28 de fevereiro de 2011 Comments

DIFERENTE MAS IGUAL

O vídeo abaixo, foi extraído do Blog Pensamentos de uma professora de Luana Araújo.

Como disse muito bem a profª Luana, alunos sem deficiência recebem alunos com deficiência muito melhor do que a maioria dos adultos. Na verdade as crianças nos dão uma lição de vida em relação a questão do preconceito.

A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção, pois é uma escola para todos. É também o melhor lugar para trabalhar as diferenças e construir uma sociedade justa, sem qualquer tipo de discriminação e onde todos tenham oportunidades iguais.

Você já discriminou alguém com deficiência em sua vida? Por que? O que fez? Reflita sobre isso.

27 de fevereiro de 2011 Comments

SÍNDROME DE DOWN - ACONSELHAMENTO GENÉTICO E CUIDADOS ESPECIAIS

Aconselhamento genético
Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras. É calculado que o risco de ter outra criança afetada é aproximadamente 1 em 100 na trissomia do 21 e no mosaicismo. Porém, se a criança tem síndrome de Down por translocação e se um dos pais é portador de translocação (o que ocorre em um terço dos casos), então o risco de recorrência aumenta sensivelmente. O risco real depende do tipo de translocação e se o portador da translocação é o pai ou a mãe.

Cuidados especiais
As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial. Veja abaixo:
  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.
  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.
  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.
  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.
  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.
  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.
  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.
  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/

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SÍNDROME DE DOWN - A FAMÍLIA

A professora Elaine Maria Bonato*, em seu artigo "Síndrome de Down - Aspectos relevantes na relação Pais/Filhos e profissionais da Educação e Saúde", explica o relacionamento da família com uma criança com síndrome de down.

De acordo com Elaine Maria Bonato:

O que significa para a família ter em seu seio uma criança com síndrome de down? Quais as emoções vividas e quais são as implicações envolvidas neste nascimento?

“Dar a luz uma criança deficiente é um acontecimento repentino. Não há um aviso prévio, não há tempo para se preparar” afirma Buscaglia (1993), apud FENAPAEs: Famílias e Profissionais Rumo a Parceria (1997, p.16).

Desta forma, quando ao nascimento a criança apresenta algum tipo de problema, cada um dos elementos da família reagirá de forma diferente, havendo, na maioria das vezes, uma alteração no desempenho de papéis; isto porque além de aprender, por exemplo, a ser pai/mãe, terá que aprender a ser pai/mãe de uma criança diferente.

É importante que eles consigam se tornar “pais especiais” e não “pais deficientes”, já que terão os seus sentimentos e suas posturas constantemente colocados à prova, tanto entre eles como com os profissionais e o mundo que os cerca.

Em relação a consternação que sentem, a reação dos pais foi organizada em cinco estágios de acordo com (Drotar e colaboradores, 1975 e Gath, 1985, apud Casarin, 1999):
  1. REAÇÃO DE CHOQUE: as primeiras imagens que os pais formam da criança são baseadas nos significados anteriormente atribuídos à deficiência.
  2. NEGAÇÃO DA SÍNDROME: os pais tentam acreditar num possível erro de diagnóstico, associando traços da síndrome a traços familiares. Essa fase pode ajudar no primeiro momento, levando os pais a tratar a criança de forma mais natural, mas quando se prolonga, compromete o relacionamento com a criança real.
  3. REAÇÃO EMOCIONAL: intensa. Nessa fase a certeza do diagnóstico gera emoções e sentimentos diversos: tristeza pela perda do bebê imaginado, raiva, ansiedade, insegurança pelo desconhecido, impotência diante de uma situação insustentável.
  4. REDUÇÃO DA ANSIEDADE E DA INSEGURANÇA: As reações do bebê ajudam a compreender melhor a situação, já que ele não é tão estranho e diferente quanto os pais pensavam no início. Começa a existir uma possibilidade de ligação afetiva.
  5. REORGANIZAÇÃO DA FAMÍLIA COM A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN: para conseguirem reorganizar-se, os pais devem ressignificar a deficiência e encontrar algumas respostas para suas dúvidas.

Embora o choque seja inevitável, a maioria das famílias supera a crise e atinge um equilíbrio. A ajuda e a mediação de profissionais podem minimizar o impacto mostrando as possibilidades, e não somente os aspectos negativos, o que ajuda os pais a adquirir uma visão mais ampla da situação.

Deve-se levar em consideração que são as primeiras experiências emocionais e de aprendizagem, vivenciadas nas relações com os pais, que serão responsáveis pela formação da identidade e, em grande parte, pelo desenvolvimento da criança. Desta forma, os primeiros anos de vida constituem um período crítico em seu desenvolvimento cognitivo, e o papel que a família desempenha nesse período é de fundamental importância.

As atividades da vida cotidiana na família dão à criança oportunidades para aprender e desenvolver-se por meio do modelo, da participação conjunta, da realização assistida e de tantas outras formas de mediar a aprendizagem.

Segundo Pueschel (1999), quando se pretende melhorar as condições cognitivas das crianças com SD, torna-se necessário qualificar os contextos onde vivem. E o primeiro contexto da criança é a família. O pensamento do autor reforça a idéia de que a qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao seu desenvolvimento e aprendizagem.

