somos seus grandes torcedores fanáticos e sabemos que o mais importante é torcer pela felicidade dele. Pela vitória de um ano de vida do NOSSO MAIOR JOGADOR PORQUE ELE SIMPLESMENTE VIVE SEM SE IMPORTAR COM COMPETIÇÃO. A VITORIA DELE ESTA EM SIMPLESMENTE EXISTIR E SER FELIZ. Por isso ele é especial. Tem tempo próprio e o sabor das conquistas são mais valiosas. Hoje é dia de comemorar um ano de sucesso e alegria. Considero que ganhei o brasileirão porque meu time torce pelo amor e pela aceitação da diversidade.

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MATEUS

Texto de Cylene Medrado
A chegada do Mateus nas nossas vidas...

Sabem o que significa Mateus? Então... significa Dom (Down) de Deus.

Sempre planejamos muitas coisas, planejamos a faculdade, o casamento, a decoração da nossa casa, os filhos e o futuro deles. Pensamos  ter o controle das coisas e das pessoas que nos cercam (pelo menos filhos..achamos que podemos determinar a vida deles).Ouvimos dos nossos pais sobre o sofrimento deles diante nossas escolhas errôneas. Ouvimos dos nossos pais sobre o sofrimento deles diante nosso sofrimento. Mas não sei se foi apenas comigo (irônico ou dramático) nunca ouvi sobre o sofrimento de pais diante a escolha de DEUS. Bom, foi isso que senti. Tudo na minha gravidez parecia me contar o tempo todo o que viria pela frente. Uma gravidez com sangramento, diabete, contrações prematuras, e no fim da gestação perda de líquido amniótico e uma entrada urgente no bloco cirúrgico.  È nessa parte da historia que quero chegar,  no parto. Durante o parto, ocorreu tudo bem e logo pensei:
  
“Obrigado senhor, meu filho nasceu”  e seu choro foi alívio e soou como música aos meus ouvidos. A expectativa de ir para o quarto e pegá-lo no colo foi enorme, afinal foram nove meses contados dia a dia. Foi o bebê mais lindo que vi. Até o momento da alta estava tudo conforme manda o figurino, até que no momento da alta a pediatra falou da possibilidade do Mateus ter a síndrome de Down. E logo pensei:  “Como posso pedir a Deus que ele não seja especial, se sua vida já me basta? O milagre da vida dele Deus já tinha me dado, agora me restava  esperar e confiar no Senhor”. Esperei, confiei em Deus. E o diagnóstico do cariótipo confirmou a suspeita dos médicos: trissomia 21, ou seja, Mateus tem a síndrome de Down. Aliás, quando o resultado do exame saiu, já sabíamos (eu e meu marido) e o resultado não foi tão doloroso quanto à possibilidade da síndrome.

Posso afirmar que o nosso choro não foi rejeição, nem revolta, mas, sim um medo diante do que ainda vamos viver com o nosso Mateus. E isto só vamos saber vivendo porque ele ainda tem 40 dias de vida..rsrsrsr. Temos muita vida (graças a Deus) pela frente e graças a Deus temos o Mateus em nossas vidas. 

Sei que agora, se fizessem um exame de sangue, o diagnóstico do meu exame seria: síndrome do amor. Apresento todos os sinais e sintomas do amor: alegria, expectativa, sonhos, perdão, esperança, fé....tudo que torna um elo infinito e indescritível entre minha vida e a do Mateus.

E posso afirmar: Não posso sofrer com a escolha de Deus. As escolhas de Deus são as certas e as verdadeiras. Creiam em Deus e aceitem o seu amor.

* O texto foi escrito no dia 28/04/2010, logo após a confirmação da síndrome de Down do Mateus.

