5 de agosto de 2011

IMPLANTE DE APARELHO AUDITIVO ENTRA NA COBERTURA DE PLANOS DE SAÚDE

Agência de Saúde divulgou resolução sobre o ‘implante coclear’. Conhecido como ‘ouvido biônico’, ele substitui as próteses tradicionais.

O “implante coclear” foi incluído entre os procedimentos cobertos pelos planos de saúde, conforme resolução publicada no dia 29/07 no Diário Oficial da União. A cirurgia consiste na colocação de um aparelho auditivo que substitui as próteses tradicionais para pessoas com diagnóstico de surdez total ou quase total.

A resolução é da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que inclui o implante no “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, lista que determina a cobertura assistencial mínima dos planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999.

De acordo com o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas e da FMUSP, o aparelho de alta complexidade tecnológica, popularmente conhecido como “ouvido biônico”, é composto de duas partes: uma interna e outra externa.

“O implante é que estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina. Já existe há alguns anos e hoje mais de 100.000 pessoas no mundo já o estão usando”, informa o site do grupo.

Reprodução artística de um implante coclear em um ouvido humano. Equipamento estimula nervo auditivo, que transmite sinais ao cérebro para recuperar a audição


















Avanço

Segundo a fonoaudióloga Maria Cecília Bevilacqua, professora titular em audiologia da Universidade de São Paulo e que trabalha com o implante coclear nas redes privada e pública de saúde, a resolução publicada pelo governo é um avanço tecnológico importante para os deficientes auditivos.

“O implante é recomendado para quem teve perdas severas ou profundas na audição, ou seja, é para quem não consegue entender o que outra pessoa fala ao telefone, por exemplo. O Sistema Único de Saúde (SUS) financiou no ano passado 680 cirurgias, um número baixo. Agora com os convênios realizando este procedimento, o alcance será maior”, disse.

De acordo com a especialista, aproximadamente 300 mil pessoas no Brasil sofrem com problemas graves de audição e necessitariam receber um “ouvido biônico”, denominado desta forma por ter sido o primeiro órgão humano a ser recriado tecnologicamente. O custo da cirurgia e do aparelho é de aproximadamente R$ 100 mil.

Fonte: G1 (29/07/11)
 
;