No entanto, para que os pais possam realmente colaborar no desenvolvimento do filho a ajuda especializada pode ser extremamente importante, pois quando qualificada e oportuna, favorece as habilidades de autonomia pessoal e social, proporciona melhor qualidade de vida, interação, satisfação pessoal e atitudes positivas.

Os profissionais devem proporcionar tanto apoio prático como emocional às famílias. Os pais devem sentir que podem discutir suas dificuldades, compartilhar suas ansiedades e, principalmente, que podem confiar. Portanto, conhecer como se processam as interações entre a criança com SD e seus genitores e irmãos possibilita compreender as relações futuras desta criança com seus companheiros, bem como a sua inserção nos diversos contextos socioculturais.

*Elaine Maria BonatoGraduada em Pedagogia pela Faculdade de Ciências Humanas de Francisco Beltrão. Atualmente é professora da Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - Escola de Educação Especial Colibri e professora concursada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná na área de Educação Especial. Atua principalmente nas seguintes áreas: Educação Especial e Curso de Pedagogia: Gestão, Currículo, Escola e Inclusão, Supervisora e Orientadora de Estágio de Gestão.

Fonte: http://www.vizivali.edu.br/

26 de fevereiro de 2011 Comments

SÍNDROME DE DOWN - COMO IDENTIFICAR

Como Identificar

Os cromossomos são estruturas que se encontram no núcleo de cada célula e que contém as características hereditárias de cada pessoa. Em cada célula existe um total de 46 cromossomos, dos quais 23 são de origem paterna e 23 de origem materna. As pessoas com Síndrome de Down apresentam 47 cromossomos em cada célula, ao invés de 46 como as demais. Este cromossomo extra localiza-se no par 21. Geralmente, a identificação do indivíduo com esta síndrome é feita na ocasião do nascimento ou logo após, pela presença da combinação de várias características físicas:
  • Os olhos apresentam-se com pálpebras estreitas e levemente oblíquas, com prega de pele no canto interno (prega epicântica).
  • A íris freqüentemente apresenta pequenas manchas brancas (manchas de Brushfield).
  • A cabeça geralmente é menor e a parte posterior levemente achatada. A moleira pode ser maior e demorar mais para se fechar.
  • A boca é pequena e muitas vezes se mantém aberta com a língua projetando-se para fora.
  • As mãos são curtas e largas e, às vezes, nas palmas das mãos há uma única linha transversal, de lado a lado ao invés de duas.
  • A musculatura de maneira geral é mais flácida (hipotonia muscular).
  • Pode existir pele em excesso no pescoço que tende a desaparecer com a idade.
  • As orelhas são geralmente pequenas e de implantação baixa. O conduto auditivo é estreito.
  • Os dedos dos pés comumente são curtos e na maioria das crianças há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo. Muitas têm pé chato.

Embora o bebê com Síndrome de Down possa apresentar algumas ou todas estas características, é importante ressaltar que, como todas as crianças, eles também se parecerão com seus pais uma vez que herdam os genes destes e assim, apresentarão características diferentes entre si, como: cor dos cabelos e olhos, estrutura corporal, padrões de desenvolvimento etc. Estas características determinam uma diversidade de funcionamento comum aos indivíduos considerados normais. A suspeita da Síndrome de Down deve sempre ser confirmada pelo cariótipo. É importante que a passagem do diagnóstico seja realizada de forma clara e tranqüila. Após esta confirmação, o profissional deverá esclarecer a família e encaminha-la para o atendimento especializado mais próximo de sua comunidade.

Fonte: Fundação Síndrome de Down

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SÍNDROME DE DOWN

O que é Síndrome de Down?

Histórico
A Síndrome de Down foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Este médico inglês descreveu as características da Síndrome, que acabou sendo batizada com o seu nome. Popularmente é conhecida como mongolismo. Hoje sabemos que esta denominação é inadequada, devido à conotação preconceituosa que a cerca.Campanhas têm sido realizadas para a divulgação do nome Síndrome de Down ou Trossomia do 21. Em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da Síndrome de Down era genética, pois até então a literatura relatava apenas as características que indicavam a Síndrome.

Alteração Genética
A Síndrome de Down é um acidente genético, que ocorre ao acaso durante a divisão celular do embrião. Na célula normal da espécie humana existem 46 cromossomos divididos em 23 pares. O indivíduo com Síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado ao par 21. Esta alteração genética pode ser apresentar de 3 formas:

Trissomia 21 padrão
Cariótipo: 47XX ou 47XY (+21)
•Indivíduo apresenta 47 cromossomos em todas as duas células, tendo no par 21 três cromossomos. Ocorre em aproximadamente 95% dos casos.

Trissomia por translocação
•Cariótipo: 46XX (t 14;21) ou 46XY (t 14;21)
•O indivíduo apresenta 46 cromossomos e o cromossomo 21 extra está aderido a um outro par, em geral o 14. Ocorre em aproximadamente 3% dos casos.

Mosaico
•Cariótipo: 46XX/47XX ou 46XY/47XY (+21)
•O indivíduo aprsenta uma mistura de células normais (46 cromossomos) e células trissômicas (47 cromossomos). Ocorre em aproximadamente 2% dos casos.

Diagnóstico
É impossível diagnosticar a Síndrome de Down logo ao nascimento. O diagnóstico, em geral, é feito pelo pediatra ou médico que recebe a criança logo após o parto, considerando as características fenotípicas peculiares à Síndrome. A confirmação é dada pelo exame do cariótipo (análise citogenética).

