20 de abril de 2014

CÃO GUIA ROBÔ

Projeto foi apresentado durante a mostra Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano
 
Alunos da rede pública estadual na Serra, Espírito Santo, estão abrindo novos caminhos para aumentar a segurança de quem tem deficiência visual. Sensibilizados com a história de uma colega da escola que ficou cega, eles desenvolveram um cão guia robô que reconhece obstáculos, avisa, desvia e sugere caminho mais seguro. Na quinta-feira, 17/04, apresentaram o projeto na exposição internacional Human Bodies - Maravilhas do Corpo Humano, no Shopping Mestre Álvaro, e deixaram os visitantes impressionados.

A estudante Luiza Damiani, 17 anos, de quem o cão guia robô desviou enquanto guiava os inventores pela exposição, ficou encantada. “Achei a ideia fantástica. Se o robô cumprirá tudo o que promete, penso que vale a pena investir. Principalmente porque o projeto ainda pode ser aprimorado”, explicou.
 
Alunos fazem visita à exposição sobre o corpo humano, com ajuda de robô-cão-guia. Da esquerda para direita: Cleiton Gomes dos Santos, 18, Gabriel Oliveira, 17, Gabriel Tótola Loyola, 16, com a Coordenadora do projeto, Neide Sellin. (Foto: Fernando Madeira)
 

O projeto, que já dura três anos, é de autoria dos alunos Gabriel Oliveira, 16 anos, Cleiton Gomes dos Santos, 18 anos, e Gabriel Tótola Loyola, 16 anos, que fazem parte da “Oficina de Robótica”, coordenada pela professora Neide Sellin, na Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, no município da Serra. Ao todo, são 30 alunos trabalhando no desenvolvimento de vários outros projetos, enquanto recebem conteúdo teórico.

Os inventores contam que a ideia do cão guia robô começou quando conheceram uma ex-aluna da escola que perdeu a visão, vítima de diabetes. Ao conhecer as dificuldades de locomoção que a jovem relatava encontrar, decidiram descobrir um meio de ajudá-la, já que dados levantados durante meses de pesquisa, “não foram nada animadores”.

O projeto ainda é um protótipo e precisa ser aprimorado. O cão guia contém uma haste flexível para diferentes alturas, três sensores que detectam obstáculos, comandos de voz, emitido por caixas de som, que avisam sobre os obstáculos, e funciona a bateria. O projeto custou R$ 1,5 mil e se produzido em série, custaria no máximo R$ 400.
 
Criação tem como objetivo auxiliar a locomoção dos deficientes visuais. Assista o vídeo.
 

 
 
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