Uma conferência na sede da Organização das Nações Unidas, discutiu, nesta quinta-feira (21), o direito ao trabalho de pessoas com Síndrome de Down.
Mães e especialistas sempre falaram por eles. Mas agora o microfone está com os protagonistas da história.
O japonês Kazuki tem Síndrome de Down. Ele mora sozinho, escreve poemas e trabalha em uma loja de doces. “Eu quero pagar impostos como todo mundo", diz.
Criado em 2006, o Dia Mundial da Síndrome de Down passou a fazer parte do calendário das Nações Unidas no ano passado, por sugestão do Brasil. O tema desta segunda edição é "Direito ao trabalho", e a participação brasileira foi mais uma vez marcante na sede da ONU.
Breno Viola foi a voz mais ativa. Campeão de judô, estrelou a comédia "Colegas", que conta a história de três jovens com Síndrome de Down que fazem uma viagem de aventura. “Antigamente, tratavam a gente como coitadinho. A gente só quer mostrar nosso talento, que a gente pode aparecer”, disse.
Randy Lewis, ex-diretor de uma rede de farmácias americana, confirma que as oportunidades de trabalho são cada vez maiores. A empresa emprega hoje 100 pessoas com Down.
"Não é caridade, é um bom negócio", diz. “Comparei 400 mil horas de trabalho e vi que a produtividade é a mesma dos outros trabalhadores. Mas eles são mais atentos.”
Um ano depois da primeira participação na conferência, a brasileira Thaty animou a plateia ao apresentar a versão em inglês da música "Ser diferente é normal". O refrão resume o espírito do dia: "Tenha orgulho de você. Você é único."
Fonte: G1