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DEUS LEMBROU DE MIM

Texto de Cylene Medrado
 
... elas são de diversas cores, formas e aromas. São belas, simples e fascinantes. Todos desejam e gostam de tê-las por perto porque trazem beleza, harmonia e paz. Algumas requerem mais cuidado para um crescimento forte e saudável. É possível que todos já tenham deduzido que falo das flores. Exatamente. Mas também é plausível que compare as flores com os nossos filhos. Quando reunidos as outras crianças, parecem iguais em comportamento e necessidades. Falo de necessidades do tipo: comida, banho, amor e uma boa dose de limite e educação. Com as flores é quase a mesma dedicação, exceto que as flores não precisam de teorias de bom comportamento. Eles necessitam do básico para viverem. Mas buscamos nos nossos filhos, o mesmo que buscamos nas flores. Queremos apenas o belo, a perfeição. Só que filhos também como as flores nascem com “espinhos”. Alguns podem ser retirados, como as imperfeições estéticas, no entanto, há alguns espinhos que temos que simplesmente conviver com eles. Esses espinhos machucam. Os espinhos cravados sejam de causa genética ou acidental provocam sangramento e causam dor. Uma dor daquelas difícil de descrever e de aceitar. Cada agulhada do espinho é uma nova dor. A dor do medo, da intolerância alheia e da desinformação sobre nossa flor. A agulhada vem em forma de frases do tipo: “...esse tipo de pessoa é um peso...” “eles são incapazes de aprender a tomar banho sozinho...” E ficamos temerosos dessa rosa enfeiar nosso “sonhado jardim”. E em um determinado momento aprendemos a segurar a rosa com cuidado e tratá-la fica mais fácil. A dor já passou. Me recordo que no momento que ouvi uma sábia frase do meu sogro: “Não lamente, se a proporção é o nascimento de 1 criança com síndrome de Down para 900 bebes, e Deus te entregou o Mateus é porque lembrou de você e do Jerônimo dentre 889 pais e mães. Não nos machucamos mais, porque sabemos como segurá-la e vemos mais a simplicidade da sua beleza do que sua imaginária dor. E hoje percebo que nesse imenso jardim de rosas, sou uma mãe realizada porque minhas rosas são cultivadas pétala por pétala. Pegam chuva, pegam sol. As vezes exagero um pouco nos cuidados, mas cada um sabe a necessidade das suas rosas. São nossos melhores plantios. Quando olho pro meu jardim percebo, que não tenho nem mais, nem menos. Tenho o necessário. Sabem por que? “Simplesmente porque Deus lembrou de mim.” Ele me deu o suficiente pra ser feliz. Cabe a mim, cultivá-las diariamente para que possam cresceR e desenvolver. Estarei lá. Sempre a espera para aplaudir cada desabrochar dessas rosas.
FELIZ DIA DAS MAES PRA MIM. RSRSRS

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22 de julho de 2011 Comments