As características fenotípicas mais comuns são: hipotonia muscular generalizada; fenda palpebral oblíqua; prega palmar transversa única; face achatada; ponte deprimida; orelhas com baixa implantação; entre outras.

Incidência
A probabilidade de um indivíduo ter Síndrome de Down é de 1:600 nascidos vivos. O nascimento de uma criança com Síndrome de Down é mais freqüente conforme aumenta a idade materna. Porém, qualquer pessoa está sujeita a ter um filho com esta Síndrome que ocorre ao acaso, sem distinção de raça ou sexo.

Fonte: Fundação Síndrome de Down

23 de fevereiro de 2011 Comments

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

ILUSÕES DO AMANHÃ

"Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
 Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
 Procuro em todas, mas todas não são você
 Eu quero apenas viver
 Se não for para mim que seja pra você.
 Mas às vezes você parece me ignorar
 Sem nem ao menos me olhar
 Me machucando pra valer.
 Atrás dos meus sonhos eu vou correr
 Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
 Se a vida dá presente pra cada um
 O meu, cadê?
 Será que esse mundo tem jeito?
 Esse mundo cheio de preconceito.
 Quando estou só, preso na minha solidão
 Juntando pedaços de mim que caíam ao chão
 Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
 Talvez eu seja um tolo,
 Que acredita num sonho
 Na procura de te esquecer
 Eu fiz brotar a flor
 Para carregar junto ao peito
 E crer que esse mundo ainda tem jeito
 E como príncipe sonhador
 Sou um tolo que acredita ainda no amor."


PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.

EXCEPCIONAL É SUA SENSIBILIDADE!!!!!!!
REALMENTE EXCEPCIONAL, PARABÉNS ALEX...

Ele tem 28 anos, com idade mental de 15. Divulguem para prestigiá-lo.

Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem "normais" não acreditam?
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APRENDA A SE RELACIONAR COM UM CÃO-GUIA


  • Antes de mais nada saiba que sou um cão de trabalho e não um bichinho de estimação
  • Meu comportamento e trato são totalmente diferentes dos outros cães e devo ser respeitado em minha dupla função de guia e fiel companheiro de meu dono.
  • Ah! E eu tenho hora e local para fazer minhas necessidades. Sei que durante meu trabalho não posso sair sujando por onde passo...
  • Por favor, não me toque quando eu estiver trabalhando, ou seja, quando eu estiver com a guia. Se fizer isso posso me distrair e jamais devo falhar.
  • Se um cego com cão- guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, de maneira que eu fique à esquerda.
  • Se um cego com cão guia lhe pedir informações, dê indicações claras no sentido em que deve dobrar ou seguir para chegar ao local.
  • Não se antecipe e nem pegue o braço de um cego acompanhado de um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque na minha guia, pois ela é só para uso do cego que acompanho.
  • Eu, como cão-guia, estou habituado a viajar em aviões, ônibus, carros, acomodado aos pés do meu dono, sem atrapalhar os passageiros, tanto dentro como fora do país.
  • Podemos entrar em cinemas, restaurantes, hospitais... Tudo isso, graças ao forte treinamento que recebemos. Sempre ficamos acomodados aos pés do nosso dono.
  • Não precisa ter medo da gente.
  • Existe uma lei federal 11.126 de 2005 e o decreto nº. 5.904/2006 que obriga o transporte do cão-guia com seus donos.




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O CÃO-GUIA

Pular, sentar, fingir de morto, dar a pata é tudo que costumam pedir para um cão, mas, acreditem, eles podem fazer muito mais!!! Dar a pata, pode significar muito mais do que um simples gesto, já que alguns cães estendem suas patas para quem, realmente, precisa deles.

Existem cães trabalhadores, até cães que guiam pessoas cegas! Incrível, não? São cães meigos, carinhosos que, desde que nasceram, já estavam prontos para dar amor a quem viesse a viver com eles. Porém, além do amor, eles querem e podem dar muito mais.

Os cães-guias oferecem aos seus parceiros segurança na locomoção, equilíbrio físico e emocional, facilitam sua socialização, e até sua auto estima melhora, sem contar com o fato de ser um amigo sempre presente para garantir sua independência e aquecer seu coração. Há alguém precisando de um cão-guia e nós precisamos de você para ajudar a treinar cães para entrar no mercado de trabalho.

A formação de um Cão-Guia tem início com um rigoroso processo de seleção genética e comportamental. Depois de selecionado, próximo aos três meses, o cão inicia a fase de socialização, que se estende até, aproximadamente, o animal completar um ano de idade. Esta fase pode ser conduzida pelo treinador ou por uma família voluntária, que cuida do animal no seu primeiro ano de vida. Durante este processo o cão aprende a conviver em ambiente social, urinar e defecar apenas em locais apropriados e alguns comandos básicos para o convívio.

Terminada a primeira fase, inicia-se o treinamento específico, com duração aproximada de sete meses, podendo se estender caso necessário. Nos primeiros seis meses, o cão aprende a desviar de obstáculos, perceber o movimento do trânsito, identificar objetos, encontrar a entrada e saída de diferentes locais, entre diversas outras atividades. No último mês é realizado o treinamento para transformar a dupla composta pelo cão-guia e seu usuário em um time que interagirá com a mais perfeita harmonia. 

