31 de janeiro de 2011 Comments

DELEGADO QUE BATEU EM CADEIRANTE MOTIVA CAMPANHA PUBLICITÁRIA

CONFIRA!
A nova campanha publicitária para a Associação Desportiva de Deficientes (ADD) foi lançada nessa sexta (28). Com cenas reais, três vídeos mostram um cadeirante pedindo ajuda a pedestres e se levantando em seguida.

Criada pela agência ageisobar, a campanha mostra que "Quando você estaciona na vaga de deficiente, você também está fingindo", como diz o texto dos vídeos.

Uma inspiração da campanha foi o caso do advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, que é cadeirante. Ele foi agredido pelo delegado de polícia Damasio Marino , que tinha estacionado seu carro em uma vaga exclusiva para deficientes. Quando foi abordado por Morandini, o delegado teria distribuído tapas na cara e até coronhadas no cadeirante.

Acesse aqui e assista a campanha da ADD.

Comments

BRASIL BATE RECORD DE MEDALHAS NO MUNDIAL DE PARA-ATLETISMO


PARABÉNS AOS CAMPEÕES!
Com 30 medalhas no total, brasileiros ficam em terceiro lugar na classificação geral.


O Brasil se despediu neste sábado do Mundial de Para-Atletismo, na Nova Zelândia, com um número recorde de medalhas.

Chineses bons de medalha. A bandeira deles é a mais hasteada. Lideram o mundial com 21 medalhas de ouro.

Eles também têm a maior e mais animada torcida de Christchurch. Passam o tempo todo cantando. São campeões de barulho.

Mas, os chineses estão aprendendo a falar o nome de outro país campeão de medalhas.

É a melhor participação brasileira em mundiais. São 12 ouros, dez pratas e oito bronzes, 30 medalhas no total. Terceiro na classificação geral.  
Acesse aqui e assista o vídeo.

No último dia de provas de pistas teve prata de Carlos Barto, deficiente visual, nos 800 metros. E bronze no revezamento 4x100 para deficientes físicos.

Na maratona, a última prova, a prata de Tito Sena e o bronze de Ozivan Bonfim, deficientes físicos aumentaram o número de medalhas e sorrisos.


Fontes: G1 (29/01/2011)
            http://www.superesportes.com.br/

27 de janeiro de 2011 Comments

DOIS BRASILEIROS SE DESTACAM NO MUNDIAL DE PARA-ATLETISMO

André Oliveira conquistou a medalha de prata no salto em distância. E Terezinha Guilhermina o seu segundo ouro nos 100 metros rasos. O Brasil tem 15 medalhas no total: cinco ouros, seis pratas e quatro bronzes - Assista o vídeo

da Redação

Dois brasileiros se destacaram, nesta terça-feira (25), no Mundial de Para-Atletismo. E não só pelas medalhas.

Ser atleta, desde pequeno, era o sonho do André. Ele conseguiu. Mas, em 97, aos 25 anos, um salto acabou numa lesão gravíssima: fratura, rompimento dos nervos e ligamentos do joelho esquerdo. Nunca mais recuperou totalmente os movimentos da perna. Só voltou a andar depois de três cirurgias. “Acabou, acabou a carreira, você pensa que acabou até a tua vida, o que eu vou fazer?”, conta André Oliveira, do salto em distância.

Um dia, surgiu o convite para uma competição de para-atletas. Aceitou, tomou gosto e retomou a carreira ao lado de pessoas com deficiência. Nunca teve medo de voltar a saltar, pelo contrário. Na Nova Zelândia ganhou a prata. Primeira medalha em mundiais. “O atletismo move, hoje, a minha vida", afirma André.

O Brasil já ganhou cinco ouros, seis pratas e quatro bronzes: 15 medalhas no total. O pódio: um lugar bastante frequentado por brasileiros em Christchurch. E, numa dessas formais cerimônias de premiação, uma corredora do Brasil quebrou completamente o protocolo.

Deficiente visual, Terezinha corre ao lado de um guia, o Guilherme, que não recebe medalha. Ou melhor, não recebia... A velocista, que já tinha vencido os 200 metros, não ficou sem o ouro no pódio dos 100. “Eu tenho um guia de ouro, que merece medalhas de ouro também e muito mais. Não ganhei medalha sozinha, não cheguei aqui desse jeito sem ajuda do Guilherme. É uma maneira de dizer obrigado”, declara Terezinha Guilhermina, dois ouros no Mundial.