A DESCOBERTA DO AMOR

Texto de Cylene Medardo

Como se sentir diante a possibilidade do seu filho não andar e falar na mesma idade que as outras crianças? O que fazer depois da confirmação do diagnóstico da síndrome de um filho? Como superar suas próprias expectativas diante seus sonhos? O que afinal é importante na vida? Essas foram alguns dos questionamentos que fiz por um tempo. Não sei estimar quanto tempo, mas sei que me perguntava todos os dias: o que vou fazer? Quem procurar? Como vai ser? E a angústia e o medo fizeram parte do meu dia a dia. Eu sempre estive como fonoaudióloga do outro lado da mesa. Tinha conhecimento sobre a síndrome de Down, sabia sobre o desenvolvimento, conhecia alguns portadores e suas famílias, mas como disse anteriormente, EU SEMPRE ESTIVE DO OUTRO LADO DA MESA, fazia parte daquele grupo que entrevistava e tratava. Mas agora faço do OUTRO GRUPO, sou mais uma mãe de um portador da síndrome de Down. Todas aquelas questões de inclusão serão parte integrante e permanente na minha vida. Vou ter que me adaptar a novas situações familiares e sociais que não estava preparada para lidar. Acho que ninguém está. Mas quando falamos em inclusão, nos preocupamos somente na sociedade e nos esquecemos que a família faz parte FUNDAMENTAL deste processo. E minha preocupação começou quando me deparei com a seguinte pergunta: como vou contar pra minha outra filha, a Letícia. Como seria falar pra Letícia que aquele bebezinho no meu colo tinha nascido com síndrome de Down. Ela tinha 6 anos, não entendia bem, mas conhecia colegas na escola com a síndrome e se referia a eles com receio alegando que eles eram “diferentes”. Esse era o discurso dela. A primeira tentativa de contar foi frustrante, porque ela recusou em ouvir dizendo que não queria saber desse assunto de “Down”. Já na segunda vez, ela olhando uma foto do Mateus disse que ele se parecia muito com seu coleguinha Down da escola e quando perguntei se ele fosse como o coleguinha, ela respondeu que não queria novamente falar sobre isso. Mas um dia....porque esse dia tem sempre que acontecer, não é apenas nas fabulas, ela chegou de repente e disse: - Mamãe, descobri uma coisa? O Mateus é Down. Tomei um susto e afirmei: que bom, que você descobriu isso. E ela logo disse: - Eu não me importo se ele é Down, vou ensinar tudo pra ele e vou amá-lo muito. E naquele exato momento, encontrei a resposta pra todas as minhas perguntas anteriores, aqueeelas que tinha feito no começo do texto. Pois é, o gabarito com as respostas foi a Letícia que me deu. E respondo seguramente:
Como se sentir diante a possibilidade do seu filho não andar e falar na mesma idade que as outras crianças? Cada pessoa tem seu tempo.”
O que fazer depois da confirmação do diagnóstico da síndrome de um filho? “Seguir a vida”.
Como superar suas próprias expectativas diante seus sonhos? “Seguir sonhando”.
O que afinal é importante na vida? “Seguir amando”.

TEXTO ESCRITO DIA 18/07/2011.