O tempo total de treinamento é de aproximadamente 16 meses, podendo se estender até 21 meses. Depois de treinados, os cães-guias identificam o movimento do trânsito, desviam de buracos, encontram as entradas e saídas de diferentes locais, localizam banheiros, escadas, elevadores, escadas rolantes, cadeiras, desviam de obstáculos altos, evitando que pessoas com deficiência visual batam com a cabeça, entre outros feitos incríveis.

           
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10 COISAS QUE TODA CRIANÇA COM AUTISMO GOSTARIA QUE VOCÊ SOUBESSE

 












Texto de Ellen Nottohm
  1. Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo.Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim.E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?
  2. A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê: uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja.O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
  3. Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer) Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João". Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.
  4. Eu sou um "pensador concreto" (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações.Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras.É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso e algo fácil de fazer.Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.
  5. Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado.Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.
  6. Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim.Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras.
  7. Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de CONSERTO. Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas.
  8. Por favor, me ajude com interações sociais, pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando Sandra cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: Você esta bem?
  9. Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle.Perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.
  10. Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição.Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo, uma possível resposta para Alzaheim o enigma da vida extraterrestre O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas "regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver ate onde eu posso ir. CONTO COM VOCÊ!!!

21 de fevereiro de 2011 Comments

AUTISMO: PROGNÓSTICO E TRATAMENTO

Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.

Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.

Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, freqüentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.

Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.

A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.

Lista de Checagem do Autismo
A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.
  • Dificuldade em juntar-se com outras pessoas;
  • Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina;
  • Risos e sorrisos inapropriados;
  • Não temer os perigos;
  • Pouco contato visual;
  • Pequena resposta aos métodos normais de ensino;
  • Brinquedos muitas vezes interrompidos;
  • Aparente insensibilidade à dor;
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases);
  • Preferência por estar só; conduta reservada; 
  • Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente;
  • Faz girar os objetos;
  • Hiper ou hipo atividade física;
  • Aparenta angústia sem razão aparente;
  • Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo;
  • Apego inapropriado a objetos;
  • Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
  • Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.

20 de fevereiro de 2011 Comments

AUTISMO: SIGNIFICADO E CAUSA


O que é Autismo?
Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.


O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.

Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas
A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).
Sintomas e diagnóstico

Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela freqüentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.

Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.

A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q.I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q.I. menor do que 70).

Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q.I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência.

Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.

Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.

Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.

Fonte:  ABC da Saúde
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MOISÉS BAUER É O NOVO PRESIDENTE DO CONADE

A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, empossou no dia15/02 os novos membros do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Também foi escolhido o novo presidente do conselho. Durante o biênio (2011/2013), o Conade será comandado pelo presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil, Moisés Bauer.

Durante a cerimônia, a ministra ressaltou a importância da criação de políticas de acessibilidade às pessoas com deficiência. “O nosso desafio é que possamos formular diretrizes. A presidenta Dilma [Rousseff] disse, quando recebeu os atletas paraolímpicos, que a percepção da pessoa com deficiência não seja o limite, mas a superação permanente.”

Para o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Humberto Lipo, o Estado brasileiro tem uma imensa dívida social com as pessoas com deficiência. “Infelizmente nós vamos necessitar de um período maior do que uma ou duas gestões de governo para resgatar [da pobreza as pessoas com deficiência]. A população com deficiência está entre a mais pobre.”

Segundo ele, a resolução dos problemas que atingem as pessoas com deficiência deve estar na pauta do país. “A solução deles remete diretamente ao desenvolvimento nacional. Portanto, esse é o nosso compromisso no conselho. A nossa esperança é que de alguma forma possamos dar um passo adiante.”

O Conade faz parte da estrutura da SDH e é composto por 38 membros, sendo 19 representantes do governo e 19 da sociedade civil organizada. O conselho foi criado para avaliar e articular políticas destinadas à pessoas com deficiência.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), exitem aproximadamente 25 milhões de pessoas com deficiência no país.

Fonte:http://correiodobrasil.com.br/

No vídeo abaixo, o presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil, Moisés Bauer Luiz, concede uma entrevista ao Programa Ação Brasil. Esse programa foi veiculado no dia 09/03/10.

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HUMBERTO LIPPO É O NOVO SECRETÁRIO NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O sociólogo Humberto Lippo é o novo Secretario Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), promoveu na quinta-feira (6/1/2011) uma reunião com toda a equipe para apresentar o novo secretariado. Além de diretores e coordenadores das diversas áreas, participaram da reunião garçons, motoristas, auxiliares administrativos e demais integrantes das equipes de apoio. “Nossas responsabilidades são diferentes, mas peço a todos que atuem de forma colaborativa, solidária e franca. Temos o desafio de formar um país consciente da importância dos Direitos Humanos”, disse a ministra.

Maria do Rosário enfatizou a importância de cada um dos membros da equipe da SDH. “Estamos todos aqui lutar pela implementação dos Direitos Humanos no Brasil, e vamos aproveitar a capacidade técnica e também a militância de cada um”, afirmou a ministra.

O novo secretário executivo, André Lázaro, disse ter encontrado “pessoas profundamente motivadas” e pediu que as tarefas em curso não sejam interrompidas.

O secretário de gestão da Política de Direitos Humanos será o professor Gleisson Rubin. A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente seguirá sob responsabilidade de Carmen Silveira de Oliveira, doutora em psicologia. A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência será ocupada por Humberto Lippo (Foto acima), enquanto o novo secretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos será o advogado Ramais de Castro.