Comments

NEGADA POSSE DE PROFESSORA QUE PASSOU EM CONCURSO, MAS NÃO ASSUMIU POR SER CEGA

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO!

A prefeitura que impugnou sua posse alega que ela não poderia "corrigir os cadernos ou provas dos alunos"

A 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou na tarde desta terça-feira (25) o pedido de tutela antecipada para a professora Telma Nantes de Matos, que prestou um concurso público que oferecia vagas para professores da educação infantil. Ela passou, mas sua posse foi negada porque é ela é cega.

A professora recorreu mas, por dois votos a um, os desembargadores negaram o recurso em que Telma pedia para tomar posse antes do julgamento final da ação. O único que votou favorável foi o desembargador Joenildo de Souza Chaves.

A Justiça de primeira instância já havia dado ganho de causa à professora, pedagoga, mas o município recorreu. A prefeitura acha que a professora não conseguiria corrigir cadernos de tarefas e provas dos alunos.

Com a decisão de hoje, a professora Telma, que já trabalha como educadora infantil no Ismac (Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas), promete levar até a última instância sua questão. “Não é pelo meu emprego, mas pelo respeito e dignidade das pessoas com deficiência visual”, disse.

Ainda de acordo com Telma, seu objetivo como educadora é o de contribuir como educadora infantil e que, na sua opinião, os desembargadores julgaram de acordo com aquilo que eles pensam e não levaram em consideração a capacidade dela.

“Como cidadã me sinto envergonhada por passar por uma situação destas. Em São Paulo há mais de 70 anos as pessoas como eu contribuem com a educação de crianças e jovens".

Um dos desembargadores, durante seu voto, justificou que a professora Telma não teria capacidade física conforme exige o estatuto do serviudor municipal. Telma disse ter pago R$ 70 na inscrição do concurso, realizado em dezembro de 2009.

“Foi um ato de discriminação devido o preconceito da equipe multiprofissional [que a barrou] com pessoa deficiente”, disse ela à época que soube que não ia assumir a vaga de professora, em fevereiro do ano passado.

Fonte:http://www.midiamax.com.br/ (26/01/11)
Referência: Rede Saci 
23 de janeiro de 2011 Comments

DELEGADO QUE AGREDIU CADEIRANTE É AFASTADO DO CARGO NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Espero que a Corregedoria da Polícia Civil efetivamente apure esta denúncia. E que após o resultado, haja punição!

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, determinou no fim da tarde desta quinta-feira (20) o afastamento do delegado titular do 6º Distrito Policial de São José dos Campos, Damasio Marino. Ele deixa o cargo depois da agressão a um cadeirante na segunda (17) no Centro de São José, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Em nota, a secretaria informou ainda que a Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento administrativo para apurar a denúncia da agressão. Marino pode responder por lesão corporal dolosa.

A briga começou por causa de uma vaga exclusiva para deficientes físicos. O advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado, foi procurado pela reportagem para comentar a decisão do secretário. No entanto, até as 19h15, não havia sido localizado. Assista o vídeo.

O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, que é cadeirante e tem 35 anos, disse ao G1 nesta quinta que na segunda-feira, por volta das 17h, foi de carro a um cartório. Ao procurar a vaga exclusiva na rua, encontrou outro veículo estacionado nela. “Não tinha nenhum selo nem nada que sugerisse que o proprietário fosse deficiente”, afirmou.

Morandini encontrou um lugar mais à frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado Damasio Marino, que não é deficiente, caminhando até o veículo parado na vaga especial.

“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente. Ficou em pé na minha frente. Mesmo assim, disse que ele estava errado", contou. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou de “aleijado filho da p...”. “Revoltado e enojado”, Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, disse que recebeu a cusparada no rosto.

“Ele sacou uma arma e perguntou se eu queria morrer. No momento, não sabia que ele era policial. As pessoas que passavam pela rua saíram correndo”, contou o advogado. “Quando ele mirou na direção da minha cabeça, só consegui virar o rosto”, acrescentou Morandini, que ficou paraplégico aos 17 anos após levar um tiro na coluna durante um assalto.