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MEU FILHO KINDER OVO


TEXTO DE CYLENE MEDRADO,
ESCRITO DIA 17/07/2011

NÃO EXISTE NADA PERFEITO. DESEJAMOS A ROUPA NOVA, TROCAR DE CARRO, GANHAR CADA VEZ MAIS DINHEIRO. DESEJAMOS... SEMPRE DESEJAMOS MUITAS COISAS E ESTAMOS SEMPRE BUSCANDO MAIS OBJETOS E PESSOAS A NOSSA VOLTA. NOS DEPARAMOS COM PESSOAS QUE PERMANECEM O TEMPO TODO AO NOSSO LADO E NÃO AGRADECEMOS POR ELAS.
ACREDITO QUE TALVEZ SEJAMOS COMO AS CRIANÇAS QUE NÃO SACIAM NUNCA. PARA ALGUMAS CRIANÇAS O PASSEIO NO PARQUE PODIA SER MAIS LONGO, NA SOBREMESA A TAÇA FOI SERVIDA COM POUCO SORVETE E O FIM DE SEMANA TINHA QUE SER MAIOR. TANTO QUE ELAS SE AMARRAM MAIS NO BRINQUEDO DO KINDER OVO DO QUE NO CHOCOLATE. CHEGAM NUMA LANCHONETE OU RESTAURANTE E QUEREM O KINDER OVO. IMEDIATAMENTE SORRIEM ABREM A EMBALAGEM, MOSTRAM AS SURPRESINHAS BRINCAM O DIA TODO COM ELA. SE NÃO GOSTAM DA SURPRESA TROCAM UMAS COM AS OUTRAS OU GUARDAM. MAS QUANDO PERGUNTAMOS SE VÃO COMER O CHOCOLATE, RESPONDEM QUE O BRINQUEDO É MAIS LEGAL. A EMOÇÃO DE ABRIR O “OVINHO” E VER O QUE TEM LÁ DENTRO É MAIS EMOCIONANTE E O SABOR DA SURPRESA ACABA SENDO MAIS GOSTOSO.
COM UMA GRAVIDEZ É QUASE A MESMA COISA. DESEJAMOS O FILHO, ENGRAVIDAMOS E FICAMOS ESPERANDO A CHEGADA DESSE FILHO. AGIMOS COMO AS CRIANÇAS, ACHANDO QUE A SURPRESINHA QUE NOS AGUARDA DENTRO DA EMBALAGEM SERÁ COMO DESEJAMOS.
E QUANDO NASCE UM FILHO ESPECIAL? DESCOBRIMOS QUE NÃO PODEMOS FAZER A TROCA COM OUTRO AMIGO. ALIAS PROVAVELMENTE SEU AMIGO ESTÁ TÃO ASSUSTADO QUANTO VOCÊ. ELE TAMBÉM NÃO ACREDITA QUE “ISSO” TENHA ACONTECIDO COM VOCÊ. BOM, FOI ASSIM QUE ACONTECEU COMIGO E COM ALGUMAS PESSOAS EM RELAÇÃO AO NASCIMENTO DO MATEUS E A CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE DOWN. AGI COMO UMA CRIANÇA. DESEJEI, ENGRAVIDEI E QUANDO ELE NASCEU FOI COMO SE MEU KINDER OVO NÃO VIESSE COMO COMBINADO. E AÍ? COM QUEM DEVO RECLAMAR? QUEM VOU CULPAR? MEU MARIDO? EU MESMA? OU DEUS? ISSO MESMO. ME COMPORTEI COMO UMA CRIANÇA ABRINDO MINHA SURPRESINHA.
FIQUEI DECEPCIONADA. CHOREI. MAS A MINHA SENSAÇÃO FOI DIFERENTE DAS CRIANÇAS. ELAS QUEREM A SURPRESINHA MAIS DIFERENTE. ELAS NÃO TEMEM AS DIFERENÇAS. EU TEMI. FOI O MOTIVO MAIS FORTE DO MEU CHORO. CHOREI PORQUE A SURPRESINHA ERA MEU FILHO. MAS TEM UM DETALHE QUE NÃO CONTEI PARA VOCÊS. E O CHOCOLATE DO MEU KINDER OVO? COMI TUDINHO. O SABOR DELE? SABOR DE ACEITAÇÃO E SUPERAÇÃO.
EXPERIMENTEM ACEITAR, AS ADVERSIDADES DA VIDA PODEM SER DELICIOSAS PARA VOCÊS TAMBÉM. TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA EXPERIMENTO O SABOR DAS DIFERENÇAS E DESCUBRO NELE O SABOR DA FELICIDADE.

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18 de julho de 2011 Comments

PROJETO DOWNS ONG BRASIL - VAMOS APOIAR

Caro leitor, esse projeto faz parte da vida de uma amiga, Cylene Medrado, que tem seu filho com Síndrome de Down e esta disposta a lutar pelos direitos e deveres de cidadão das pessoas com essa síndrome.  Veja abaixo a descrição desse projeto.

A Downs Ong Brasil pretende atuar na cidade de Petrópolis, objetivando benefícios para as pessoas com Síndrome de Down, desde a gestação à vida adulta.

Pretendemos a melhoria da qualidade de vida do usuário no âmbito da educação, saúde, direitos humanos e meio ambiente.

Dentre os objetivos, estão:
  • Acolhimento e aconselhamento aos pais e familiares sobre as expectativas do desnvolvimento global do bebê com síndrome de Down.
  • Orientação as gestantes e/ou pais e mães sobre o diagnóstico e estimulação precoce.
  • Acompanhamento individualizado do desenvolvimento cognitivo e social da pessoa com síndrome de Down na escola.
  • Proporcionar ao adolescente e/ou jovem com síndrome de Down o convívio mútuo para novas descobertas sociais.
  • Participação da pessoa com síndrome de Down e seus familiares em projetos de geração de renda e sustentabilidade.