Nota Inclusive – Humberto Lippo é sociólogo. Ligado ao PT do RS, foi Presidente da Faders, Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PPDs e PPAHs no Rio Grande do Sul, e atualmente trabalhava como gerente de Acessibilidade do Instituto de Pesquisa em Acessibilidade (IPESA) da ULBRA, Universidade Luterana do Brasil, em Porto Alegre.

Fonte – Secretaria dos Direitos Himanos
Referência: Agência Inclusive

18 de fevereiro de 2011 Comments

SESSÃO DE CINEMA GRÁTIS NA PROMOÇÃO CINEMATERNA-SPECIALKIDS

Quer assistir uma sessão de cinema grátis com seu filho com necessidades especiais? A Specialkids e a cinematerna fizeram uma parceria e estão disponibilizando alguns ingressos gratuitos. Veja no link abaixo como concorrer.

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PRECONCEITO É APONTADO COMO PRINCIPAL PROBLEMA PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

O preconceito ainda é o principal obstáculo para as pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência no país, disse o cadeirante Geraldo Nogueira, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), durante o seminário Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promovido pela OAB no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Nogueira ressaltou que no Brasil a questão é cultural, mas que precisa ser vencida para que os deficientes façam parte da sociedade em igualdade de condições com as outras pessoas. “Existe um preconceito velado que nós não admitimos e todos nós, estou me incluindo nesse processo, fomos educados por uma sociedade preconceituosa. Então é uma questão cultural que precisa ser transformada. O ponto mais importante, hoje, é reverter o quadro do preconceito”, disse.

Ele enfatizou também que apesar do país ter melhorado na questão da acessibilidade, o portador de deficiência ainda encontra muita dificuldade no seu deslocamento. “O acesso tem melhorado bastante, mas ainda se encontram muitas barreiras físicas principalmente nas partes antigas das cidades. As cidades que são menores ainda têm essa dificuldade. Mas existe um processo de modificação. O Rio de Janeiro, inclusive, vai receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada e vai sofrer uma grande transformação. A gente espera que se torne uma cidade completamente acessível”.

O seminário, que teve o objetivo de discutir a situação das pessoas com deficiência no país, marcou também o lançamento do manual Compreendendo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de autoria da OAB-RJ e do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que visa a assegurar a todos os deficientes uma igualdade de direitos, foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2006. Atualmente, 147 nações que integram a ONU, incluindo o Brasil, de um total de 192 países, já assinaram a convenção.

Fonte: http://www.pernambuco.com/

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O DIREITO DE SER DIFERENTE

O artigo abaixo foi escrito por Cidinei Bogo Chatt, Procurador da Fazenda Nacional. Mestrando da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI. 

Quando perdemos o direito de ser diferentes, perdemos o privilégio de ser livres (Charles Evans Hughes).


Introdução 
Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem sua própria singularidade que a distingue como ser humano individual, em face de gosto, antipatia, talento, sexo, cultura, língua, religião e nacionalidade. Entretanto, as diferenças sempre alimentaram discórdias entre as pessoas e grupos sociais.

Álias, sob tal perspectiva, urge ressaltar que a humanidade tem presenciado ao longo de sua história uma sequência de intolerância à diferença. Ser rotulado de “diferente” sempre foi visto como sinônimo de inferioridade, de indesejável, de separado do grupo. Basta à pessoa ser considerada diferente para os tidos padrões “normais” para que todos passem a desprezá-la, considerando-a como um ser de outro mundo.

Nesse sentido, um dos problemas que deve ser enfrentado por toda humanidade é a tendência existente de definir as pessoas diferentes em termos negativos, de ver essas pessoas e o grupo ao qual pertencem como inferiores e não merecedores de respeito.

Isto se deve a prática de classificar as pessoas em grupos distintos e homogêneos, com base em critérios de cor, língua, cultura, nacionalidade, preferência sexual e religião. Sob este aspecto, os grupos são classificados em desejáveis ou indesejáveis, advindo daí, o desrespeito ao direito de ser diferente.

Historicamente os diferentes sempre foram vítimas de perseguições injustificadas. Cite-se como exemplo a perseguição aos judeus durante toda história da humanidade e mais recentemente durante a 2ª Guerra Mundial, onde o ódio ao semelhante levou a atrocidades sem precedentes, fato que ficou mundialmente conhecido como Holocausto.

Se não bastasse, as mulheres têm menos direitos que os homens; as pessoas portadoras de deficiência ainda enfrentam dificuldades em ver seus direitos efetivamente implantados e os homossexuais ainda sofrem discriminação em face das suas preferências sexuais.

Atrocidades cometidas atualmente no Sudão, Ruanda e Iugoslávia têm demonstrado até onde os seres humanos ainda estão prontos a ir para negar aos outros o direito de ser diferente. Nós tornamos uma sociedade que não respeita o direito do ser humano ser diferente.

Diante de desse quadro, a empreitada aqui proposta consiste em expor e defender a ideia de que na sociedade moderna e nos estados democráticos de direito não existe mais espaço para a discriminação, para a intolerância e o desrespeito ao direito do próximo de ser diferente.

2 Proibição de Qualquer Forma de Discriminação

A Constituição Federal de 1988 rejeita qualquer forma de discriminação ao proclamar que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa forma, dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está à promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Com efeito, não é permitido adotar qualquer tipo de discriminação em razão do sexo, origem, idade, cor, raça, estado civil, crença religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, condição e saúde física sensorial e mental ou orientação sexual (gay, lésbica, travesti e bissexual).