Versões
A versão dos dois difere em relação à agressão que se seguiu. O advogado disse que recebeu uma coronhada na cabeça e que teve o rosto atingido pela ponta da arma. O delegado, porém, negou ter sacado a pistola, segundo sua defesa. “Ele deu dois tapas no rosto dele. Apenas reagiu a uma cusparada”, disse ao G1 pela manhã o advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva, defensor do delegado.

Questionado sobre o fato de o policial ter estacionado em uma vaga exclusiva, o defensor afirmou que a noiva de Marino, grávida de 4 meses, não se sentia bem. “[Morandini] quis se prevalecer por causa de sua condição de cadeirante”, afirmou.

Ambas as partes afirmaram que tomarão providências quanto ao ocorrido. “Ainda estou tomando medidas cabíveis, uma vez que fui humilhado, desrespeitado e constrangido por uma autoridade pública”, disse Morandini. O delegado, por sua vez, disse ter feito uma representação em um distrito policial da cidade e acionado a Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

16 de janeiro de 2011 Comments

SEM LIMITES

Veja, abaixo, na matéria da Revista Viver Brasil, grandes exemplos de superação. Incríveis histórias de superação de pessoas com paraplegia e tetraplegia.

Para eles, a cadeira de rodas passou a ser extensão do próprio corpo e, após o impacto inicial, a adaptação se faz com um único propósito: o de viver a vida

Mostram a cara e as rodas mundo afora. Vivem aí na sua singularidade, como qualquer um da espécie humana, com seus problemas, alegrias, afazeres, corre-corre. Igualados para grande parte das pessoas que os veem na sua deficiência física: paraplégicos, tetraplégicos, num estigma de tristeza, sem mais nem menos. Agora, iluminados, focados, pinçados da multidão com a personagem Luciana, irreal, cópia do que ocorre fora das telas, repetidos em tantos acidentes, na novela Viver a Vida. Do lado de cá, com seus toques bem reais, depois de digerir a falta de sensibilidade nas pernas e tronco, dependendo do grau de lesão na medula, intrometida no meio da vida sem aviso prévio, reinventam-se, regeneram-se. Se faltam as pernas, há a extensão da cadeira de rodas, se as mãos não fazem o que querem, há a fala, se o sexo não é do mesmo jeito, há a visão, se não controlam intestino e bexiga, há como re-educá-los a trabalhar em horários determinados.

“Meu instinto de sobrevivência não me deixava abater. Sempre fui muito ativa, seria inaceitável me render à deficiência e parar no tempo”, diz a nutricionista e nadadora Letícia Ferreira. Sublimou a paralisia, frequenta lugares que têm ou não adaptação, treina, participa de competições, trabalha, faz as tarefas de casa, compras, vive sozinha. “Divirto-me com meu cachorro, descanso o corpo e a mente saindo para jantar, dançar, escutar músicas boas.” Nada diferente de quem tem o físico com todos os sentidos, num processo que não é instantâneo de uma hora para outra, no virar de páginas, há as nuances do ser humano: digerir a fatalidade de um dia estar bem e no outro não sentir as pernas. “No primeiro momento há perda muito grande, ficam atordoados, não acreditam mais em Deus. Depois apaziguam essa dor, começam a buscar uma saída de acordo com a realidade da vida”, analisa o psicanalista Adilson de Aguilar.

É o que o mundo apresenta, o jeito é se metamorfosear. Antes do dia em que dormiu e caiu do parapeito da casa de um amigo, o universitário Fellipe Rodrigues Pereira Lima praticava esportes radicais: de surfe a skate. Aí veio a paraplegia, depois a descoberta da descida de corredeira, caiaque-surfe, mergulho livre, pesca submarina, triciclos. O radical se manteve em sua vida, transferido dos pés para as mãos. “Reaprendi a viver. Não adianta voltar atrás. Retiro experiências com o passado, vivo o presente e vou construir o futuro,” diz. Do que se foi, as fotos das manobras radicais de skate, de agora, a faculdade de gestão empresarial, o namoro, o trabalho, a fisioterapia, o cachorro, a busca por patrocínio para a canoagem, o dia-a-dia rotineiro. Morou seis meses na Flórida, nos Estados Unidos, três deles sozinho e se prepara para a temporada de 90 dias na Austrália. “Minha ideia é viver dos esportes radicais, seja como competidor ou investidor.”´