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Para que esse projeto funcione, faz-se necessário amor, dedicação, patrocínio, divulgação e apoio, para atender e dar suporte à todos que necessitam e farão parte desse projeto, inicialmente em Petrópolis e posteriormente em outras regiões.

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Contamos com a sua colaboração!

Vamos fazer a diferença, pois Ser DIFERENTE além de NORMAL é NATURAL.


Veja também nesse blog:
SÍNDROME DE DOWN
17 de julho de 2011 Comments

KINECT AJUDANDO CADEIRANTES A FAZER COMPRAS

O Kinect veio ao mundo com o objetivo de revolucionar o modo como as pessoas interagem com os games: agora, é possível não apenas controlar os personagens; nós somos os personagens. O sistema de controle da Microsoft foi subvertido por pessoas que entendem de computação, que fizeram adaptações no software e hardware para direcionar sua tecnologia para outros fins.

A matéria abaixo foi extraída do site Minicastle.

Algumas tarefas são absurdamente complicadas para um cadeirante. Pensando nisso o estudante de informática Luis Carlos de Matos mostrou na semana passada (01/06/2011) um vídeo demonstrando seu projeto o Kinect a um software de controle de um carrinho de compras, transformando-o em um robô que segue seu dono e carrega suas compras.

Batizado de wi-Go, o projeto visa permitir que pessoas com dificuldades motoras, como cadeirantes, gestantes e idosos, possam ir às compras confortavelmente, com o carrinho de compras sempre próximo e sem a necessidade de um acompanhante.

Abaixo o vídeo do estudante um “antes e depois”, enfatizando como a simples tarefa de carregar mercadorias em uma loja pode ser um verdadeiro desafio para aqueles com necessidades especiais. É visível que o projeto ainda é um protótipo… mas esse cara teve uma das ideias mais legais do mundo.

É o videogame ajudando o mundo!
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KINECT ACESSÓRIO DA MICROSOFT DESPERTA A ATENÇÃO DE PESSOAS COM DOWN E AUTISMO

Uma tecnologia que promete revolucionar a forma de interação com os jogos eletrônicos chegou às lojas brasileiras no dia 16 de novembro. Trata-se do Kinect, um acessório para o videogame Xbox 360, da Microsoft, que permite a utilização dos movimentos de todo o corpo para jogar, o que dispensa a necessidade do uso de controles convencionais.

O aparelho possui sensores de movimento e profundidade que realizam o trabalho de traduzir os movimentos corporais em ações nos jogos. Por exemplo, ao dar um passo para o lado, o jogador faz com que o boneco que o representa na tela faça o mesmo movimento.

Entre as muitas notícias envolvendo o lançamento do aparelho, duas se destacam. Nelas, são relatadas experiências de pessoas com autismo ou síndrome de down que conseguiram manter a atenção e interagir com os jogos por meio do Kinect.

O dono do portal norte-americano especializado em games Gaming Nexus, John Yan, publicou um texto em seu site onde relata a experiência dele e de seu filho de 4 anos de idade, diagnosticado com autismo, ao experimentarem o aparelho.

De acordo com Yan, os jogos de videogames convencionais acabavam decepcionando seu filho devido à dificuldade dele em operar os controles. Ao colocar o jogo “Rally Ball”, porém, onde o objetivo é bater em bolas para que elas atinjam determinados alvos, a reação de seu filho foi inesperada. “Ele pulava por todos os lados e balançava seus braços e pernas tentando socar as bolas de volta nos blocos. (…) Pela primeira vez, eu pude jogar algo com meu filho e não passar tempo algum com ele ficando frustrado por não conseguir fazer nada, ou ter um personagem travado numa tela. Ele se divertiu com todos os jogos e de fato se deu bem em todos eles. A alegria em seus olhos enquanto ele era capaz de completar as tarefas e se mover pelos menus é algo que eu nunca vou esquecer”, diz Yan em seu relato.