Conforme assevera Rodrigo da Cunha Pereira o grande grito da contemporaneidade é o da igualdade. Aduz que a igualdade de refere aos direitos entre homens e mulheres, das raças, dos estrangeiros, das classes sociais etc. Ainda sobre o tema, alega que desde a Carta da ONU de 1948 ficou declarada a igualdade de direitos entre todos os homens (as pessoas). (1)

Nesse sentido, cumpre trazer à baila os ensinamentos de Firmino Alves de Lima, para quem, a Constituição Federal de 1988 trouxe importantes princípios gerais que asseguram a possibilidade de se efetivar a proibição da discriminação no ordenamento jurídico pátrio. A saber: (i) combate à discriminação como um dos objetivos da República; (ii) proibição da discriminação de qualquer espécie e por qualquer motivo nas relações de trabalho; (iii) intensa preocupação na proibição de determinados grupos historicamente discriminados, em especial a mulher, a discriminação pela cor da pele e o deficiente; (iv) reconhecimento como lícitas as formas de discriminação positiva como as ações afirmativas para combate a situações discriminatórias reiteradas e já consolidadas, promovendo igualdade de tratamento e de oportunidades; e (v) uma importante possibilidade de abertura do texto para incorporação de normas advindas de tratados internacionais, como normas de nível constitucional. (2)

Partindo dessa percepção, faz-se necessário o desenvolvimento de medidas que visem a coibir qualquer forma de discriminação. Comportamentos que não toleram a diferença não podem mais ser admitidos em um Estado Democrático de Direito. E, para tanto, o preconceito e a discriminação devem ser alvos de repressão, de esclarecimento e de educação em políticas públicas em níveis federal, estaduais e municipais.

A pretensão de eliminar por completo qualquer forma de discriminação certamente não é uma tarefa fácil. Contudo, urge ressaltar que são atitudes positivas que levarão toda sociedade a respeitar o direito à diferença.

Em suma, impor atitudes de reconhecimento dos direitos das pessoas diferentes é promover justiça e equidade. Numa sociedade dita “democrática” há que prevalecer a diversidade e a diferença natural e cultural entre as pessoas.

Proibição de Qualquer Forma de Discriminação
A Constituição Federal de 1988 rejeita qualquer forma de discriminação ao proclamar que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Dessa forma, dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está à promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Com efeito, não é permitido adotar qualquer tipo de discriminação em razão do sexo, origem, idade, cor, raça, estado civil, crença religiosa, convicção filosófica ou política, situação familiar, condição e saúde física sensorial e mental ou orientação sexual (gay, lésbica, travesti e bissexual).

Conforme assevera Rodrigo da Cunha Pereira o grande grito da contemporaneidade é o da igualdade. Aduz que a igualdade de refere aos direitos entre homens e mulheres, das raças, dos estrangeiros, das classes sociais etc. Ainda sobre o tema, alega que desde a Carta da ONU de 1948 ficou declarada a igualdade de direitos entre todos os homens (as pessoas). (1)

Nesse sentido, cumpre trazer à baila os ensinamentos de Firmino Alves de Lima, para quem, a Constituição Federal de 1988 trouxe importantes princípios gerais que asseguram a possibilidade de se efetivar a proibição da discriminação no ordenamento jurídico pátrio. A saber: (i) combate à discriminação como um dos objetivos da República; (ii) proibição da discriminação de qualquer espécie e por qualquer motivo nas relações de trabalho; (iii) intensa preocupação na proibição de determinados grupos historicamente discriminados, em especial a mulher, a discriminação pela cor da pele e o deficiente; (iv) reconhecimento como lícitas as formas de discriminação positiva como as ações afirmativas para combate a situações discriminatórias reiteradas e já consolidadas, promovendo igualdade de tratamento e de oportunidades; e (v) uma importante possibilidade de abertura do texto para incorporação de normas advindas de tratados internacionais, como normas de nível constitucional. (2)

Partindo dessa percepção, faz-se necessário o desenvolvimento de medidas que visem a coibir qualquer forma de discriminação. Comportamentos que não toleram a diferença não podem mais ser admitidos em um Estado Democrático de Direito. E, para tanto, o preconceito e a discriminação devem ser alvos de repressão, de esclarecimento e de educação em políticas públicas em níveis federal, estaduais e municipais.

A pretensão de eliminar por completo qualquer forma de discriminação certamente não é uma tarefa fácil. Contudo, urge ressaltar que são atitudes positivas que levarão toda sociedade a respeitar o direito à diferença.

Em suma, impor atitudes de reconhecimento dos direitos das pessoas diferentes é promover justiça e equidade. Numa sociedade dita “democrática” há que prevalecer a diversidade e a diferença natural e cultural entre as pessoas.


15 de fevereiro de 2011 Comments

PEDAGOGIA HOSPITALAR

O que é Pedagogia Hospitalar?

A Pedagogia Hospitalar há anos está lutando para saber concretamente sua verdadeira definição. Ela se apresenta como um novo caminho tomado no meio profissional da educação, com um bom desempenho na conquista de seus ideais. É um processo educativo não escolar que propõe desafios aos educadores e possibilita a construção de novos conhecimentos e atitudes.