O radical porque, no seu entender, é vida. O que é mais difícil? “Meu maior inimigo são as escadas”, afirma Fellipe Rodrigues Lima. O resto se adaptou, depende dele, dirige seu carro, vai-e-vem sem grandes obstáculos, a não ser os degraus que sempre brotam à frente neste mundo feito para os que têm as pernas em pleno funcionamento. Segue com a vida, como deve ser. “A tarefa é aprender a viver com o que se tem. Tanto no que se refere ao corpo e funções não comprometidas, quanto os recursos que se obteve ao longo do desenvolvimento e experiências”, diz o psicólogo Luiz Carlos Avelino da Silva, professor de pós-graduação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A vereadora Mara Gabrilli, de São Paulo, vive da fala, o que nem isto conseguia logo depois do acidente de  carro que a deixou tetraplégica, como Luciana, a personagem da atriz Alinne Moraes. “Não saía som, vivia entubada, estava muito mal. Fui me defendendo, não tive tempo para pensar na deficiência. Minha luta era pela vida.” Recuperou a fala, não os movimentos de braços e pernas. Precisa de ajuda para tudo, teve de repaginar a sua vida. “O que faço é verbal.” Entoa a voz na defesa dos deficientes, da acessibilidade à remoção do estigma de tristeza carimbado nas cadeiras de rodas, foi secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da capital paulista, fez fotos sensuais e campanha de lingerie. “Sou mulher cadeirante e daí?”, diz Mara. Sempre se preocupou com o corpo e depois do acidente a atenção aumentou. “A vaidade é até mais interna, visceral.” É a luta para controlar o funcionamento dos órgãos afetados com a paralisia do tronco para baixo. Vai além do que se passa na novela, da doente maquiada, do que se pode imaginar, mas nada que paralisa a vida: aí está a vereadora. “Minha mãe está irritada com a novela, reclama: como a Teresa fala que a Luciana vai ficar inválida?”

Cada um reage de forma diferente quando se depara com a tetraplegia e paraplegia. “Eu não gosto de pensar isso como capacidade natural ou força de vontade da pessoa, como se imagina comumente e como fica bonito na novela. Isto aponta a recuperação e superação como prêmio aos fortes e não é bem assim”, afirma Luiz Carlos Avelino. Inclui um monte de gente: médicos, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, família, amigos. “Reinventar-se é algo social, que se constrói com a ajuda do outro na descoberta de novas possibilidades e recursos.”

Há de se contabilizar esforços de todos. O jogador de basquete José Wan Der Maas de Souza Júnior chegou a pensar em suicídio: o acidente de moto em Carlos Chagas, no Vale do Mucuri, uma semana inconsciente, depois acordar num hospital em Belo Horizonte, rodeado de médicos. “Fiquei sem entender, estava imóvel, percebi que não mexia as pernas.” Conscien­tizou-se do que havia acontecido, a busca pela reabilitação, o contato com o mundo antes nem pensado da deficiência, a colaboração de amigos e família. “Eles me ajudaram muito.” Viu que queria continuar nessa vida, achou força física e psicológica no esporte. Hoje está no time da Associação Mineira de Paraplégicos. “O basquete é parte de mim.”

Mora sozinho, lava roupa, faz comida, vira-se. O difícil é mudar a temperatura do chuveiro, tão distante das mãos, e o receio de uma frigideira cair no seu colo quando for preparar a refeição. “Uso mais a inteligência do que a força”, diz Júnior. Redescobriu-se nestes quatro anos e meio após a queda da moto. “A pessoa se adapta, busca saída, senão enlouquece”, lembra o psicanalista Adilson de Aguilar, que trabalha com deficientes. Co­mo acontece com qualquer um, mes­mo com todas as funções do corpo. A vida tem de ser preenchida.

Quando mergulhou no rio e de lá saiu tetraplégico, o funileiro Nar­délio Fernandes da Luz tinha 31 anos e muitas histórias para contar. “Tive sorte porque quando fiquei deficiente estava com a cabe­ça feita”, diz. Percebeu que podia escrever, o que fazia antes espaça­damente por falta de tempo, e resolveu publicar o livro autobiográfico Vida após a Vida. A dele que mudou por completo, com meses de recuperação, dependência para as necessidades básicas. “Isto é o mais difícil. Quem cuida do tetraplégico vive duas vidas: a sua e a da pessoa.” Divide com a mãe, senhora de 73 anos, e as irmãs. O res­to vai bem, sem os movimentos das pernas, das mãos e parcialmente dos braços. “A vida não é melhor hoje, mas é feliz. Antes eu a atropelava, não vivia”, afirma o escritor e ganhador da medalha de prata no campeonato de bocha adaptada. É, ele joga também, sai, já teve três namoradas depois do acidente, mostra que é capaz e muito, de levantar a bandeira contra o preconceito de que são incapazes, assexuados, coitadinhos. “As pessoas têm a mania de querer ajudar, quem precisa aprender é o próprio deficiente.” Estão aí como qualquer um, com seus problemas, com seus desejos. “O sonho primário do paraplégico é andar e do tetraplégico é ser paraplégico”, diz Nardélio.