A outra notícia vem do Brasil. O desenvolvedor de sistemas Arilson Carmo, da cidade de Bauru, no interior de São Paulo, postou no site Portal Xbox 360 (CLIQUE AQUI) o envolvimento de seu irmão Adalberto Carmo, de 32 anos, com Síndrome de Down, com o aparelho e o jogo “Rally Ball”.

Ao despedir-se de Arilson, que estava jogando, para ir à escola, Adalberto percebeu que o boneco na tela imitava os seus movimentos. No mesmo momento, ele começou a bater nas bolas virtuais e a interagir com o jogo. Segundo Arilson, a atitude do irmão emocionou toda a família. “Ficamos impressionados com essa tecnologia, que pode vir a ajudar pessoas não só com Síndrome de Down, como também com outras deficiências. Toda vez que meus amigos chegam em casa, eles colocam o jogo e ele chega e joga sem problemas”, diz Arilson.


O desenvolvedor de sistemas também relata o caso de um jovem da região que, por não ter os dedos da mão esquerda, sentia-se isolado dos demais por não conseguir manipular um controle convencional. Com o Kinnect, porém, ele passou a competir de igual a igual com seus amigos. Arilson já sonha com a possibilidade da criação de jogos direcionados especialmente para as pessoas com deficiência. “Imagine um jogo brasileiro, conciliando música, arte e um bom exercício para cada tipo de deficiência conhecida”, comenta Arilson.


Procurada para comentar o assunto, a Microsoft, por meio de sua assessoria, informou que ainda não há uma posição da empresa em relação a esses casos.

A gerente técnica da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Paulo, Marília Costa, demonstrou interesse em levar o aparelho aos atendidos pela entidade. “A nova tecnologia trazida pelos jogos eletrônicos interativos, manipulados sem o uso de controle, como, por exemplo, o Kinect, é uma ferramenta que vem demonstrando uma boa contribuição no desenvolvimento das habilidades e na estimulação da pessoa com deficiência intelectual. No momento, porém, ainda estamos em busca de parceiros a fim de captar recursos, para que possamos propiciar essa experiência também aos atendidos da APAE de São Paulo”, diz Marília.

Fonte: http://www.ressoar.org.br/

Assista o vídeo sobre o aparelho Kinect.

7 de julho de 2011 Comments

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL TERÃO RECURSO DA AUDIODESCRIÇÃO NA TV ABERTA

A partir desta sexta-feira (1º), as emissoras com sinal aberto deverão oferecer pelo menos duas horas semanais de programação com audiodescrição, recurso obtido em um segundo canal de áudio, que narra, em língua portuguesa, as imagens que estão aparecendo na tela da TV.


A audiodescrição, integrada ao som original da obra audiovisual, contém descrições de sons, elementos visuais e quaisquer informações adicionais —como expressões faciais, figurinos ou efeitos visuais — que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão do vídeo por pessoas com deficiência visual e intelectual.

O recurso estará disponível nas emissoras que já trabalham com o sinal digital. Em casa, o usuário deverá apertar a tecla SAP no controle remoto do televisor para ter acesso ao segundo canal de áudio, que irá trazer a descrição detalhada das cenas. As informações visuais são inseridas entre os intervalos do áudio, com o cuidado de não sobrepor diálogos ou ruídos importantes para a compreensão da narrativa.

A meta do governo é que, em dez anos, todas as emissoras geradoras e retransmissoras de radiodifusão em sinal digital do Brasil exibam, no mínimo, vinte horas semanais de programas audiodescritos, na programação veiculada no horário compreendido entre as seis horas da tarde e duas horas da madrugada.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Referência: Blog da Audiodescrição
 
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