A Pedagogia Hospitalar envolve o conhecimento médico e psicológico, representando uma tarefa complexa. A realização dessa tarefa necessita de um ponto de referência não médico: o enfoque formativo, instrutivo e psicopedagógico. Nisso germina um novo campo onde aparece uma inter-relação de trabalho que permite delinear as fronteiras de aproximação conceitual do conhecimento demandado.

A enfermidade do educando muitas vezes o obriga a se ausentar da escola por um período prolongado,trazendo prejuízos às atividades escolares. Por esse motivo há necessidade de uma projeção emergente que, além de atender o estado biológico e psicológico da criança, atenda também suas necessidades pedagógicas.

A criança sofre grandes influências do ambiente onde ela se encontra. Quando se sente fraca e doente, sem poder brincar, longe da escola, dos amigos e, fica desanimada e triste, sem estímulo para se curar.

O pedagogo, ao desenvolver um trabalho educativo com a criança internada, também trabalha o lúdico de forma que alivie possíveis irritabilidades, desmotivação e estresse do paciente.

A continuidade dos estudos no período de internamento, traz maior vigor às forças vitais do educando, existindo aí um estímulo motivacional, tendo várias ações preponderantes e desencadeantes para sua recuperação.

Dessa maneira nasce uma predisposição que facilita sua cura.A escola-hospital possui uma visão que se propõe a um trabalho não somente de oferecer continuidade de instrução, mas também o de orientar a criança sobre o internamento evitando um trauma.

Legislação

No Brasil, a legislação reconheceu através do estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, através da Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”.

Tendo em vista o embasamento legal, contido na legislação vigente, Lei 10.685 de 30/11/2000., que amparam e legitimam o direito à educação, os hospitais devem
dispor às crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade e igualdade de condições de desenvolvimento intelectual e pedagógico, por que os convênios médicos não podem aderir este atendimento.

A resolução 02 CNE/MEC/ Secretaria do estado da Educação – Departamento de Educação Especial, datada em 11 de setembro de 2001, determina expressamente a implantação de hospitalização Escolarizada com a afinidade de atendimento pedagógico aos alunos com necessidades
especiais transitórias.

Lembramos que o atendimento a essas crianças é um direito de todos os educandos, garantidos por Lei, pelo tempo que estiverem afastados ou impedidos de freqüentar uma escola, seja por dificuldades físicas ou mentais.

Resoluções: Classe Hospitalar
RESOLUÇÃO SE Nº. 95, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2000
Ementa: Dispõe sobre o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas.

Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados 

Visando nortear a conduta dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar a Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou e apresentou o texto abaixo, na vigésima sétima Assembléia Ordinária do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA - com sede no Ministério da Justiça em Brasília, aprovado por unanimidade e transformado em resolução de número 41 em 17 de outubro de 1995.

  1.  Direito a proteção à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.
  2. Direito a ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.
  3. Direito a não ser ou permanecer hospitalizado desnecessariamente por qualquer razão alheia ao melhor tratamento de sua enfermidade.
  4. Direito a ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.
 cont...

Classes Hospitalares e o direito à educação

 

A concepção de classes escolares em hospitais é conseqüência da importância formal de que crianças hospitalizadas, independentemente do período de permanência no estabelecimento, têm necessidades educativas e direitos de cidadania, onde se abrange a escolarização. A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família. O direito a educação se expressa como direito à aprendizagem e a escolarização.

O artigo 214 da Constituição Federal afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional assegura que o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino (art. 5º § 5º), podendo organizar-se de diferentes formas para garantir o processo de aprendizagem (art 23).

A escola, é o lugar fundamental para o encontro do educando com o saber sistematizado. Porém para possibilitar o acompanhamento pedagógico e educacional e garantir a continuidade do procedimento escolar de crianças e jovens do ensino regular, garantindo a conservação da conexão com a escola de origem, através de um currículo flexibilizado e adaptado da ação docente, a Secretaria de Educação em convênio firmado com a Secretaria de Saúde criou um programa de acolhimento diferenciado às crianças e jovens, internados em Hospitais, que necessitam de acompanhamento educacional especial, para que os mesmos não percam a ligação com a escola, oferecendo atendimento sistemático e diferenciado, no âmbito da Educação Básica, individual ou coletivo em Classe Hospitalar ou no leito, conforme a necessidade do educando que se encontra incapaz de freqüentar a escola provisoriamente. Além de um ambiente próprio para a Classe Hospitalar, o acompanhamento poderá ser feito na enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, uma vez que as restrições conferidas ao educando por sua condição clínica ou de tratamento assim requeiram.

Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de freqüentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem . O professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia e terá direito ao adicional de insalubridade. A legislação brasileira reconhece o direito de crianças e adolescentes hospitalizados ao acompanhamento pedagógico-educacional. (Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994 e 1995). Essa propõe que a educação em hospital seja realizada através da organização de classes hospitalares, devendo-se assegurar oferta educacional não só aos pequenos pacientes com transtornos do desenvolvimento, mas, também, às crianças e adolescentes em situações de risco, como é o caso da internação hospitalar (Fonseca,1999).

A prática pedagógica nesse lócus de atendimento exige dos profissionais da educação maior flexibilidade, em relação ao número de crianças que irão ser atendidas , assim como ao período que cada uma delas permanecerá internada, bem como às diferentes patologias. Para este atendimento não existe uma receita pronta, constituindo-se em um desafio a ser alcançado. As professoras devem buscar parceria com os familiares, que exercem proeminente papel, como figura de apoio e cooperação no sucesso da qualidade do ensino/aprendizagem e na qualidade de vida.