Nem sempre, a vida encarrega-se de transmutar sonhos. A nadadora Letícia Fernandes garante que não é o dela, torce para que as pesquisas com células-tronco ajudem os deficientes físicos, mas não tem a pretensão de voltar a andar. “Não sei se me adaptaria, porque houve mudanças no meu corpo. Bastaria a mim poder experimentar novamente algumas sensações como a textura da terra, da grama, da cerâmica fria ou do asfalto quente.” Não há novela tão emocionante quanto a vida é, bruta, lapidada, sensível, real, aí para ser encarada de frente, de cadeira de rodas.

Lesões medulares

 
Paraplégico
A medula é lesionada em nível lombar ou toráxico. Perde a sensibilidade das pernas, mantém o controle do tronco e movimentos dos braços e mãos

Tetraplégico
A lesão ocorre próximo ao pescoço. Perde a mobilidade total ou parcial de braços, pernas e tronco. Há os que ficam totalmente paralisados e dependem de respiração artificial



Quando mais ocorre
- Acidentes de carros
- Ferimentos por arma de fogo
- Queda
- Mergulho em águas rasas


O que querem
- Portas mais largas
- Rampas de acesso ou elevadores
- Balcões de recepção e caixas eletrônicos mais baixos
- Respeito às vagas reservadas a deficientes nos estacionamentos
- Vê-los como pessoas normais, não coitadinhos
- Não os ajudarem, só quando pedirem.

Fonte: http://www.revistaviverbrasil.com.br/

14 de janeiro de 2011 Comments

MENINO SEM PERNAS DÁ EXEMPLO DE SUPERAÇÃO AO DISPUTAR VÁRIOS ESPORTES




O menino americano Cody McCasland, de 9 anos, vem ganhando fama como exemplo de superação ao competir em várias modalidades esportivas apesar de não ter as duas pernas.

Cody teve os membros amputados ainda bebê, por causa de uma condição congênita chamada agenesia sacrococcígea, que provoca má-formação.

Desde então, acumulou uma coleção de mais de 20 próteses, com as quais aprendeu a andar e competir.

Nascido em um parto prematuro de emergência em outubro de 2001, o menino enfrentou meses de internações e 15 cirurgias, incluindo a retirada da bexiga e tratamento regular para uma condição que enfraquece os ossos.

Decisão 
  

Cody superou as dificuldades para competir em vários esportes. Ele nasceu também sem a tíbia e os ossos do joelho. Era incapaz de dobrar as pernas, que pendiam de maneira torta, em uma posição desconfortável, a cada vez que ele se sentava.

Seus pais então tiveram que decidir entre deixá-lo com membros sem função, condenando-o a ficar preso a uma cadeira de rodas, ou amputar as pernas e permitir que ele pudesse aprender a andar com próteses.

O menino, que tem uma irmã de quatro anos sem deficiências, surpreendeu os pais e os médicos ao adaptar-se quase imediatamente à prótese, dando seus primeiros passos já no primeiro dia em que as testou, aos 17 meses.

Superando todos os problemas, o menino não só aprendeu a andar como se tornou esportista, competindo em várias modalidades, incluindo natação, futebol, atletismo, golfe, beisebol, caratê e equitação. 

Competições 

Cody sonha vencer natação e atletismo nos Jogos Paraolímpicos. O garoto, que usa atualmente três pares diferentes de próteses, uma para cada situação, já participou de várias competições ao lado de atletas sem deficiências, mas seu sonho é competir nos Jogos Paraolímpicos e ganhar medalhas de ouro em atletismo ou em natação.

O exemplo do menino levou seus pais a estabelecer um fundo de caridade em seu nome, para receber doações para o hospital infantil Texas Scottish Rite, que cuidou dele, e à Fundação para Atletas Deficientes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 



 
;