Referencias:Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Diário Oficial, Brasília, 17 out. 1995. Seção 1, pp. 319-320. Autora: Amelia Hamze Educadora Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos
Pedagogia - Brasil Escola
13 de fevereiro de 2011 Comments

CUIDADOR: PROFISSÃO OU MISSÃO?

No dicionário de Língua Portuguesa, a palavra cuidador tem o significado de "que ou quem trata, toma conta de(alguém ou algo); que ou aquele que mostra zeloso, diligente para com outrem". Certamente, o glossário está correto em sua significação.Mas para as pessoas com deficiência, o cuidador extrapola essa definição. Ele está ligado ao conforto, à segurança e à ampliação do convívio social.

Em todo o Brasil, os quse 25 milhões de pessoas deficientes precisam de cuidados especiais. Para isso, entra em cena o cuidador, que pode ser ou não alguém da família. "Tenho quatro cuidadores e eles são meus braços direito e esquerdo", revelao empresário João Pacheco Neto, proprietário da loja virtual Como Ir.

Neto ficou tetraplégico depois de um mergulho mal-sucedido há 10 anos. Desde então, após uma liminar judicial, ele conseguiu o direito de ter esses cuidados durante o dia, com despesas pagas pelo seguro saúde, e à noite, com seu próprio investimento. "Moro sozinho e são eles que possibilitam a minha vida", explica.

Sidnei da Costa, técnico em enfermagem é um dos cuidadores do empresário. Eles estão juntos há cinco anos. "O trabalho é muito prazeroso e saio sempre no lucro, pois estou satisfazendo o próximo", diz Sidnei emocionado. De acordo com o cuidador, para exercer a atividade é preciso vocação. "A pessoa com deficiência não é um doente que está jogado na cama, se trata de um ser humano que precisa de cuidados especiais".

Costa exerce a atividade há sete anos e está sempre se especializando para atender as necessidades impostas pela profissão. Além da formação de técnico, ele possui outros 16 cursos de especialização. "O profissional tem que continuar estudando e se aperfeiçoando", comenta.

Fonte: Revista Sentidos
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E OS CUIDADORES?

O texto abaixo foi extraído do site Movitae, movimento em prol da vida.
Um texto muito pertinente, que diz respeito a questão dos cuidadores. Quando teremos uma política pública voltada aos cuidadores? Confira!

Por Rosana Puga de Moraes Martinez*

Muitas são as lutas que temos travado diariamente por oportunidades e istrumentos que nos garantam a melhoria da qualidade de vida e até mesmo a expectativa de vida.


As demandas, no entanto, não cessam.

Na verdade, quanto mais vitórias alcançamos, mais e melhor vivemos. Que bom! Mas tudo na vida tem um preço. E com nossa longevidade não é diferente.

Apesar das pequenas melhorias, muitos de nós - portadores de patologias progressivas e degenerativas - chegamos a um estágio em nossas doenças que necessitamos auxílio para as tarefas mais corriqueiras, como higiêne pessoal, alimentação, locomoção e deslocamentos, etc.

Para isso, precisamos contar com a presença constante e ininterrupta de um cuidador que, no caso dos mais abastados, pode ser um ou mais profissionais contratados. Mas, na grande maioria dos casos, é mesmo um familiar que desempenha esta função.

Ocorre que, esse familar, ao longo do tempo, vê-se obrigado à difícil escolha de abdicar dos estudos, da carreira profissional, emprego, enfim, de tudo, para dedicar-se ao portador da patologia.

Não é raro verificar casos em que, anos depois, quando o parente portador já não se encontar mais entre nós e sua minguada aposentadoria por invalidez (quando há) cessa, aquele cuidador, já em idade avançada, que abriu mão de sua capacitação e vida profissional, passa, ele próprio, à condição de dependente de outros, por não ter mais como recomeçar a vida num mercado de trabalho tão competitivo quanto o brasileiro.

Dessa forma, é urgente que o Brasil acorde para a necessidade de uma política pública para os cuidadores, como a que já existe, há muito tempo, em vários países da Europa.

Ou acrescenta-se um percentual à aposentadoria do portador (quando houver) destinado ao sustento do cuidador, ou cria-se um programa específico nos moldes do Bolsa Família, acrescido inclusive de plano de saúde ao qual o cuidador continuará fazendo juz em caso de falecimento do portador, ou determina-se um salário-cuidador, mesmo, pago pelo estado e com direitos previdenciários. Para aqueles que já estavam empregados antes de tornarem-se cuidadores, poderia haver uma lei que lhes garantisse afastamento do trabalho com vencimentos e direitos integrais, enquanto persistir a necessidade do portador.

Ao contrário do que possa parecer inicialmente, esse tipo de política não atende apenas aos interesses dos portadores de patologias progressivas e incapacitantes e seus familiares, mas a toda a sociedade, na medida em que um paciente cuidado em casa onera menos o já deficitário serviço público de saúde e, consequentemente, o bolso de todos.

É hora, portanto, de nos unirmos em torno de mais esta bandeira. O momento me parece bem oportuno já que, a cada novo governo, renovam-se as esperanças de novos olhares, posturas e ações.

*Texto de Rosana Puga de Moraes Martinez, Presidente da ADONE MS, publicado no blog http://donems.wordpress.com/
 
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